Transplante fecal � indicado no Reino Unido para tratar infec��o intestinal

O Instituto Nacional de Excel�ncia em Sa�de e Cuidados (Nice, na sigla em ingl�s) do Reino Unido acaba de recomendar o transplante de fezes como tratamento contra infec��es intestinais.

Por ora, o m�todo est� indicado para quem teve dois ou mais quadros provocados pela bact�ria Clostridium difficile, um micro-organismo que n�o � facilmente derrotado pelos antibi�ticos dispon�veis atualmente.

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Essa bact�ria tamb�m pode causar uma infec��o quando ocorre um desequil�brio da microbiota intestinal — o conjunto de seres microsc�picos que habitam o sistema digestivo e s�o muito importantes para nossa sa�de. E um dos fatores que gera esse desbalan�o intestinal vantajoso para a C. difficile � justamente o uso de antibi�ticos.

Em resumo, o transplante fecal consiste em transferir para o organismo de um paciente as bact�rias intestinais "do bem" que s�o encontradas nas fezes de um doador saud�vel.

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O transplante pode acontecer por meio de uma endoscopia (em que os equipamentos e a amostra bacteriana s�o introduzidos pelo nariz ou pela boca), pela colonoscopia (quando o processo se inicia pelo �nus) ou por meio de p�lulas preparadas em laborat�rio.

Ensaios cl�nicos publicados nos �ltimos anos mostram que essa terapia contra a C. difficile � mais eficaz e barata em compara��o com os antibi�ticos, aos quais essa "superbact�ria" pode se tornar resistente.

Por ora, o transplante fecal ainda � encarado como um m�todo experimental no Brasil, usado apenas quando as outras op��es terap�uticas n�o funcionaram como o esperado.

Sintomas comuns de uma infec��o causada pelo C. difficile

• Diarreia
• Febre
• Perda de apetite
• N�usea
• Dor de est�mago

O Nice estima que entre 450 e 500 pessoas poderiam receber os transplantes fecais na Inglaterra, economizando milhares de libras ao reduzir a prescri��o de antibi�ticos.

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Um estudo feito em 2018 no Brasil estimou que, nas regi�es Sul e Sudeste, s�o detectados por dia tr�s casos de infec��o por C. difficile a cada mil pacientes hospitalizados.

Mark Chapman, diretor de tecnologia m�dica do Nice, disse que "o uso deste tratamento tamb�m ajudar� a reduzir a depend�ncia de antibi�ticos". "E isso, por sua vez, permite diminuir os riscos de resist�ncia antimicrobiana", declarou.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62736711

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