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Estado de Minas COVID-19

Cinquent�es comemoram vacina��o, mas reclamam da demora para a vez deles

�ltimo grupo de belo-horizontinos imunizado contra a COVID-19, quem tem de 56 a 59 anos vive sensa��es antag�nicas


13/06/2021 04:00 - atualizado 13/06/2021 07:39

Marcelo Borges, de 58 anos, afirma que estava ansioso para chegar a vez dele(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
Marcelo Borges, de 58 anos, afirma que estava ansioso para chegar a vez dele (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)

Alegria, al�vio e protesto. Depois de um ano e tr�s meses que a pandemia do novo coronav�rus se instalou no Brasil, a vacina contra a COVID-19 come�a a chegar para novas faixas et�rias como uma dose de conforto. Na �ltima semana, receberam o imunizante os adultos sem comorbidades entre 56 e 59 anos.

A vacina, que foi aplicada a partir da segunda quinzena de janeiro, passou por uma longa fila de prioridades at� chegar ao chamado “p�blico geral”. Em Belo Horizonte, esses adultos dividiram sentimentos antag�nicos ao garantir sua primeira gota de esperan�a.

O Estado de Minas ouviu a voz desses que se sentem aliviados, mas que pressionam autoridades pela acelera��o da campanha. Embora felizes, muitos belo-horizontinos que sa�ram de casa para se imunizar reclamaram da demora no avan�o dessas etapas e protestaram contra o governo federal.

A �ltima atualiza��o por faixa et�ria havia sido para idosos acima de 60 anos – liberada em 3 de maio. Ou seja, cinco semanas foi o tempo que aqueles de 56 a 59 anos aguardaram para ser inclu�dos na campanha por idade.

Nesse per�odo, foi dada prioridade a pessoas com comorbidades, com defici�ncia permanente, em situa��o de rua, popula��o privada de liberdade e os funcion�rios do sistema prisional, trabalhadores da educa��o, for�as de seguran�a e salvamento, For�as Armadas.

Al�m dos adultos sem comorbidades, na semana passada foi tamb�m o in�cio da vacina��o para motoristas do transporte coletivo municipal e cobradores, trabalhadores da limpeza urbana e manejo de res�duos s�lidos, al�m de funcion�rios do sistema metroferrovi�rio e caminhoneiros.

Desde 18 de janeiro, quando a primeira vacina foi aplicada em Minas Gerais, a ansiedade de milhares de mineiros em espera s� aumenta.

Cinco meses depois, seguindo o Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o do Minist�rio da Sa�de, 25,24% do p�blico-alvo no estado recebeu a primeira aplica��o. Desses, 11,79% obtiveram a segunda dose.

Na capital mineira, o n�mero est� mais avan�ado do que na m�dia do estado. Segundo a prefeitura, 46,6% dos belo-horizontinos receberam a primeira dose e, desses, 20,1% garantiram a segunda dose.

Com os dados atualizados na sexta-feira (11/6), 38.566 pessoas na faixa et�ria dos 55 aos 59 anos foram imunizadas na �ltima semana.

Proje��o para a vacina��o

Na ter�a-feira, o secret�rio de Estado de Sa�de, F�bio Baccheretti, deu esperan�a aos mineiros acima de 50 anos. “At� o final deste m�s, a gente acredita que a vacina��o de 50 anos seja uma realidade no estado”, afirmou.

O secret�rio de Sa�de de BH, Jackson Machado Pinto, afirmou, na quarta-feira, que o avan�o da campanha depende da entrega de novas doses pelo Minist�rio da Sa�de.

“N�o sei dizer se vamos vacinar todo mundo at� o fim do ano ou se vai ser at� agosto”, disse o chefe da pasta. Ele garantiu que a capital tem capacidade de imunizar 50 mil pessoas por dia. “Se o Minist�rio da Sa�de nos mandar um milh�o de doses, n�s teremos 20 dias para aplic�-las”, estimou.
  

Com a palavra, os cinquent�es 

(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
(foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
 
» Marcelo Borges, 58 anos
“Ter vacina e vir receber � uma satisfa��o muito grande. � uma coisa que j� deveria estar sendo feita desde o ano passado. � direito de todo brasileiro e � com muita alegria que eu recebo o meu. Estava muito ansioso porque a gente v� pessoas perdendo familiares por falta de um governo que invista e que compre vacina para o pa�s, como outros fizeram. Infelizmente, no Brasil sofremos esse negacionismo da vacina��o.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Gilmar Ant�nio, 58 anos
“Eu estava preocupado. Moro com minha esposa, filhos e netos e fiquei com medo de algu�m pegar a doen�a. Tem muita gente morrendo. Ent�o, tomar a vacina � melhor. Estou ansioso, mas tamb�m tranquilo. Acho que n�o demorou muito para chegar a minha vez. Se deram prioridade para outras pessoas � porque estavam precisando mais. E agora a expectativa � que melhore para todo mundo.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Cledison Fernandes, 58 anos
“Estava muito ansioso e com grande expectativa. Eu achei que, devido �s quest�es pol�ticas do pa�s, s� iria conseguir ser vacinado no final do ano. Sou advogado, n�o parei de trabalhar e tive muito medo de pegar o v�rus porque o m�ximo de precau��es que tomamos ainda � pouco. Eu tive cliente que tomou todos os cuidados poss�veis, era saud�vel e veio a �bito. A gente fica entregue � sorte, ainda mais que na minha casa s�o cinco pessoas, incluindo minha m�e. Ent�o, eu fico mais aliviado.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Jaime Luciano da Silva, 57 anos
“� um al�vio muito grande por estarmos em um per�odo muito dif�cil de pandemia. Perdi v�rios amigos e alguns familiares. Para mim, agora � um sossego, fico at� emocionado de estar passando por isso. Demorou um pouco para chegar na minha idade, mas, gra�as a Deus, estou aqui hoje para receber esta primeira dose.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Hilton Irias da Silva, 57 anos
“Para mim, � uma alegria muito grande receber esta primeira dose porque a gente fica naquela ansiedade, vendo tamb�m muita gente doente e morrendo. Demora para chegar nossa idade, mas quando chega, � uma maravilha, um al�vio. Assim que deram in�cio � vacina��o, demorou para avan�ar, mas agora o andamento est� bom. Eu sou mec�nico, ent�o, n�o parei nenhum dia de trabalhar e estava com muito medo porque atendemos muitas pessoas por dia.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Vagner Ribeiro, que se vacinou com o irm�o g�meo Victor, 57 anos 
“� a experi�ncia que todos esperam. A gente tem de ficar livre o mais r�pido poss�vel desse v�rus. Poder vir n�s dois aqui � uma alegria muito grande, um marco na nossa hist�ria. Demorou um pouco para chegar na nossa idade, mas a gente entende que outras pessoas teriam maior urg�ncia de tomar a vacina.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Ana Tavares, 59 anos 
“� uma sensa��o de al�vio, de vit�ria, porque tem sido muito dif�cil. A gente j� poderia ter sido vacinado h� muito tempo, mas temos o presidente com este negacionismo dele. Mas tamb�m acho que se a popula��o colaborasse mais, n�o teria morrido tanta gente como morreu. Ent�o, espero que a vacina chegue para todos.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
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» Maria Helena, 58 anos
“Eu estava superansiosa e acho que eu j� deveria ter sido vacinada, mas essas quest�es pol�ticas atrapalharam. Deveriam ter iniciado a vacina��o ano passado, apesar de n�o ter vacina para todos. Mas o que voc� faz? Sai do pa�s para ser vacinado? Imposs�vel. Hoje eu estou feliz de me vacinar, mas tenho medo das rea��es da AstraZeneca. Dizem que est� dando rea��es, desde dores no bra�o at� quest�es de trombose, por isso eu queria tomar a da Pfizer.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
(foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
» Valmira Alves Santos, 58 anos
“A ansiedade estava demais, porque a cada dia que passa a situa��o vai ficando mais complicada e a gente est� tendo que ficar presa dentro de casa. Com a vacina eu fico um pouco mais tranquila, d� pra poder ir ao supermercado e fazer compras com menos medo. Eu acho que minha vez veio no tempo certo. Se n�o fosse essa problem�tica da pol�tica, j� era pra todos n�s termos sido vacinados, mas fica essa guerra de pol�tico que n�o compra a vacina logo e n�s que sofremos com isso.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
(foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
» Regina Moutinho, 58 anos
“Eu estava muito ansiosa e com medo de pegar essa doen�a. Eu n�o estou trabalhando, mas moro com meu filho, que est�, e tive medo de ele trazer esse v�rus para n�s. A gente precisa se proteger e com a vacina eu fico mais tranquila. Achei que ia demorar mais para chegar minha vez.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
(foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
» Eliane Magela Costa, 57 anos
“Estou �tima, superfeliz de receber esta vacina, porque esperamos tanto tempo por isso. Cuido de duas crian�as e estava com muito medo de pegar a doen�a e passar para elas. Acho que demorou pra chegar minha vez, eu fiquei muito ansiosa. Agora, tou doida para tomar a segunda dose e ficar mais tranquila.”
 
(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
(foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A. PRESS)
» Sandra Maria Duarte, 57 anos
“Est� sendo uma experi�ncia muito v�lida e eu acho que est� todo mundo ansioso para este acontecimento, e eu tamb�m, com certeza, estava. Gra�as a Deus, j� finalizei pelo menos a primeira etapa. Acho que n�o demorou muito para chegar na minha idade. Pensei que seria chamada para ser vacinada mais pra frente e fiquei surpresa de ver que seria nesta semana. Aguardando agora o dia 1º de novembro para receber a segunda dose.”


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas


 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:

 
 


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