� recomend�vel refor�o da vacina em infectados por COVID ou gripe?

As doses de refor�o da vacina continuam indicadas, mesmo para quem teve covid recentemente. Por�m, se voc� est� com sintomas como tosse, febre, coriza ou dor e precisa tomar a terceira ou a quarta dose, o ideal � fazer um teste para confirmar ou descartar o diagn�stico da doen�a. Se o resultado der positivo, a orienta��o das autoridades � aguardar 30 dias desde o in�cio dos inc�modos para receber o refor�o do imunizante.

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Entenda a seguir o que est� por tr�s dessas recomenda��es e como garantir a maior prote��o poss�vel contra as formas mais graves da covid.

Estou com sintomas. Posso tomar a dose de refor�o?

A infectologista Raquel Stucchi, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), d� mais detalhes sobre o que fazer se, nos dias pr�ximos da vacina��o, voc� estiver com qualquer sintoma sugestivo de gripe, resfriado ou covid.

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"O primeiro passo � descartar que a pessoa esteja mesmo com covid. Para isso, ela deve fazer pelo menos dois testes, a partir do terceiro dia ap�s o in�cio dos sintomas."

"Se o primeiro teste der negativo, vale fazer um segundo exame no quinto dia desde o come�o dos inc�modos", complementa.

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A especialista, que tamb�m integra a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), diz que � poss�vel utilizar os testes r�pidos de ant�geno, dispon�veis nas farm�cias e em alguns postos de sa�de.

Caso o resultado do primeiro ou do segundo exame seja positivo mesmo, � necess�rio aguardar 30 dias desde o aparecimento dos sinais de infec��o para tomar a dose do imunizante, recomenda ela.

"Agora, se for negativo, basta esperar a melhora dos sintomas para completar o esquema vacinal", orienta a infectologista.

Geralmente, esses inc�modos, que podem estar relacionados � gripe ou ao resfriado comum, costumam passar r�pido e a pessoa fica 100% recuperada depois de uma ou no m�ximo duas semanas.

As recomenda��es de aguardar cerca de quatro semanas p�s-covid para vacinar-se s�o defendidas por uma s�rie de institui��es, como a Funda��o Oswaldo Cruz (FioCruz) e o Servi�o de Sa�de P�blica do Reino Unido.

J� o Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) dos Estados Unidos orienta que os americanos considerem aguardar at� tr�s meses de intervalo entre a infec��o e a aplica��o da dose.

De onde v�m esses prazos?

O infectologista Evaldo Stanislau de Ara�jo, do Hospital das Cl�nicas de S�o Paulo, esclarece que esse intervalo de 30 dias � uma recomenda��o geral para otimizar a prote��o das vacinas.

"Quando o indiv�duo est� com covid, o sistema imune dele fica ativado para neutralizar as part�culas virais", explica.

"Com isso, a efetividade da vacina pode ser comprometida", complementa o especialista, que tamb�m integra a Sociedade Paulista de Infectologia (SPI).

Em outras palavras, durante a infec��o, nossas c�lulas de defesa v�o estar t�o focadas em contra-atacar o coronav�rus do qual o imunizante pode "passar batido" e n�o surtir todo o efeito de prote��o desejado.

Depois desses 30 dias, a tend�ncia � que o sistema imune j� esteja em equil�brio de novo para reagir � vacina��o da forma mais adequada.

E vale mencionar aqui que algu�m que estava com covid e porventura tomou a vacina n�o corre nenhum risco de eventos adversos.

"Isso n�o vai fazer mal ou ter efeitos colaterais. O �nico preju�zo � mesmo na efetividade da dose", refor�a Ara�jo.

"Durante a pandemia, com certeza n�s vacinamos muita gente infectada que n�o tinha apresentado sintomas, ou estava com inc�modos muito leves", acrescenta Stucchi.

Por ora, o Minist�rio recomenda uma segunda dose de refor�o (conhecida popularmente como quarta dose) para todas as pessoas com mais de 40 anos e pacientes com o sistema imunol�gico comprometido.

Dos 13 aos 39 anos, s�o recomendadas tr�s doses. J� dos 5 aos 12, s�o suas doses.

De acordo com o portal CoronavirusBra1, apenas 52% da popula��o brasileira j� tomou a terceira dose, considerada fundamental para proteger contra as formas mais graves da covid, relacionadas � hospitaliza��o, intuba��o e morte.

- Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62134217

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