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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: maio come�a com alerta e incertezas em BH

Depois de um m�s com recorde de mortes e casos de COVID-19 em BH, queda da temperatura pode pressionar ainda mais o sistema de sa�de por conta das viroses


02/05/2021 04:00 - atualizado 02/05/2021 07:14

Flexibilização do comércio e aglomeração de pessoas sem uso de máscara preocupam especialista(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Flexibiliza��o do com�rcio e aglomera��o de pessoas sem uso de m�scara preocupam especialista (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Depois de registrar o pior m�s da pandemia em abril, BH come�a maio com incertezas e preocupa��es no enfrentamento � COVID-19. Com escassez de doses da vacina e uma transmiss�o do coronav�rus que voltou � zona de alerta, o infectologista Una� Tupinamb�s, que integra o comit� montado pela prefeitura para combater a doen�a, analisa com preocupa��o a chegada do outono e do inverno que se aproxima.

Isso porque as viroses sempre tendem a ser mais transmiss�veis durante essas esta��es, portanto h� amea�a de um novo sufocamento do sistema de sa�de, que hoje permanece com seus leitos de UTI na zona cr�tica.

Com a vacina��o ainda lenta e sem coordena��o nacional, o futuro da pandemia n�o � animador, avalia o infectologista Una� Tupinamb�s. "Outra quest�o que se coloca � o outono e inverno, quando normalmente se transmite mais doen�as virais, o que pode impactar o sistema de sa�de. O que se projeta � uma trag�dia de propor��es b�blicas. J� estamos com 400 mil mortes. Vamos chegar a quantas?", lamenta o especialista da UFMG.

Apesar disso, Una� espera uma queda da transmiss�o do v�rus nos pr�ximos balan�os. Segundo ele, monitoramentos feitos pela prefeitura com os profissionais de sa�de mostram que h� uma queda nas solicita��es de interna��es nos hospitais.

Por�m, o infectologista teme por uma terceira onda da COVID-19. Principalmente, porque a reabertura do com�rcio aconteceu em um cen�rio pouco favor�vel, com a ocupa��o das UTIs no vermelho.

"O que nos preocupa � se teremos uma terceira onda, ainda maior que a segunda. A gente ainda est� l� em cima e, quando come�a a cair um pouco, tamb�m se inicia a flexibiliza��o. N�o conseguimos manter a popula��o em suas casas por falta de um aux�lio emergencial decente. As pessoas est�o passando fome", diz.

Preju�zo 

Com a vacina��o ainda lenta, Una� Tupinamb�s teme que a COVID-19 s� seja vencida de maneira “natural” em BH. Isso quer dizer: uma imunidade de rebanho, cen�rio no qual a imensa maioria da popula��o j� se infectou, portanto o v�rus n�o consegue mais se espalhar. Do ponto de vista do preju�zo social e econ�mico, e claro do n�mero de mortes, esse panorama � catastr�fico, por�m n�o distante.

"A gente n�o pode esperar a imunidade de rebanho. O pre�o que n�s vamos pagar � inaceit�vel do ponto de vista �tico e humano. Veja, n�o d� para esperar que morram 1 ou 2 milh�es de pessoas para acabar com a pandemia. Com um impacto social e econ�mico sem precedentes", afirma o especialista vinculado � UFMG.

PICO DE ABRIL

O ano de 2021 come�ou como sin�nimo de esperan�a para a popula��o em busca de dias melhores depois de um 2020 arrasador da pandemia da COVID-19. Em Belo Horizonte, por�m, o primeiro quadrimestre se fechou como o pior momento da crise sanit�ria. Um dos principais indicadores, a ocupa��o geral dos leitos de UTI, s� se manteve abaixo dos 70%, a zona cr�tica da escala de risco, em 13 dos 83 balan�os da PBH neste ano, fechando na sexta em 78,1%.

Al�m disso, a capital mineira terminou abril com recorde de mortes e casos em um �nico m�s desde o in�cio do pesadelo: 1.105 �bitos – o equivalente a 25,5% do total – e 34.494 diagn�sticos – 19,4% da totalidade.

O n�mero de vidas perdidas pela COVID-19 nos primeiros quatro meses de 2021 tamb�m assusta: 2.452 at� o �ltimo balan�o da prefeitura, divulgado na sexta – 56,6% do total, apesar de a pandemia j� ter 13 meses. Ou seja, a capital mineira j� tem mais �bitos pela doen�a neste ano do que em todo 2020. S� no levantamento mais recente foram 34.

No in�cio de mar�o, o Estado de Minas mostrou quais eram as cinco raz�es que fizeram a COVID-19 explodir em BH: a falta de coordena��o do governo federal; as viagens de f�rias e as aglomera��es dos feriados; a queda do isolamento social; a lentid�o da vacina��o; e a circula��o das novas variantes.

�quela altura, por�m, BH ainda n�o havia vivido o colapso do seu sistema de sa�de. Na semana entre os dias 22 e 29 de mar�o, a cidade teve mais pacientes graves com a virose do que vagas de UTIs � disposi��o.

Nas UPAs, corpos chegaram a ser depositados em locais improvisados por falta de espa�o. Nos hospitais, corredores e enfermarias passaram a servir como unidades de terapia intensiva. E os profissionais de sa�de, com o esgotamento acumulado dos meses anteriores, viveram um pandem�nio.

Ao fim do primeiro quadrimestre de 2021, os fatores que circundam o pior momento da crise sanit�ria continuam os mesmos, segundo o infectologista Una� Tupinamb�s, que integra o Comit� de Enfrentamento � Pandemia da prefeitura.

"(Essa alta) coincide muito com as festas de fim de ano e com a alta de janeiro. Logo depois, veio o carnaval, que impactou muito. Junto a isso, temos a nova variante, que � mais transmissora e pode causar quadros mais graves. E, claro, esse ambiente de contraponto, de negacionismo do representante m�ximo da na��o, que dificulta o controle da pandemia", explica.

Outros dois indicadores da COVID-19 tamb�m tiveram momentos de situa��o cr�tica entre janeiro e abril. A taxa de transmiss�o ficou apenas 40 dos 83 boletins no est�gio controlado, abaixo de 1. J� o percentual de uso das enfermarias esteve nesse cen�rio mais favor�vel em apenas 12 balan�os nesse intervalo de tempo, fechando o m�s em 58,3%.

Essa instabilidade for�ou a prefeitura a publicar nove decretos para regular o funcionamento das atividades e incentivar o isolamento social: cinco para restringir a circula��o de pessoas e quatro para flexibilizar.

O mais recente, iniciado no �ltimo dia 22, permitiu o expediente do com�rcio n�o essencial depois de 46 dias de interrup��o – justamente no per�odo em que a cidade viveu o colapso do sistema da sa�de. Antes mesmo dele impactar nos n�meros dos indicadores, o fator RT, que estava em queda, fechou o m�s de abril na zona de alerta, em 1,01.

O vaiv�m das atividades chegou a proibir celebra��es religiosas presenciais, o que motivou uma queda de bra�o do prefeito Alexandre Kalil (PSD) com o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Houve um primeiro fechamento geral em 11 de janeiro, quando a capital mineira come�ou a apresentar as altas resultantes das festas de Natal e do r�veillon. A flexibiliza��o aconteceu em 1º de fevereiro.

Em 6 de mar�o, por�m, uma nova alta motivou mais uma restri��o de Kalil, que s� caiu no dia 22 de abril. Entre esses decretos, o prefeito assinou outros que modificaram pontos espec�ficos, como o funcionamento de pra�as, o com�rcio aos domingos e o servi�o dos bares e restaurantes.

Minas recebe lote com mais 30,4 mil doses

As doses da CoronaVac estão na Central Estadual da Rede de Frio e vão ser encaminhadas para as 28 Unidades Regionais de Saúde(foto: Fabio Marchetoo/Governo de Minas/Divulgação )
As doses da CoronaVac est�o na Central Estadual da Rede de Frio e v�o ser encaminhadas para as 28 Unidades Regionais de Sa�de (foto: Fabio Marchetoo/Governo de Minas/Divulga��o )

A Central Estadual da Rede de Frio de Minas Gerais, no Bairro Gameleira, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, recebeu 30,4 mil doses da CoronaVac. O carregamento chegou em BH no fim da tarde de ontem.

Segundo o governo do estado, essas inje��es v�o para os 3% de trabalhadores da sa�de e 6,2% dos servidores das for�as de seguran�a que ainda n�o receberam a segunda dose. Tamb�m servir�o para imunizar 7,4% dos funcion�rios da seguran�a p�blica, que v�o receber a primeira dose.

As ampolas ser�o enviadas �s 28 Unidades Regionais de Sa�de (URSs). Depois, os munic�pios, respons�veis pela execu��o da campanha de imuniza��o, dever�o buscar seu quantitativo de vacinas. Essa � a 16ª remessa de vacinas recebida por Minas. Ela veio de S�o Paulo por via terrestre. Vale lembrar que a CoronaVac � produzida no Instituto Butantan, na capital paulista, em parceria com a farmac�utica chinesa Sinovac Biotech.

A log�stica de envio das doses �s 853 cidades mineiras ser� divulgada em breve, segundo a administra��o Romeu Zema (Novo). A expectativa � de que, amanh�, a 16ª remessa seja complementada com 676.250 doses da AstraZeneca (Oxford/Fiocruz).

No total, Minas j� recebeu 6.852.080 doses de vacinas. At� sexta-feira (30/4), o estado imunizou 3.304.078 pessoas com a primeira dose e 1.549.072 com a segunda.

O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:



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