Os protocolos est�o prontos e nas escolas particulares de Belo Horizonte n�o ser� dif�cil implement�-los para receber, nesta segunda-feira, as crian�as da educa��o infantil. O que era para ser um quebra-cabe�a complexo para fazer encaixar corretamente quantidade de alunos, espa�o f�sico das institui��es e n�mero de pessoal se tornou, na maior parte dos casos, um jogo de poucas pe�as. O cancelamento em massa de matr�culas desde o ano passado escancara agora nas escolas de pequeno porte o duro golpe da pandemia, fazendo do distanciamento sanit�rio mais f�cil pela falta de alunos.
Dona da Escola Infantil Pequetitos, no Bairro Santa Rosa, Regi�o da Pampulha, L�cia de Almeida Faria Santos fez na �ltima semana os �ltimos ajustes. Mobilizou a equipe para limpeza, sanitiza��o e para p�r no lugar os �ltimos dispositivos para a seguran�a sanit�ria de todos na escola. As carteiras est�o do lado de fora, pois as atividades ser�o ministradas ao ar livre, com uso de m�scaras e sem deixar de lado o �lcool em gel.
Manter o distanciamento entre as crian�as j� n�o seria um problema por causa do grande espa�o f�sico do estabelecimento, mas a tarefa ganhou ainda mais margem. “Eu tinha 100 alunos at� antes da pandemia. Agora tenho 30. E s� cinco vir�o �s aulas presenciais. O restante optou por continuar on-line”, relata.
Ela diz que ficou surpresa com a quantidade. “Os pais estavam cobrando de n�s o retorno, brigando conosco. Mas at� esses disseram que v�o analisar a situa��o”, afirma. “As pessoas recuaram. Muita gente est� pensando que vai abrir e fechar de novo e prefere aguardar mais um pouco. Acho que quando virem que est� fluindo, voltar�o”, opina.
O fen�meno n�o � exclusividade da Pequetitos. “Das escolas que sobreviveram, pouqu�ssimas voltar�o ao modo presencial”, conta L�cia, que afirma s� n�o ter fechado as portas por causa de dois empr�stimos que contraiu para pagar sal�rios, despesas e impostos.
A Prefeitura de Belo Horizonte deu autonomia �s particulares para seguirem protocolo pr�prio. A maioria acompanhar� orienta��es do documento elaborado pela Associa��o Mineira de Epidemiologia e Controle de Infec��es (Ameci) em julho do ano passado, a pedido do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG). Outras t�m diretrizes personalizadas dadas por empresas de biosseguran�a contratadas � parte. O distanciamento entre os pequenos, que na rede municipal foi preconizado em 2 metros, na particular est� sendo trabalhado em 1 metro para atividades no exterior e a 1,5 metro dentro das salas.
Integrante da Comiss�o Interna de Negocia��o do Sinep e diretor de escola particular, Henrique de Oliveira conta que a compra equipamentos b�sicos (avental, m�scaras, totens de �lcool em gel) e treinamento com equipe de professores e auxiliares foram feitos em meados do ano passado, quando se previa 2 metros de distanciamento. “Dobrar metragem � reduzir a quantidade de vagas. Mas esse n�o � mais um problema, pois a evas�o dos alunos da rede privada para a p�blica foi grande. Muitos pais n�o conseguiram manter mensalidades mesmo com desconto. Hoje, escolas est�o trabalhando com faixa de 40% a 50% de crian�as, que foi o que sobrou”, diz.
Na escola dele, a realidade n�o � diferente: pais est�o receosos e preferem buscar atividades impressas. “Quem est� procurando mais � o setor que est� no servi�o essencial, pais que trabalham e precisam do filho na escola ou aqueles que veem que educa��o infantil � essencial”, relata. Mesmo assim, a quase totalidade das pouco mais de 200 escolas particulares da capital sinalizaram que reabrir�o suas salas nesta segunda, tendo cerca de 5% optado por faz�-lo em 3 de maio.
Suporte
Por uma raz�o ou outra, o Sinep informa que as escolas devem estar preparadas para continuar com atendimento remoto. “H� pais que n�o est�o seguros para mandar seus filhos e crian�as com comorbidades. A escola tem obriga��o de dar todo suporte e atendimento � crian�a que n�o possa ir � aula presencial ou para casos em que a fam�lia n�o tenha seguran�a para mand�-las. Nenhum aluno pode ficar prejudicado por n�o poder ir”, ressalta a presidente do Sinep-MG, Zuleica Reis. Da mesma forma, professores com alguma comorbidade, gr�vidas ou que estejam amamentando devem ser poupados do retorno presencial e ser mantidos em trabalho remoto.
De acordo com Zuleica, at� 12 crian�as em m�dia poder�o ser acolhidas ao mesmo tempo, dependendo dos espa�os. “A escola tem autonomia, mas ela est� ligada a um fator primordial que se chama responsabilidade. E ter� responsabilidade de prestar contas quando for abordada para mostrar o que est� fazendo”, diz.
Outro ponto fundamental para a representante do setor � a comunica��o com as fam�lias. “� primordial ter um canal aberto para orienta��o. Vamos trabalhar com o mesmo grupo a todo momento. Se s�o 10 crian�as, ser�o s� essas 10 de segunda a sexta. Tem que deixar claro para os pais como vai ser, o que devem fazer. E ter departamento de orienta��o, educa��o e psicologia para acolher as fam�lias com dificuldade ou inseguras.”
Na Escola Cubo M�gico, no Bairro Buritis, Regi�o Oeste de BH, a quantidade m�xima de crian�as acolhidas tamb�m n�o ser� problema. O n�mero de fam�lias que optaram por permanecer no ensino remoto vai ajudar nessa matem�tica, facilitada ainda por salas amplas – algumas chegam a 30 metros quadrados. Protocolo personalizado por empresa contratada pela institui��o preconiza que os alunos visitem no m�ximo dois ambientes externos da escola, para que as “bolhas” n�o se encontrem, e usem fluxos distintos. Em responsabilidade compartilhada, as fam�lias ter�o tamb�m de preencher formul�rio se comprometendo a informar a institui��o casos de suspeita de COVID-19, casos confirmados ou contato com doentes.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
[VIDEO4]
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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