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Estado de Minas PANDEMIA

Em quatro meses, mortes fizeram vagar 35 mil empregos formais no Brasil

Apenas em abril deste ano, 11.699 postos de trabalho ficaram livres por causa de �bitos; coronav�rus acelera 'deforma��o' do mercado


28/05/2021 17:23 - atualizado 28/05/2021 18:16

Aumento no número de lacunas no mercado de trabalho ocorre paralelamente à aceleração da pandemia(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
Aumento no n�mero de lacunas no mercado de trabalho ocorre paralelamente � acelera��o da pandemia (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
Quase 23 mil postos de trabalho formais ficaram vagos entre abril e mar�o deste ano por causa de mortes. De janeiro ao quarto m�s de 2021, os �bitos geraram a vac�ncia de 35.125 empregos em solo brasileiro. Os n�meros, impulsionados pela pandemia de COVID-19, representam aumento exponencial da lacuna deixada pelas vidas perdidas.

Em todo o ano de 2020, o pa�s registrou a morte de 63.672 trabalhadores de carteira assinada; no ano anterior, foram 52.767 — os n�meros de janeiro a abril de 2021, portanto, j� representam quase 67% das mortes registradas em 2019. Os dados foram obtidos por levantamento da Kair�s Desenvolvimento Social, com base nas estat�sticas do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (CAGED), mantido pelo Minist�rio da Economia.

Setores que circulam por cidades e estradas t�m sido especialmente afetados pelas mortes. Entre mar�o e abril deste ano, por exemplo, 1.449 motoristas de caminh�o formalmente registrados por empresas perderam a vida. Embora nem todos eles tenham sido vitimados pelo novo coronav�rus, o alto n�mero ocorreu nos meses em que o pa�s registrou mais �bitos em virtude da doen�a viral — foram mais de 66 mil em mar�o e cerca de 82 mil em abril.



Para Elvis Bonassa, diretor de desenvolvimento social da Kair�s e coordenador da pesquisa, os n�meros acendem alerta para a situa��o dos trabalhadores informais, que n�o constam no CAGED, mas tamb�m sentem os efeitos da crise sanit�ria. Ele cita os motoristas como exemplo. 

“H� um grande n�mero de caminhoneiros que trabalham por frete, de maneira aut�noma. � uma luz vermelha muito forte que tem que se acender. Eles est�o mais expostos � contamina��o por terem contato com diferentes espa�os, cidades e regi�es”, diz, ao Estado de Minas.

‘Ch�o de f�brica’ est� muito exposto


Trabalhadores que precisam se deslocar pela cidade de �nibus e ocupam fun��es de contato com o p�blico s�o os que mais morreram nos dois meses passados — fruto, obviamente, da acelera��o da COVID-19. Depois dos caminhoneiros, faxineiros (983 �bitos), vigilantes e vigias (903), vendedores (770) e porteiros (692) foram as categorias com mais baixas. Professores, motoristas de �nibus, servidores administrativos e de escrit�rios tamb�m se destacam negativamente.  

“Claramente, h� um aumento de casos de mortalidade por COVID-19 nessa parcela da popula��o, que tem que trabalhar e, com isso, se expor aos riscos do transporte e do contato com o p�blico”, afirma Elvis Bonassa.

Os donos do volante, ali�s, enfrentam situa��o especialmente cr�tica. De janeiro a abril, 2.074 caminhoneiros morreram — em 2019, foram 1.831. Neste ano, 636 condutores de coletivos perderam a vida, ante os 614 do ano retrasado.


�nibus, fator de risco


A equa��o que leva em conta o transporte p�blico tem erros flagrantes, aponta o especialista. Segundo ele, h� localidades invertendo a l�gica e que, em vez de aumentar a frota para espalhar os usu�rios, optam por diminuir o n�mero de coletivos em circula��o.

“O ideal � que as pessoas n�o precisassem pegar �nibus. J� que precisam, o ideal � que tivessem mais ve�culos circulando em vez de menos, como fizeram algumas cidades. E, mesmo com mais ve�culos e menos lota��o em cada um deles, que fossem garantidas as condi��es de prote��o de cada um dentro dos �nibus”.



Bonassa sustenta, ainda, que a forma como as medidas restritivas t�m sido postas em pr�tica desorienta e cansa os cidad�os. Ele critica a descoordena��o vista no “abre e fecha” de atividades econ�micas em algumas cidades. O "vaiv�m" acaba descredibilizando, ante a popula��o, as a��es para combater a virose.

“O que n�s estamos vivendo, de certo modo, � uma exaust�o dessas formas mal-organizadas e err�ticas de prote��o sanit�ria”, pontua.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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