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Estado de Minas N�O � HORA DE ESCOLHER

COVID-19: 'Melhor vacina � a que estiver dispon�vel', diz infectologista

Especialistas afirmam que n�o vale a pena adiar dose para escolher imunizante, j� que espera pode significar exposi��o � doen�a e risco de morte


08/06/2021 06:00 - atualizado 08/06/2021 07:29

A secretária Meire Lage não teve dúvida na hora de receber a injeção da AstraZeneca:
A secret�ria Meire Lage n�o teve d�vida na hora de receber a inje��o da AstraZeneca: "Se voc� n�o tomar esta neste momento, qual vai tomar?" (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

 
Uma escolha em hora inadequada: enquanto o Brasil perde milhares de vidas a cada dia para a COVID-19, algumas pessoas que j� podem se vacinar preferem esperar por temer os efeitos colaterais da f�rmula da AstraZeneca, a segunda mais aplicada no pa�s at� o momento. O irrespons�vel comportamento, percebido sobretudo no Rio de Janeiro e em S�o Paulo, for�ou a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabrica a inje��o no pa�s, a convocar seus especialistas para conscientizar a popula��o. “N�o � nada grave e s�o efeitos que n�s chamamos de indesej�veis ou adversos, mas que podem ocorrer e que, rapidamente, em 24 horas, a tend�ncia � desaparecer”, explicou a pneumologista Margareth Dalcolmo nos canais da Fiocruz.

A jornalista de dados B�rbara Lib�rio, da revista “AzMina”, relatou no Twitter o que presenciou em um centro de sa�de em S�o Paulo. "O que me deixou mais chocada na fila do posto foi a quantidade de pessoas perguntando que vacina estavam dando. Gente dizendo que iria embora se fosse AstraZeneca. Gente comemorando quando ouviu que era Pfizer. O movimento sommelier de vacina � real – � perigoso”, afirmou.



Depoimentos como o de B�rbara s�o comuns na rede social. “Levei mam�e pra se vacinar hoje e uma mulher na fila dizia querer s� Pfizer. A mo�a que controlava a entrada, oficial dos bombeiros, disse que era s� AstraZeneca, e indicou alguns postos para a mulher encontrar Pfizer, como se vacina fosse Coca ou Pepsi, empada com ou sem azeitona”, escreveu o tamb�m jornalista Thales Machado, editor no jornal O Globo e morador do Rio de Janeiro.



Entre as rea��es mais comuns est�o dores musculares, febre, mal-estar e calafrios. Especialistas afirmam que os efeitos duram poucos dias ap�s a vacina��o e que casos mais graves s�o raros. Minas Gerais recebeu 10 milh�es de doses das tr�s fabricantes, de acordo com dados do vacin�metro.

Professor-em�rito da Faculdade de Ci�ncias M�dicas e assessor do Hermes Pardini, o epidemiologista Jos� Geraldo Ribeiro � um dos que afirmam que n�o cabe escolha de vacina. “A melhor vacina � a que estiver dispon�vel”, aconselha. O especialista lembra que, do ponto de vista cient�fico, ainda � cedo para comparar a efic�cia entre os imunizantes.

“Neste momento, n�o h� como saber qual vacina � mais eficaz”, diz. Ele lembra que os estudos de fase 3 (a �ltima fase do ensaio cl�nico) de cada um dos imunizantes n�o s�o compar�veis. E explica que, devido � urg�ncia de combater o novo coronav�rus, os estudos foram feitos em curto espa�o de tempo. “Durante o uso, nos pr�ximos anos, conheceremos melhor a efetividade de cada vacina e os poss�veis eventos adversos mais raros”, pondera.

"Nas vacinas da COVID-19, n�s temos visto alguns relatos de febre. � o que chamamos a 'pega' vacinal. N�o � grave; dura, em m�dia, 24 horas. Eu tamb�m tive febre quanto tomei minha segunda dose da vacina da AstraZeneca, e ela passou no dia seguinte"

Dra. Margareth Dalcolmo, m�dica pneumologista da Fiocruz



Risco


O infectologista Carlos Starling, que integra o Comit� de Enfrentamento � COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, alerta para o risco de escolher o fabricante da vacina. “Adiar a vacina��o por prefer�ncia � um risco muito grande. O v�rus pode te encontrar antes. A�, � contar com a sorte”, afirma.

O especialista refor�a que a efic�cia das diferentes f�rmulas n�o � compar�vel, pelo fato de terem sido desenvolvidas e aprovadas com estudos cl�nicos diferentes. “Ap�s 21 dias, as vacinas da Pfizer e AstraZeneca t�m efic�cia praticamente id�nticas”, diz. E ele ainda refor�a que estudos mostram que as inje��es s�o intercambi�veis. “No futuro, quem tomou uma, poder� tomar outra”, disse.



A recusa da AstraZeneca em alguns locais vem ocorrendo em fun��o dos efeitos colaterais. No entanto, a m�dica epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute e ex-integrante do Centro de Controle de Doen�as (CDC) dos EUA, afirma que as pessoas n�o devem hesitar em se vacinar quando forem chamadas. “Dois dias de cama com febre e calafrio, se acontecer, � um pre�o muito pequeno para se proteger contra a COVID. Uma espera pode te custar muito mais.”

A especialista refor�a o alerta para que as pessoas n�o escolham vacinas. Em um post no Twitter, ela respondeu a um questionamento em rela��o � AstraZeneca. “A efetividade, prote��o no mundo real, da AstraZeneca � alta, incluindo nos maiores de 70 anos, mais de 70%. A AstraZeneca funciona (em duas doses) contra novas variantes j� testadas”, escreveu.

PBH se posiciona


Em Belo Horizonte, a dose da AstraZeneca s� n�o � mais aplicada que a da CoronaVac. At� o momento, a prefeitura local recebeu 700.676 vacinas fabricadas pela Fiocruz em parceria com a Universidade Oxford. Apesar disso, n�o h� relatos de pessoas que evitam essa f�rmula e preferem esperar por outra, como ocorre no Rio de Janeiro e S�o Paulo.

Questionada pelo EM, a Secretaria Municipal de Sa�de de BH n�o respondeu se tem sido percebida alguma rejei��o � AstraZeneca na capital mineira. Por�m, informou que tem intensificado a sensibiliza��o da popula��o sobre a import�ncia da imuniza��o. “Todas as vacinas contra a COVID-19 em uso no pa�s podem apresentar efeitos adversos, sendo a maioria absoluta classificada como leve. Os efeitos leves e transit�rios podem durar de 24 a 48 horas e as equipes de vacina��o s�o orientadas e preparadas para repassar todas as informa��es � popula��o no momento da aplica��o do imunizante”, informou a pasta, em nota.

Na fila


Moradores ouvidos pelo EM ontem em filas para a vacina��o de pessoas com 59 anos – que inaugurou a imuniza��o dos que t�m menos de 60 independentemente de comorbidade ou pertencimento a grupos profissionais – demonstraram estar abertos � vacina��o com a op��o oferecida. A secret�ria Meire Lage, de 59, foi uma delas. Segundo ela, a efic�cia da vacina � o que importa.

Vale lembrar que a vacina brit�nica teve sua efic�cia e seguran�a comprovadas cientificamente. Em mar�o, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) concedeu o registro para o imunizante ser aplicado no Brasil. “Se tem a vacina, todo mundo tem que tomar. Independentemente de ser a AstraZeneca, CoronaVac, ou qualquer outra, n�s temos que tomar.  Se voc� n�o tomar essa neste momento, qual vai tomar?”.

Tomar a AstraZeneca tamb�m n�o � um problema para o aposentado S�rgio Ricardo, de 59. Pelo contr�rio: para ele, a f�rmula da Fiocruz/Oxford � a que mais despertou sua confian�a. “Tomaria qualquer uma, tendo rea��o ou n�o”, disse o aposentado. *Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:



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