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Estado de Minas COVID-19

Cepa indiana deve agravar 3� onda e requer vacina��o

Infectologistas alertam sobre gravidade de novo per�odo de alta contamina��o e pedem imunizantes, enquanto Brasil est� pr�ximo da marca de 450 mil �bitos


25/05/2021 06:00 - atualizado 25/05/2021 07:41

Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, onde o governo se preocupa com mutação vinda da Índia e aguarda medidas sanitárias (foto: Michael Dantas/AFP)
Cemit�rio Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, onde o governo se preocupa com muta��o vinda da �ndia e aguarda medidas sanit�rias (foto: Michael Dantas/AFP)

Bras�lia – Muito perto de o Minist�rio da Sa�de registrar 450 mil mortos por COVID-19, o Brasil corre o risco de enfrentar uma terceira onda da pandemia, em raz�o de outra variante do novo coronav�rus. A B.1.617.2, nova cepa do coronav�rus, chegou ao Brasil por navio. Tem origem na �ndia, pa�s com maior predomin�ncia desse tipo viral. A muta��o, somada � vacina��o lenta no pa�s, pode levar a mais um per�odo cr�tico, com poss�vel aumento de mortes e casos da doen�a respirat�ria e a sobrecarga do Sistema �nico de Sa�de (SUS). A gravidade da cepa requer novas medidas de combate � trasmiss�o, como alertam infectologistas.

Na quinta-feira da semana passada, o governo do Maranh�o confirmou a primeira infec��o pela nova variante do coronav�rus no pa�s, at� ent�o in�dita. A v�tima � um indiano de 54 anos, tripulante do navio Shandong da Zhi, vindo da �frica do Sul. O governador Fl�vio Dino (PT-MA) demonostrou preocupa��o com a variante indiana, ao rebater o presidente Jair Bolsonar (sem partido), que o chamou de “gordinho ditador do Maranh�o”, ao conden�-lo pelas restri��es santit�rias impostoas no estado. Dino disse que a postura do presidente � deplor�vel e denota “car�ncia afetiva” nas recentes manifesta��es que o pr�prio presidente convocou pelo pa�s em seu apoio.

A B.1.617 � quarto cepa do coronav�rus a receber o sinal de “Variante da preocupa��o” pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). As outras que receberam o mesmo alerta foram: P1 (predominante em Manaus), B.1.1.7 (Reino Unido), e B.1.351 (�frica do Sul). O boletim Infogripe da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na �ltima sexta-feira, alerta que sete estados brasileiros apresentam sinal de crescimento da pandemia no curto prazo. S�o eles: Amazonas, Maranh�o, Mato Grosso do Sul, Para�ba, Paran�, Tocantins e Rio de Janeiro, al�m do Distrito Federal.

Ontem, o Brasil chegou a 449.858 mortos por COVID-19, segundo o Painel Coronav�rus do Minist�rio da Sa�de e o levantamento do Conselho Nacional de Secretarias de Sa�de (Conass). Ao menos 790 pessoas perderam a luta contra a doen�a em 24 horas. O n�mero de infectados no per�odo foi de 37.498, e o acumulado desde mar�o do ano passado � de mais de 16,1 milh�es de pessoas.

O doutor em Sa�de Coletiva e membro da Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (ABRASCO) D�rio Frederico Pasche explica que o termo mais adequado para os �ndices de infec��es no pa�s � ‘degraus’. “O que temos, no momento, � possibilidade de um terceiro degrau. Se olharmos para este novo patamar, d� para observar que nunca voltamos � situa��o inicial de �ndices. Ocorre, na verdade, um agravamento [subida de degraus] do n�mero de casos e �bitos pela doen�a”, pontua.

Bergamann Ribeiro, virologista e professor do Instituto de Biologia da Universidade de Bras�lia (UnB), diz ser natural que todo v�rus sofra muta��es. “Quanto mais pessoas infectadas, a tend�ncia � que novas variantes apare�am. A maioria dessas muta��es n�o favorece os v�rus, pois quando invade a c�lula hospedeira n�o consegue reproduzir o c�digo gen�tico corretamente. No entanto, outras muta��es beneficiam, pois ele consegue mudar a conforma��o de suas prote�nas e entrar com mais facilidade na c�lula hospedeira e ou at� mesmo se multiplicar mais r�pido”, explica.

O virologista aponta que, at� o momento, o que se descobriu sobre a variante indiana � a possibilidade de o v�rus ser mais transmiss�vel, e n�o mais letal, dada a capacidade dele lutar pela sobreviv�ncia e se adaptar no corpo do hospedeiro. “� dif�cil dizer que o v�rus � mais letal ou n�o, pois � necess�rio um n�mero expressivo de dados e estudos para validar com essa hip�tese”, comenta.

Bergmann tamb�m explica que a vacina ajuda a barrar a intera��o do coronav�rus no organismo, mas que a demora na imuniza��o favorece a replica��o do agente, inclusive de novas cepas. “No entanto, sem vacina, mais pessoas estar�o expostas � infec��o pelo v�rus, inclusive �s novas variantes. Mesmo com primeira dose, ocorre uma press�o de sele��o para que o coronav�rus consiga mudar ainda mais”, destaca.

Letalidade 


A 20ª semana epidemiol�gica, que terminou no s�bado, contabilizou 13.493 brasileiros mortos pelo v�rus. Houve aumento em rela��o � semana anterior, em que 13.399 pessoas perderam a luta contra o v�rus. J� a eleva��o no n�mero de casos por semana epidemiol�gica foi maior, e saltou de 440.655 na 19ª semana, para 460.905 na �ltima, crescimento de pouco mais de 4,5%.

Ainda de acordo com o levantamento do Conass, a taxa de letalidade da doen�a est� em 2,8%. A taxa de mortalidade � de 214,1 a cada 100 mil habitantes e a taxa de incid�ncia � de 7.671,2 tamb�m a cada 100 mil habitantes. O presidente do conselho, Fernando Pigatto, comentou o n�mero de mortes e criticou a manifesta��o com a presen�a do presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, no domingo, no Rio de Janeiro (RJ). “Vamos seguir em frente transformando o luto em luta”, afirmou Pigatto. *Estagi�rios sob supervis�o de Carlos Alexandre de Souza


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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