
De Haia a Stuttgart, passando por Paris, todos eles garantem que lutam contra o "controle das consci�ncias", contra as redes "ped�filas", contra a "plandemia" inventada por uma casta governante com planos sombrios.
Consideram-se defensores de um "discurso alternativo" �s verdades oficiais e seguem o exemplo dos QAnon americanos para plasmar nas redes sociais sua vis�o conspiracionista da atualidade.
Foram expulsos do Twitter ou do Youtube e se sentem perseguidos. Optaram por plataformas secund�rias para trocar informa��o - a maior parte falsa - que, segundo eles, os meios de comunica��o "convencionais" ocultam.
A AFP acompanhou durante meses este caldo de cultura conspirat�rio na Europa.
S�o eles os QAnon, os ultraprotestantes, os antivacinas, os populistas de direita, os ecologistas adeptos de terapias alternativas, empres�rios, artes�os, desempregados e inclusive m�dicos.
Um grupo heterog�neo em plena ascens�o que preocupa os servi�os de Intelig�ncia, que temem que desestabilizem as democracias.
"A conspira��o est� no auge nas redes sociais, vemos que tamb�m se organizam em c�lulas clandestinas. Evidentemente � uma amea�a", adverte o coordenador nacional da Intelig�ncia francesa Laurent Nunez, que reconhece que as "teorias QAnon chegam � Fran�a".
Nas redes sociais, os grupos europeus QAnon ou outros vinculados a eles abundam e se juntam. Os D�codeurs na Fran�a t�m mais de 30.000 membros no Telegram, personalidades pr�-conspirativas alem�s como Attila Hildmann e Xavier Naidoo t�m mais de 100.000, e o brit�nico Charlie Ward, que divulga a cada quase quinze minutos a seus seguidores montagens pr�-Trump, beira os 150.000.
"H� um coquetel em marcha: a fragiliza��o do tecido socioecon�mico, um forte movimento de express�o contestat�rio das plataformas digitais onde � f�cil transmitir discursos conspirativos e o calend�rio eleitoral", afirma � AFP uma fonte da comunidade de Intelig�ncia na Fran�a.
"S�o movimentos que mais ou menos sempre existiram h� dez ou quinze anos. Alimentam-se de uma conspira��o antissistema. H� uma porosidade com grupos de ultradireita", analisa um alto funcion�rio da Intelig�ncia francesa que admite que a novidade � a inclus�o de "pessoas de universos bastante variados".
Podem chegar a destruir fam�lias em caso de se sentirem impotentes diante do desvio de seus entes queridos. Foi o que aconteceu com Paul (seu nome foi alterado), que conta � AFP o lento deslizamento da sua m�e "para ou outro lado".
"Vivia reclusa, passava uma quantidade de tempo incr�vel na Internet procurando respostas para sua raiva contra a injusti�a no mundo. Consumia durante 24 horas por dia o Youtube, os canais de conspira��o eram sua �nica janela para o mundo", conta este livreiro de 48 anos.
"O confinamento foi a cereja do bolo. A COVID, a confirma��o de todas as suas teorias sobre o fim do mundo", acrescenta.
A obsess�o por Bill Gates
Era meados de mar�o no tranquilo povoado de Uithoorn, ao sul de Amsterd�. Lange Frans saca sua fita m�trica e, com passos apressados, nos convida a entrar em seu est�dio de grava��o.
"Aqui n�o h� m�scara", solta, zombador, este rapper que chegou a ser conhecido nos anos 1990.
Entre duas met�foras musicais, conta, orgulhoso, sobre o "show clandestino" sem distanciamento social do qual participou na v�spera.

H� alguns anos, seus podcasts fazem sucesso na Holanda. Neles, durante duas horas, convida uma personalidade a dar uma vis�o "alternativa" sobre a atualidade.
A COVID, o acidente com o avi�o MH-370, os crimes de pedofilia, �vnis... Tudo tem espa�o.
"Siga o dinheiro!", exorta Lange Frans ("O grande Frans", em holand�s), entre cartazes de Bob Dylan e guitarras.
"Peguemos o caso de Bill Gates. As pessoas deviam se informar sobre ele, n�o tem diploma m�dico, nem experi�ncia em vacinas. O �nico motivo pelo qual acreditam tanto nele � porque tem dinheiro", afirma em um ingl�s impec�vel.
Para este quarent�o, cujo canal no Youtube costuma ser fechado, a covid � uma "telenovela" e uma "gripe exagerada", da qual os meios de comunica��o n�o param de falar.
Ceticismo
Naquele domingo, v�spera das elei��es legislativas na Holanda, 3.000 pessoas se reuniram em Haia, contrariando as restri��es anticovid - um carnaval vigiado de perto pela pol�cia.
Semanas antes, a Holanda sofreu com v�rias noites de dist�rbios incomuns ap�s a imposi��o de um toque de recolher.
Participaram da manifesta��o ativistas populistas, pessoas que denunciavam um governo mundial, defensores dos rem�dios naturais.
Todos unidos por um denominador comum: o ceticismo com o discurso oficial sobre a pandemia de COVID-19.
"N�o � um v�rus, � uma ferramenta para usar seu poder. A elite mundial o organiza, muitos pensam que � louco demais para ser verdade, mas trabalham nisso h� mais de 20 anos", avalia a restauradora Monique Lustig.
Um pouco mais distante, Jeffrey, um estudante de 21 anos, distribui panfletos denunciando o "Gran Reset", o plano do F�rum Econ�mico Mundial para reativar a economia depois da COVID-19 que esconde, segundo ele, o controle das liberdades e a submiss�o da popula��o.
Quem criou a pandemia? Cada um d� uma resposta diferente, mas costumam citar os avatares do capitalismo global: o organizador do F�rum Econ�mico Mundial, Klaus Schwab, e Bill Gates.
"A elite global est� se aproveitando da situa��o para criar uma nova sociedade. Aqui somos milhares convencidos de que n�o � uma pandemia", acrescenta Ard Pisa, um ex-banqueiro que se tornou defensor da medicina alternativa para curar o c�ncer.
"Oito milh�es de crian�as desaparecem por ano. Isso faz parte do nosso mundo, n�o devemos fechar os olhos, tem muitos casos de pedofilia silenciados", prossegue, abordando um dos temas favoritos do QAnon.
Esta cifra, transmitida regularmente por ONGs de prote��o � inf�ncia, re�ne na verdade todos desaparecimentos denunciados, inclusive a fuga, a grande maioria das quais � resolvida.

"Estado profundo"
A manifesta��o de Haia n�o � uma exce��o na Europa. Nos protestos contra as restri��es anticovid costuma haver sistematicamente muitos adeptos das teorias da conspira��o.
Na Dinamarca, membros do grupo "Men in Black" (Homens de Preto) garantem que o coronav�rus � uma "fraude". Em Berlim, abundam as bandeiras do QAnon nestas manifesta��es que podem chegar a juntar umas 10.000 pessoas. Um punhado delas tentou, inclusive, entrar � for�a no Parlamento em agosto passado.
Segundo um estudo publicado em setembro de 2020, um ter�o dos alem�es acredita que "pot�ncias secretas" controlam o mundo.
Os temas preferidos do QAnon s�o os ingredientes b�sicos deste caldeir�o conspirat�rio.
"O QAnon � um ponto de converg�ncia dos grupos de extrema-direita, as pessoas que acreditam em �vnis, as que pensam que a (rede) 5G ser� usada para controlar o povo", explica Tom de Smedt, um pesquisador belga, autor de v�rios estudos sobre o auge do movimento na Europa.
A opini�o p�blica soube da exist�ncia deste movimento, surgido nos Estados Unidos, durante a invas�o ao Capit�lio em janeiro.
Chama-se assim devido �s mensagens criptografadas publicadas por um certo "Q", supostamente um alto funcion�rio americano pr�ximo de Trump. Muito ativo nos Estados Unidos desde 2017, defende a ideia de que um "Estado profundo", comandado por um punhado de elites, governa a ordem mundial.
O falso esc�ndalo do Pizzagate, no qual democratas foram acusados de estar � frente de uma rede de pedofilia, � um dos alicerces de seu combate.
At� mesmo agora, uma de suas �ltimas not�cias falsas que circulam se refere ao mesmo tema: mais de mil crian�as teriam sido libertadas do por�o do navio "Ever given", que bloqueou o Canal de Suez, como parte de um tr�fico internacional fomentado por Hillary Clinton.
"Ponto de inflex�o"
"As mensagens de Q s�o a b�blia do conspirador!", afirma, com um sorriso nos l�bios, Christophe Charret.
Este empres�rio af�vel e atl�tico, que recebeu a AFP em sua casa moderna nos arredores de Paris, se define como um "conspirador moderado".
S�o quase 20h e o primeiro-ministro Jean Castex acaba de anunciar a volta do confinamento em parte da Fran�a. Mas na sala de estar de Charret, a TV est� desligada.
Tudo acontece em seu pequeno escrit�rio, no por�o, onde ele se prepara para participar do telejornal da Alian�a Humana, uma associa��o com 12.000 membros da rede Telegram, que decifra a atualidade sob um prisma conspirativo.
Ao som de uma m�sica digna de filmes de Hollywood, as imagens se sucedem � toda velocidade: Kennedy, o 11 de setembro, a 5G, a vacina, Donald Trump, o epidemiologista franc�s Didier Raoult e, obviamente, Bill Gates.
"O mundo � dirigido por um conglomerado financeiro-tecnol�gico que controla a soberania dos povos. A tecnologia permite fazer coisas preocupantes, o controle da consci�ncia em particular n�o � um mito", afirma Charret. Atr�s dele, h� um "Q" no formato de uma guirlanda luminosa.
Essa noite, em um v�deo com cerca de 30.000 visualiza��es, ele interveio para falar das vacinas, de Joe Biden e das a��es humanit�rias da associa��o que arrecada fundos para estudantes necessitados.
"Estamos em um ponto de inflex�o do mundo, dois grupos se enfrentam e os que est�o com as r�deas na m�o n�o s�o nossos amigos. Far�o tudo o poss�vel para n�o solt�-las, mas h� for�as trabalhando para um futuro Dia D", conclui, insistindo em seu compromisso pac�fico e no rep�dio � viol�ncia.

Reagrupamento no Telegram
Os QAnon s�o essencialmente muito discretos e escassos na Europa. O DNA do movimento continua sendo profundamente americano. Mas seus herdeiros no Velho Continente retomam sua base ideol�gica.
"Todos os QAnon europeus apoiam a narrativa oficial, ou seja, o apoio a Trump e �s ideias da extrema-direita, mas cada grupo adapta estas mensagens a interesses locais", afirma a diretora de estrat�gia da empresa israelense de ciberseguran�a ActiveFence, Nitzan Tamari.
"Entre os temas sobre os quais h� consenso nos diferentes grupos encontramos a covid-19 e as conspira��es sobre a vacina, que s�o o grosso das mensagens trocadas, mas tamb�m os compl�s sobre o Estado profundo e os crimes de pedofilia", explica a israelense.
"O QAnon � uma esp�cie de caranguejo ferido que retira sua carapa�a. O Twitter fez um enorme trabalho suprimindo contas", lembra o pesquisador Tom de Smedt.
Mas esta varredura digital n�o alcan�ou as ra�zes do sucesso destas teorias.
"H� um sentimento de raiva que n�o � nem de esquerda, nem de direita, mas contra as elites. E esse sentimento n�o desapareceu", acrescenta Tom de Smedt.
Contamina��o do debate p�blico
O volume de boatos difundidos nos grupos do Telegram frequentemente sai do "n�cleo duro" conspirat�rio e acaba se colando no debate p�blico.
Em janeiro passado, na Alemanha, em um formid�vel caso pr�tico de propaga��o de boatos por telefone, milhares de mensagens denunciaram instantaneamente em v�rias redes o desejo de se criar "salas de masturba��o" para menores em uma creche em Teltow, sul de Berlim.
A informa��o, difundida por centenas de membros eleitos do partido de extrema-direita AfD, levou uma deputada da maioria governista a criticar a iniciativa. Tudo surgiu na verdade de um artigo em um jornal local cujas cita��es, mal interpretadas, foram amplificadas exponencialmente nas redes sociais.
Na Fran�a, o document�rio Hold-Up, uma salada com cerca de tr�s horas de dura��o que d� espa�o a relatos conspirat�rios de m�dicos, deputados, pesquisadores e soci�logos, foi visto por milh�es de pessoas.
Tachado por muitos cargos eleitos da maioria governamental como "propaganda conspiracionista", tornou-se uma refer�ncia para todos os que duvidam, independentemente de sua orienta��o pol�tica.
"Este filme � uma obra sint�tica de todas as din�micas de conspira��o do momento. T�m um repetidor de palavra em todas as partes. N�s tamb�m dever�amos t�-lo", diz um representante da maioria governista na Fran�a a um ano das elei��es presidenciais.
Em 2019, um estudo da Funda��o Jean Jaur�s mostrou que o eleitorado de Marine Le Pen, a l�der da extrema-direita francesa, � de longe o mais perme�vel �s teorias da conspira��o.
A b�n��o dos populistas
Na Holanda, ap�s uma campanha centrada na hostilidade �s medidas anticovid que apostou na imprecis�o dos discursos conspiracionistas, o partido populista F�rum pela Democracia quadruplicou os assentos nas legislativas.
Em Urk, pequena cidade de pescadores do "Cintur�o da B�blia" ultraprotestante, onde o sarampo ainda castigava a popula��o em 2019, o F�rum se tornou a terceira for�a pol�tica.
Assim como o F�rum, alguns partidos populistas europeus n�o abra�am oficialmente a ret�rica conspiracionista, mas mant�m um discurso suficientemente amb�guo e atraente para este eleitorado frequentemente enojado com a pol�tica.
"O povo daqui tem d�vidas sobre a vacina. H� raz�es m�dicas - desconhecem-se seus efeitos -, mas tamb�m religiosas. Acredita-se em Deus ou na vacina? Deus nos deu a sa�de e a doen�a. Podemos interferir nos seus planos?", questiona-se o reverendo Alwin Uitslag, que recebeu a AFP em sua casa, vizinha de uma das muitas igrejas locais.
Longe do mar, a 500 km de Urk, no land (estado) de Baden-Wurtemberg, reduto alem�o dos protestos contra as medidas sanit�rias, Christina Baum faz campanha sob um sol radiante.
Dias antes das elei��es nesta regi�o, esta porta-voz regional sobre assuntos de sa�de do partido alem�o de extrema direita AfD, fala com simpatizantes, sem m�scaras ou tabus, sobre a covid.
Um deles, Hellmuth, investe contra esta "f�bula da m�fia financeira internacional criminosa".
Baum se nega a contradizer este discurso: no AfD, todas as opini�es s�o bem-vindas.

Calend�rio eleitoral
"Com a COVID, teorias de que nunca tinha ouvido falar vieram � tona. E eu acho apaixonante. O que quer fazer com toda essa gente? Quer lhes dizer que nos afastamos completamente da sociedade? N�o � poss�vel. � preciso procurar o di�logo com todo o mundo", diz Baum � AFP.
"Aqueles que votam nos partidos de extrema direita t�m uma tend�ncia maior a acreditar em teorias da conspira��o vinculadas � COVID. � o caso de um em cada cinco eleitores do AfD", diz um relat�rio de fevereiro de 2021 de v�rias ONGs, entre elas a Amadeu Antonio Foundation.
S�o discursos que encontram eco na Fran�a, sobretudo entre os "Patriotas", pequeno partido soberanista, cujo l�der, Florian Philippot, denuncia todos os s�bados em manifesta��es pelo pa�s a "Coronoloucura".
Embora por enquanto esteja circunscrito a alguns partidos pol�ticos populistas e a manifesta��es espor�dicas, este coquetel de m�ltiplos discursos conspiracionistas preocupa os servi�os de Intelig�ncia europeus.
Na Alemanha, o movimento "Querdenken", que se op�e �s medidas anticovid, est� sob vigil�ncia refor�ada em v�rias regi�es, devido a seus v�nculos com movimentos pr�ximos � extrema direita, cujo discurso p�e em d�vida a Constitui��o.
"Trabalhamos sobre um grupo de pessoas claramente delimitado que, constatamos, t�m contatos com os extremistas. As teorias da conspira��o podem atuar como um catalisador da radicaliza��o e uma passarela para o extremismo", explica um encarregado de Intelig�ncia em Baden-Wurtemberg.
As teorias conspirat�rias, que se colaram no debate p�blico e nas redes sociais, poderiam abrir a porta � desestabiliza��o das nossas democracias?
"Estamos preocupados com a passagem � a��o violenta destes indiv�duos", diz um alto funcion�rio da Intelig�ncia francesa que culpa a "inger�ncia informativa estatal russa" sobre o assunto a partir das "redes Russia Today e Sputnik".
Telegram e VK, duas das principais redes sociais para onde se deslocaram os conspiracionistas, compartilham os mesmos criadores: os irm�os russos Durov.
Na Alemanha, "recentemente, o clima nas manifesta��es se tornou muito mais agressivo", diz o encarregado em Stuttgart.
"Para mim, o mais perigoso n�o s�o alguns quantos radicais, mas esta esp�cie de pano de fundo que suscita a desconfian�a cada vez maior nas institui��es", teme o pesquisador franc�s Sylvain Delouv�e.
"O desafio � saber se a elei��o (presidencial) vai canalizar ou n�o esta vontade de express�o de protesto", conclui a fonte da Intelig�ncia francesa.
Fran�a e Alemanha dar�o uma primeira resposta nos pr�ximos meses.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
- CoronaVac/Butantan
- Janssen
- Pfizer
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra a COVID-19 est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses.
O sistema de controle tem como objetivo garantir o tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
[VIDEO4]
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.[VIDEO3]
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