
Os chamados 'dedos de covid' parecem ser resultado da a��o do pr�prio sistema imunol�gico que ataca o corpo do indiv�duo ap�s a infec��o.
Os pesquisadores afirmam ter identificado as partes do nosso organismo envolvidas nesse processo.
As descobertas, publicadas na revista cient�fica British Journal of Dermatology, podem ajudar nos tratamentos para aliviar os sintomas.
- Coronav�rus: o que s�o os 'dedos de covid', um dos mais novos poss�veis sintomas identificados da doen�a?
- 21% dos infectados por coronav�rus relataram s� problemas de pele, diz estudo; les�es n�o devem ser ignoradas
O que s�o os 'dedos de covid'?
Os 'dedos de covid' podem acontecer em qualquer idade, mas afeta mais comumente crian�as e adolescentes.
Para algumas pessoas, a rea��o � indolor, mas para outras a erup��o pode causar dor extrema e coceira, acompanhada de bolhas e incha�o.
A escocesa Sofia, que tem 13 anos, mal conseguia andar ou usar sapatos quando desenvolveu 'dedos de covid' no in�cio deste ano.
Em entrevista � BBC, ela contou como, durante o ver�o, passou a depender de uma cadeira de rodas para caminhadas mais longas.
A pele afetada — geralmente os dedos dos p�s, mas �s vezes os das m�os — pode apresentar colora��o vermelha ou roxa. Algumas pessoas desenvolvem protuber�ncias elevadas e dolorosas ou �reas de pele �spera. Tamb�m pode haver pus.
A condi��o pode durar semanas ou at� mesmo meses.
Frequentemente, quem sofre de 'dedos de covid' n�o apresenta nenhum dos sintomas cl�ssicos da covid-19, como tosse persistente, febre e perda ou altera��o no odor ou no paladar.
Por que isso acontece?
As �ltimas descobertas do estudo, baseadas em testes de sangue e pele, sugerem que duas partes do sistema imunol�gico podem estar em a��o.
Ambos envolvem mecanismos que o corpo usa para combater o coronav�rus.
Um � uma prote�na antiviral chamada interferon tipo 1 e o outro � um tipo de anticorpo que ataca erroneamente as pr�prias c�lulas e tecidos da pessoa, n�o apenas o v�rus invasor.
As c�lulas que revestem os pequenos vasos sangu�neos que abastecem as �reas afetadas tamb�m est�o envolvidas, dizem os pesquisadores da Universidade de Paris, Fran�a.
Os cientistas estudaram 50 pessoas com suspeita de 'dedos de covid' na primavera de 2020, e 13 outras com les�es de frieira semelhantes que n�o estavam relacionadas a infec��es pelo novo coronav�rus, porque ocorreram muito antes do in�cio da pandemia.
Eles esperam que as descobertas ajudem os pacientes e m�dicos a entender melhor a condi��o.
O m�dico Ivan Bristow, diz que, para a maioria, as les�es geralmente desaparecem por conta pr�pria, como as frieiras comuns durante crises de resfriado e em pessoas com problemas de circula��o.
Mas algumas podem precisar de tratamento com cremes e outros medicamentos.
"A confirma��o da causa ajudar� a desenvolver novos tratamentos para gerenci�-la de forma mais eficaz", diz ele.
J� a dermatologista Veronique Bataille, porta-voz da ONG British Skin Foundation, diz que os 'dedos de covid' foram observados com muita frequ�ncia durante a fase inicial da pandemia, mas a condi��o se tornou menos usual durante as infec��es causadas pela variante Delta.
A explica��o prov�vel para isso se deve a mais pessoas sendo vacinadas ou tendo alguma prote��o contra a covid por causa de infec��es anteriores.
"Ter essa condi��o ap�s ser vacinado � muito mais raro", diz ela.
Os problemas de pele relacionados � covid podem aparecer um pouco depois da infec��o aguda e em pessoas que n�o apresentam outros sintomas, ent�o a associa��o com o v�rus �s vezes nem sempre acontece, acrescenta Bataille.
J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube ? Inscreva-se no nosso canal!
Leia mais sobre a COVID-19
- Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil e suas diferen�as
- Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
- Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
- Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
- Os protocolos para a volta �s aulas em BH
- Pandemia, epidemia e endemia. Entenda a diferen�a
-
Quais os sintomas do coronav�rus?