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Moradores de rua em BH j� superam popula��o de 450 cidades mineiras
O grupo, que habitava um casar�o alugado pela Localiza, foi retirado do local nesta manh� em opera��o coordenada pela Pol�cia Militar (PM), em cumprimento a uma a��o de reintegra��o de posse movida pela locadora.
Um acordo firmado nessa segunda (22/8) entre o poder p�blico e a rede de aluguel de carros garantiu amparo do coletivo - que inclui ao menos seis crian�as, duas gr�vidas e uma cadeirante. Eles foram encaminhados a uma pousada situada na Rua dos Otoni, tamb�m na Regi�o Centro-Sul.
Um acordo firmado nessa segunda (22/8) entre o poder p�blico e a rede de aluguel de carros garantiu amparo do coletivo - que inclui ao menos seis crian�as, duas gr�vidas e uma cadeirante. Eles foram encaminhados a uma pousada situada na Rua dos Otoni, tamb�m na Regi�o Centro-Sul.
Segundo o acordo, ratificado pela PBH, Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), Subsecretaria de Direitos Humanos de Minas Gerais, BHTrans e Pol�cia Militar, os vulner�veis ser�o acolhidos na hospedaria por 20 dias. As di�rias foram pagas pela Localiza. Ap�s esse per�odo, o munic�pio se comprometeu a assumir a assist�ncia das fam�lias por meio da concess�o de benef�cios como bolsa moradia.
"Foi um al�vio para n�s. At� ontem, estava todo mundo desesperado, achando que ia pro meio da rua. A gente nem dormia. Agora, � aguardar o aux�lio da prefeitura", comemora Poliana Pereira, de 35 anos, que morava com a filha de tr�s anos na ocupa��o Anyky Lyma.
Ela conta que viveu por cerca de seis meses no local, desde que perdeu o emprego e n�o teve mais como pagar o aluguel do barrac�o onde morava.
"Consideramos que foi uma solu��o satisfat�ria. Seria absurdo que um processo que envolve munic�pio, o Minist�rio P�blico e uma empresa terminasse com o despejo dessas pessoas na rua", comenta Bruno Cardoso, membro do Movimento de Liberta��o Popular (MLP), que apoia os sem-teto.
Ela conta que viveu por cerca de seis meses no local, desde que perdeu o emprego e n�o teve mais como pagar o aluguel do barrac�o onde morava.
"Consideramos que foi uma solu��o satisfat�ria. Seria absurdo que um processo que envolve munic�pio, o Minist�rio P�blico e uma empresa terminasse com o despejo dessas pessoas na rua", comenta Bruno Cardoso, membro do Movimento de Liberta��o Popular (MLP), que apoia os sem-teto.
Casar�o tombado
Tombado pelo patrim�nio hist�rico, o im�vel, composto de uma loja, uma resid�ncia e um estacionamento, tem valor estimado em R$ 7,5 milh�es. Ele pertence a um empres�rio e pecuarista de Janu�ria, no Norte de Minas.
Desde agosto do ano passado, o espa�o est� alugado pela Localiza que, at� ent�o, usava apenas o estacionamento. Os sem-teto ocuparam a resid�ncia de janeiro at� esta ter�a-feira (24/8), quando foram despejados por determina��o do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais. A a��o de reintegra��o de posse foi movida pela locadora, que planeja a restaurar o casar�o.
Ocupa��es milion�rias
A menos de 250 metros da antiga ocupa��o Anyky Lyma, outras dois casar�es, tamb�m tombadas pelo Patrim�nio Hist�rico Municipal, foram ocupados.
Um delas fica na Avenida Oleg�rio Maciel, 1.247. Segundo a imobili�ria que administra o bem, a casa � avaliada em R$ 1,5 milh�o, est� vazia h� 12 anos e pertence � Companhia Industrial Itaunense.
O outra est� instalada na Rua Santa Catarina, 450. A mesma imobili�ria chegou a anunciar a venda por R$ 2 milh�es. Os propriet�rios s�o de uma fam�lia de Ita�na, Regi�o Centro-Oeste do Estado.
Os propriet�rios dois dois im�veis tamb�m ajuizaram a��o de reintegra��o de posse no TJMG. Contudo, as decis�es judiciais, at� o momento, favorecem aos ocupantes. A Justi�a condicionou a concess�o da liminar de despejo � assist�ncia dos vulner�veis pelo poder p�blico.
