
A Prefeitura de BH repassou a quarta parcela � Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para desenvolvimento da SpiNTec, candidata � dose de refor�o contra � COVID-19. Agora, a administra��o municipal j� transferiu R$ 24 milh�es dos R$ 30 milh�es previstos � UFMG.
Os recursos sa�ram do caixa da prefeitura por meio da dota��o or�ament�ria da Secretaria Municipal de Sa�de. Al�m da PBH, a UFMG conta com R$ 3 milh�es em emendas parlamentares para realiza��o dos testes cl�nicos (fases 1 e 2).
A expectativa � que esses testes com humanos aconte�am at� dezembro, conforme o Estado de Minas mostrou em 3 de agosto.
Esse � o segundo grande recurso recebido pela UFMG para desenvolvimento da SpiNTec. Na fase pr�-cl�nica, na qual os pesquisadores conduziram estudos com animais, a universidade desempenhou aportes do Minist�rio da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��es (MCTI).
A partir desses recursos, os cientistas conduziram os estudos em camundongos, hamsters e primatas. Diante da alta taxa de sucesso, encaminharam, em 30 de julho, um relat�rio � Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para pedir autoriza��o para execu��o das fases 1 e 2.
Na pr�tica, a primeira fase tem o objetivo de demonstrar a seguran�a do imunizante. Para isso, a UFMG vai reunir 40 volunt�rios.
J� na segunda etapa, na qual cerca de 300 volunt�rios ser�o convocados, o intuito � estabelecer se a f�rmula provoca ou n�o uma resposta imune ao novo coronav�rus no corpo humano.
Nos dois passos, os participantes ser�o pessoas vacinadas com as duas doses da CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac Biotech).
Antes da disponibiliza��o do produto � popula��o, ainda h� uma terceira fase, a �ltima antes do registro sanit�rio.
O objetivo � demonstrar a efic�cia da vacina em milhares de pessoas, geralmente de diferentes perfis do p�blico-alvo, para monitorar poss�veis rea��es adversas.
Essa terceira fase ainda n�o tem pre�o definido. O custo estimado � de R$ 300 milh�es.
O fato de a SpiNTec ser uma dose de refor�o faz com que os pesquisadores ainda n�o tenham definido a despesa exata da �ltima etapa.
Metodologia
De acordo com o professor Fl�vio da Fonseca, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG, que participa diretamente das pesquisas, o trabalho no CTVacinas come�ou em mar�o do ano passado com cinco possibilidades diferentes.
“A gente sabia que a pesquisa vacinal tem uma taxa de sucesso muito baixa. Ent�o, nossa estrat�gia foi de fazer um n�mero grande de vacinas para que ao final de um processo longo, �rduo, de estudo e de an�lise a gente tivesse (a oportunidade) de conduzir ao menos uma delas at� o in�cio de testes em seres humanos", disse em agosto.
Tamb�m participante da pesquisa, a professora Santuza Teixeira, integrante do Departamento de Bioqu�mica e Imunologia do ICB, explicou como aconteceu o desenvolvimento da SpiNTec, por meio de uma estrat�gia denominada “segunda gera��o por prote�na recombinante”.
“O que a gente faz, na verdade, � identificar dentro do genoma do novo coronav�rus quais seriam as sequ�ncias que t�m a informa��o para produzir essas prote�nas, que v�o ser de fato os agentes vacinais”, afirmou.
''Oxford brasileira''
Outro projeto envolvendo vacinas na UFMG, a moderniza��o do CTVacinas, centro de produ��o e pesquisa de imunizantes, avan�ou nesta quinta.
Em visita a Belo Horizonte, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lan�ou a pedra fundamental do empreendimento em solenidade realizada na Cidade Administrativa, sede do Executivo estadual.
Os recursos v�m do MCTI. Em agosto, o ministro Marcos Pontes chegou a intitular o projeto de "Oxford Brasileira".
"N�s desenvolvemos uma parceria do minist�rio com a UFMG para desenvolver o Centro Nacional de Vacinas. Vamos entrar com R$ 50 milh�es para que tenhamos tipo Oxford Brasileira", afirmou Pontes.
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