Kalil pontuou que os fechamentos da capital mineira foram feitos pela ci�ncia e n�o por 'achismos' (foto: Zoom/Reprodu��o)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou durante um debate virtual com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), que ele vai ficar marcado nos livros de hist�ria pela condu��o da capital durante a pandemia. Para o prefeito de BH, "nada troca a hist�ria que os livros v�o contar".
“Podem falar o que for. Mas n�o adianta fazer obra para ganhar elei��o. As placas caem, os viadutos mudam de nome, est�dios tamb�m. A hist�ria vai contar quem fez algo pela cidade e nada troca o que os livros v�o contar. Carregar caix�es nas minhas costas, eu n�o vou. EM BH n�o morreu uma pessoa por falta de atendimento", contou o prefeito.
Kalil tamb�m afirmou que a popula��o n�o pode jogar a culpa nos gestores, sendo que alguns cidad�os n�o seguem as regras implantadas pelas prefeituras.
Questionado pelo Estado de Minas sobre a dificuldade de implanta��o de medidas duras aos cidad�os que, al�m de produzirem discursos negacionistas, desrespeitam as medidas adotadas pelos prefeitos, Kalil voltou a falar que n�o tem “medo de buzina”.
“Temos um caso no Hospital Madre Tereza, de cinco membros da mesma fam�lia internados. A classe m�dia e a classe m�dia alta acharam que aquele cart�ozinho do plano de sa�de era a vacina. E eu avisei, que aquilo n�o era uma vacina”, afirmou Kalil. “E os primeiros hospitais que entraram em colapso em BH foram os particulares. A elite est�pida brasileira, da qual eu fazia parte at� eu ver a pobreza, acha que nada vai acontecer com ela”, explicou.
Ao falar sobre o lockdown, o prefeito de BH negou a possibilidade de adotar a medida na capital mineira. “N�o poderia fazer um lockdown aqui. Temos dezenas de hospitais, centros de sa�de, UPAs, nosso fluxo de transporte p�blico � intenso e n�o pode parar. Caso isso fosse acontecer, eu ia impedir os profissionais de sa�de e os doentes de chegarem aos locais", explicou.
Kalil tamb�m pontuou que os fechamentos da capital mineira foram feitos pela ci�ncia e n�o por “achismos”.
Segundo o prefeito, todas as decis�es tomadas em Belo Horizonte foram feitas em conjunto com o Comit� de Enfrentamento � COVID, que analisa os indicadores na capital mineira e as propostas da sociedade civil. O comit� � formado pelos infectologistas Estev�o Urbano, Carlos Starling e Una� Tupinamb�s e pelo secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado.
Entenda
Os dois prefeitos ficaram conhecidos nacionalmente durante a pandemia de COVID-19 por manterem medidas restritivas para conter as infec��es do novo coronav�rus (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Ag�ncia Brasil/Reprodu��o)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), participaram, nesta ter�a-feira (20/4), de uma palestra organizada pela Impulso, organiza��o sem fins lucrativos focada em criar capacidade anal�tica em governos, para falar sobre os desafios e aprendizados do lockdown no Brasil.
Os dois prefeitos ficaram conhecidos nacionalmente durante a pandemia de COVID-19 por manterem medidas restritivas para conter as infec��es do novo coronav�rus.
Kalil vem chamando a aten��o dos brasileiros por suas decis�es durante a pandemia. O nome do prefeito da capital mineira chegou at� mesmo a ser cotado para vice na chapa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) nas elei��es presidenciais de 2022.
Quem n�o gostou muito foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que j� citou o nome de Kalil muitas vezes. O presidente � contra as medidas de restri��o.
Na tarde dessa segunda-feira (19/4), Bolsonaro voltou a falar de Kalil. Em declara��o na portaria do Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial da presid�ncia da Rep�blica, Bolsonaro afirmou: “Dizem que n�o estou preocupado com a vida, que sou genocida. Prefeituras deitaram e rolaram no ano passado com o lockdown. E o povo reelegeu esses caras. Olha BH, reelegeram", afirmou.
BH teve, desde o in�cio da pandemia, 16 flexibiliza��es e seis fechamentos. Todas as vezes em que o term�metro do painel da COVID registrou o aumento de infec��es e ocupa��es de leitos, Kalil voltou atr�s.
J� Edinho Silva chamou a aten��o ap�s o lockdown de Araraquara ter surtido efeito. O confinamento foi de 21 de fevereiro a 2 de mar�o, e houve queda no n�mero de diagn�sticos positivos da doen�a, interna��es e �bitos.
O n�mero de casos confirmados em 15 dias caiu 66,2%: de 2.361 (de 7 de fevereiro a 21 de fevereiro), para 799 (de 30 de mar�o a 11 de abril).
No lockdown realizado em Araraquara, estavam autorizadas a funcionar apenas farm�cias e unidades de sa�de de urg�ncia e emerg�ncia. Foi proibida a circula��o de ve�culos e de pessoas na cidade. Era permitido sair de casa apenas para aquisi��o de medicamentos, obten��o de atendimento ou socorro m�dico para pessoas ou animais e servi�os de urg�ncia ou necessidades inadi�veis
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
