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Estado de Minas ENTREVISTA

Aulas presenciais em BH: 'Agora � a vez das crian�as', diz secret�ria

�ngela Dalben, secret�ria Municipal de Educa��o de Belo Horizonte, apela ao 'bom senso' dos profissionais para garantir retorno � escola


26/04/2021 06:00 - atualizado 26/04/2021 07:50

'Não vamos suspender atividade remota. As mães e pais que quiserem podem permanecer com os filhos em casa' - Ângela Dalben(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
'N�o vamos suspender atividade remota. As m�es e pais que quiserem podem permanecer com os filhos em casa' - �ngela Dalben (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Enquanto na rede privada as escolas de Belo Horizonte j� devem receber os alunos nesta segunda-feira (26/4), na rede p�blica, a semana ser� dedicada � finaliza��o da organiza��o e ao treinamento dos professores sobre a conduta a ser adotada no ambiente escolar para garantir que as crian�as n�o se aglomerem.
 
Ao longo da semana, as fam�lias de crian�as matriculadas na rede p�blica municipal receber�o cronograma com a indica��o dos dias que o aluno ter� aula presencial. Crian�as de 1 e 2 anos, por exemplo, v�o apenas uma vez na semana. “� uma abertura restrita, de aprendizagem, para ver a implanta��o dos protocolos dentro da escola”, explica a secret�ria municipal de Educa��o, �ngela Dalben.
 
A gestora concedeu entrevista ao Estado de Minas sobre o retorno do ensino presencial para a educa��o infantil na capital. Nas escolas da rede gerenciada pela Prefeitura de Belo Horizonte, as crian�as ser�o recepcionadas em 3 de maio. Os professores decretaram greve sanit�ria e pedem prioridade na vacina��o da COVID-19.
 
A secret�ria disse que n�o h� data para que os professores sejam vacinados e que essa defini��o de priorizar a categoria s� pode ser feita pelo Programa Nacional de Imuniza��es (PNI) do governo federal. Mas apelou ao bom-senso deles para que voltem. “O professor s� vai � escola no tempo que estiver com o aluno. N�o queremos que haja qualquer intera��o al�m disso”.

O retorno ao ensino presencial em Belo Horizonte come�a na segunda-feira. Qual � a expectativa para a retomada, secret�ria?
Tenho muita esperan�a de que d� tudo certo. A minha expectativa � que tenhamos, na semana que vem (esta semana), a vinda dos professores para estudos da implanta��o dos protocolos que detalhamos. � um protocolo para a cidade, mas tem que ser traduzido para cada uma das escolas. A gente traduziu em um documento orientador, que informa como higienizar cada sala, como deve ser feita a limpeza de parquinhos, como deve acontecer cada coisa na escola a partir do momento que a crian�a chega. A gente acredita que, na semana que vem (esta semana), vamos ter o estudo desse material, chamar as fam�lias para entender como vai ser esse retorno. Vamos ter as crian�as na outra semana (a partir de 3/5).

'Estamos chamando de bolhas ou c�lulas um professor para cada grupinho de seis a sete crian�as. Esse grupinho n�o deve interagir com outros grupinhos. Isso vai garantir um distanciamento coletivo e cuidadoso'



E a rede privada?
Isso n�o significa que todas as redes de ensino v�o seguir o mesmo esquema. A rede privada j� recebeu orienta��es nossas. Eles v�o fazer a deles com base nas nossas. Eles t�m protocolos �nicos da cidade, para ser seguido na maneira que vai ser interpretado por cada institui��o. Uma quest�o que as pessoas, �s vezes, n�o entendem � que o pr�dio de cada escola � diferente do outro, o que interfere na orienta��o. Se voc� tem uma sala maior ou menor, o agrupamento de crian�as tamb�m vai seguir essa metragem, temos que ter um distanciamento de dois metros. Estamos falando de grupamento de seis a sete crian�as. Normalmente, o tamanho de sala que atende 25 crian�as. Quando se pensa em dois metros, acaba se transformando em sala para seis a sete crian�as.

Como funcionar�o as bolhas?
Estamos chamando de bolhas ou c�lulas um professor para cada grupinho de seis a sete crian�as. Esse grupinho n�o deve interagir com outros grupinhos. Isso vai garantir um distanciamento coletivo e cuidadoso. Todo mundo usando m�scaras, todo mundo fazendo a higieniza��o das m�os periodicamente, o ambiente sendo higienizado bastante. Na hora de entrar na sala, tirar o sapatinho ou t�nis ou limpar em tapete sanitizante. Na hora de ir ao parquinho tamb�m, a limpeza geral. Orientando que salas de aula tenham o m�nimo de mobili�rio poss�vel. N�o ter arm�rio e coisas presas nas paredes, para fazer higieniza��o bem rigorosa, bem r�gida. Vamos ter medi��o de temperatura na chegada. A gente acredita que d� tudo certo. Estamos torcendo para isso.

'Estamos abrindo as escolas como mais uma oportunidade. Tenho esperan�a � que os professores v�o prestar aten��o a isso'



Os professores decretaram uma greve sanit�ria assim que o prefeito Alexandre Kalil anunciou o retorno. A senhora considera que o movimento reduzir� a presen�a dos professores na escola nesta segunda?
H� um ano, estamos aguardando a abertura das escolas. As crian�as precisam de n�s. Apelo para o bom senso dos professores no sentido que agora � a vez das crian�as, � a vez de cuidarmos das crian�as e darmos oportunidade a elas. Os professores com mais de 60 anos n�o ir�o, os professores com comorbidades pediram per�cia m�dica da Secretaria de Sa�de e sabemos que eles n�o ir�o. V�o continuar fazendo trabalho remoto. N�o vamos suspender atividade remota. As m�es e pais que quiserem podem permanecer com os filhos em casa. As cestas b�sicas e ser�o distribu�das at� 30 de julho. Estamos abrindo as escolas como mais uma oportunidade. Tenho esperan�a � que os professores v�o prestar aten��o a isso. V�o perceber que estamos com o maior cuidado e queremos fazer tudo cuidando do adulto tamb�m.

E essa abertura em rela��o aos indicadores na capital?
Precisamos que a cidade nos ajude com isso. Agora � o momento da crian�a, como podemos ajudar a ocupar esse lugar t�o desejado e amado por ela. N�s tamb�m devemos ficar em casa quando pudermos, N�o participar de bailinhos por a�. A juventude tem feito isso. Os familiares devem pedir aos seus adolescentes que fiquem em casa. S� sair quando a pessoa tiver necessidade mesmo. Fazer essa movimenta��o a favor da escola. Acredito que, fazendo desse jeito e com todo o cuidado, os professores v�o rever a posi��o de se
mobilizarem contra a abertura.

Os professores ser�o vacinados de imediato?
O Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) � algo que do governo federal. N�o temos liberdade para definir em BH quem vacina ou n�o. Se os professores n�o se tornaram prioridade para o governo federal e temos condi��es de come�ar essa abertura, com toda seguran�a, estamos torcendo para que d� certo e a vacina��o aconte�a conforme o governo federal.

Tem previs�o para vacinar os professores?
N�o. � decis�o do governo federal. Tentamos isso desde fevereiro. Quem define � o governo federal. Os lotes de vacina quando chegam a Belo Horizonte j� chegam com um escalonamento de idades.

O comit� de especialistas que aconselha o prefeito se baseou em estudo estat�stico com computa��o gr�fica para simular o cont�gio em uma sala de aula. Conversei com o coordenador da pesquisa, S�lvio Salej, professor do Departamento de Sociologia da UFMG, que alertou para a import�ncia da testagem, uma medida que considera fundamental. Caso a testagem n�o seja realizada, corre-se o risco de ter surtos. Existe plano para realizar testagem na escola?
Essa pergunta diz respeito ao governo federal. Para controlar esse problema, estamos seguindo ao m�ximo os protocolos. Quando a gente cria bolhas ou c�lulas vem da necessidade de substitui��o dessa testagem. Isso significa que qualquer epis�dio que aconte�a na bolha, tipo uma crian�a ter febre, uma coriza, o nariz escorrendo, qualquer coisa que aconte�a na bolha, temos que ficar atentos. Essa aten��o significa que essa bolha fica suspensa temporariamente (caso haja algum sintoma) e temos que acionar o sistema de sa�de. Os familiares t�m que comunicar para n�s qualquer coisa que aconte�a na casa dele com a crian�a. A bolha ficar� suspensa. N�o tem que suspender a escola toda, mas o grupinho que interagiu.

O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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