
Para a Associa��o dos Familiares de V�timas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina C�rrego do Feij�o (Avabrum), esse � um voto da “injusti�a” e da “impunidade”.
Como recurso, na sexta-feira o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) solicitou com urg�ncia que o caso seja analisado pelo Pleno do STF.
"A realiza��o de duas sess�es virtuais, nas quais, em cada uma delas, houve altera��o de votos nos �ltimos instantes antes do encerramento das sess�es demonstra, � saciedade, a necessidade de que a delibera��o colegiada seja debatida presencialmente”, afirma o MPMG no requerimento.
E o MPMG destaca na conclus�o que "em se tratando de discuss�o acerca da compet�ncia para julgamento da a��o penal mais importante em tr�mite no pa�s, pela dimens�o ambiental e humana envolvida, imperioso que o debate seja realizado de maneira verticalmente exauriente e interativa pelos Ministros da Suprema Corte, a fim de propiciar que a jurisdi��o constitucional sobre a mat�ria seja permeada por inolvid�vel seguran�a jur�dica”.
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Para os advogados de F�bio Schvartsman, ex-presidente da Vale que pediu que o processo mudasse para a autarquia federal, a decis�o do Supremo foi correta.
"A compet�ncia para julgar o caso � evidentemente da Justi�a Federal, uma vez que o rompimento da barragem afetou bens e interesses da Uni�o e da entidade aut�rquica federal respons�vel pela gest�o da atividade miner�ria, incluindo o armazenamento de rejeitos e diversas outras atribui��es relacionadas � Pol�tica Nacional de Seguran�a de Barragens. Al�m disso, a lama carreada pelo rompimento danificou s�tios arqueol�gicos, que tamb�m s�o bens da Uni�o", comentaram em nota.
Mudan�a de voto
Gilmar Mendes havia seguido o voto do relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, que em junho devolveu a a��o para a Justi�a do Estado de Minas Gerais. Entretanto, ele decidiu alterar o seu voto. Para a associa��o, a mudan�a da inst�ncia de tramita��o do processo criminal pode aumentar a morosidade e o risco de impunidade.
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Desta forma, Gilmar Mendes alinhou-se ao seu colega da Segunda Turma do STF Andr� Mendon�a, que tamb�m alterou o seu voto. Anteriormente, o julgamento virtual estava empatado em 2 a 2 e, agora com a nova posi��o de Gilmar Mendes, o placar ficou em 3 a 1.
Al�m de Mendes e Mendon�a, o ministro Nunes Marques tamb�m se manifestou a favor de que o julgamento da a��o criminal ocorra na Justi�a Federal. O ministro Ricardo Lewandowski n�o votou por declarar-se impedido.
Al�m de Mendes e Mendon�a, o ministro Nunes Marques tamb�m se manifestou a favor de que o julgamento da a��o criminal ocorra na Justi�a Federal. O ministro Ricardo Lewandowski n�o votou por declarar-se impedido.