
Col�gios ouvidos pela reportagem receberam menos de 35% dos estudantes previstos. O porcentual ficou em torno de 20% e, em algumas etapas, as salas de aula ficaram vazias. Na rede municipal, a Prefeitura informou n�o ter balan�o da presen�a. Nem todos os col�gios reabriram nesta segunda-feira - caso dos particulares Santa Cruz, Equipe e Gracinha.
No Col�gio Humboldt, na zona sul, o ensino fundamental 1, que poderia receber at� 35% dos estudantes, teve s� 20% dos alunos. A ades�o foi menor ainda nas etapas seguintes, com alunos mais velhos. O aval do governo estadual, dado em cima da hora, tamb�m pode ter contribu�do para a baixa ades�o. Algumas fam�lias viajaram para cidades do interior, em meio � piora da pandemia. A volta �s aulas na capital estava condicionada ao fim da fase emergencial, decretada s� na sexta-feira pelo governo estadual.
No Col�gio Magno, na zona sul, foram � escola nesta segunda 25% dos estudantes. O porcentual de presen�a foi menor ainda no Agostiniano Mendel, na zona leste, que teve 12,5% dos alunos - no primeiro dia de aulas, em fevereiro, foram 21,8%. A escola atribui a queda � semana de provas.
Balan�o do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de S�o Paulo (Sieeesp) indicou frequ�ncia de 20% a 25%. O presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro, estima que at� o fim da semana, a ades�o chegue aos 35% - limite na fase vermelha.
Na Escola M�bile, na zona sul, compareceram nesta segunda metade dos alunos esperados. Segundo a escola, o porcentual se deve ao fato de que o col�gio recomendou que os pais privilegiassem o ensino remoto nesta semana. Nas escolas da rede Luminova, dos 735 que poderiam frequentar as aulas, s� 210 estiveram presentes.
Os col�gios Pent�gono, na zona oeste, Mary Ward, na leste, e Franciscano Pio XII, na sul, tamb�m n�o atingiram o porcentual m�ximo de 35% - a frequ�ncia ficou entre 20% e 25%.
Para Luiz Antonio Barbagli, presidente do Sindicato dos Professores de S�o Paulo (Sinpro-SP), a baixa ades�o tem rela��o com o medo das fam�lias. O Sinpro-SP n�o tinha nesta segunda-feira um balan�o da ades�o dos professores � greve da categoria. Segundo o sindicato, pelo menos 30 escolas n�o reabriram para aulas presenciais.
Embate
A decis�o de manter fechado o Col�gio Santa Cruz, na zona oeste, motivou cr�ticas de pais de alunos insatisfeitos. Eles amea�aram entrar na Justi�a contra a escola, tirar os filhos do col�gio e at� pediram a demiss�o do diretor.
O advogado Alessandro Ghilardi, de 42 anos, � um dos que estuda trocar o filho, de 9 anos, de col�gio. "A postura da escola durante a pandemia nunca foi a favor dos alunos", disse o pai, que tamb�m critica a cobran�a da mensalidade cheia. "Eles nunca colocaram as crian�as em primeiro lugar. As preocupa��es s�o sempre gen�ricas, com a sociedade, com a comunidade", disse o empres�rio Bruno Zangari, de 40 anos.
No fim de semana, grupos de WhatsApp de pais tiveram debates acalorados sobre a op��o do col�gio. Fam�lias favor�veis � decis�o do Santa Cruz assinaram uma carta de apoio � dire��o. Para a empres�ria Ana Leite, de 50 anos, a preocupa��o com as aulas presenciais das crian�as � leg�tima, mas incomoda a forma de protesto. "O problema � apelar para querer derrubar o diretor, para medida judicial. H� tempos atr�s, queriam fazer manifesta��o na porta da casa do diretor. Parece briga de 5.ª s�rie", diz. O Santa Cruz informou, por meio de nota, que "respeita as opini�es e as decis�es das fam�lias e prefere tratar as quest�es individualmente com elas".
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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