A engenheira civil e educadora física Socorro Silvério

A engenheira civil e educadora f�sica Socorro Silv�rio diz que seu corpo funciona melhor com a pr�tica de exerc�cios

Enya Mendes/Divulga��o

 

A engenheira civil, educadora f�sica e de estrutura de elastic training, Socorro Silv�rio, de 54 anos, sempre foi ativa e gostou de atividades f�sicas. No entanto, ap�s a gravidez, aos 29, ela acabou ganhando muito peso. Querendo uma recupera��o r�pida, ela passou, a partir da�, a dedicar-se � muscula��o

 

“J� pratiquei muay thai, jiu-jitsu, calistenia, gin�stica localizada, funcional, crossfit e muscula��o. A intensifica��o, especificamente da muscula��o, ocorreu ainda mais ap�s os meus 40 anos. Dos 30 aos 40, eu j� era adepta da modalidade, mas foi a partir dos 40 que passei a me dedicar mais; ap�s os 45, mais ainda. Hoje, ap�s fazer a faculdade de educa��o f�sica, respiro atividade f�sica todos os dias”, conta. 

 

 

 

Para a engenheira e educadora f�sica, a atividade anda de m�os dadas com sua sa�de f�sica, mental e est�tica. “Os benef�cios s�o amplos. Todo o meu corpo funciona melhor, meu intestino e o sono tamb�m, assim como a libera��o de serotonina e endorfina, que fazem com que eu me sinta mais feliz, realizada e mais disposta. Tenho ganho de massa magra, maior prote��o das minhas articula��es, mantenho minha massa �ssea intacta, trabalho minha mobilidade, for�a e, com o ganho de massa magra, a est�tica tamb�m acaba sendo beneficiada, pois consigo me manter mais magra, com os m�sculos mais tonificados, ganhando um aspecto mais bonito e harm�nico.” 

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Socorro conta que percebe que muitas pessoas n�o acreditam que conseguem obter resultados musculares com a pr�tica da muscula��o � medida que os anos passam. “Apesar de cada indiv�duo ter um objetivo diferente, � muito importante entender que com supervis�o m�dica, de profissionais gabaritados da educa��o f�sica e acompanhamento nutricional individualizado, � poss�vel, sim, conseguir ganhos expressivos nesses pilares.” 

 

Daniel Oliveira, ortopedista

Daniel Oliveira, ortopedista: 'Exerc�cios devem ser supervisionados'

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
 

 

AUTOCUIDADO Ela diz, inclusive, que encoraja mulheres que est�o um pouco abaixo ou acima de sua faixa et�ria a tomarem a mesma atitude que ela tomou para que possam perceber esses ganhos.

 

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“Tenho, hoje, sem d�vida alguma, mais disposi��o e autoconfian�a do que tinha aos meus 30 e poucos anos. � fruto de muita dedica��o, mas, principalmente, de autocuidado com minha sa�de. � como se eu fizesse por mim, todos os dias, uma poupan�a de vida, mas baseada em fortalecimento muscular e �sseo.”

 

O ortopedista Daniel Oliveira, especialista em coluna vertebral, explica que tanto jovens quanto idosos ganham m�sculos da mesma maneira, mas quando envelhecemos, os processos biol�gicos que convertem o exerc�cio em m�sculo se tornam menos eficazes e, por isso, h� mais dificuldade em ganhar for�a. 

 

“Quando se � mais novo, uma quantidade menor de exerc�cios � capaz de produzir um sinal forte para os processos que desencadeiam o crescimento muscular e, em pessoas mais velhas, esse sinal que diz aos m�sculos para crescerem � muito mais fraco para uma determinada quantidade de exerc�cio.”

 

Mas � poss�vel conseguir fortalecimento e crescimento muscular a partir dos 50 anos e isso se d�, de acordo com o especialista, a partir de um programa de exerc�cios f�sicos voltados para esse objetivo, juntamente com uma alimenta��o saud�vel e equilibrada, rica em prote�nas, essencial para a s�ntese muscular e com valor cal�rico adequado para fornecer energia ao organismo, tanto durante o treino, quanto no per�odo de recupera��o muscular.

 

RESULTADOS “� com a regularidade dessas atividades que conseguimos minimizar essas mudan�as na composi��o corporal e na for�a muscular. Os exerc�cios devem ser supervisionados de forma personalizada, com a quantidade de peso adequada para que, mesmo que de forma mais lenta, os resultados apare�am. Vale pontuar a import�ncia em buscar ajuda m�dica com ortopedista e cardiologista antes de come�ar qualquer atividade f�sica para saber se existe alguma condi��o de sa�de pr�-existente, tornando a pr�tica mais segura, de acordo com as necessidades individuais de cada um.”

 

Márcia Pagano, geriatra

M�rcia Pagano, geriatra: 'Nunca � tarde para come�ar a cuidar da sa�de'

arquivo pessoal
 

 

For�a muscular e integridade �ssea

 

S�o h�bitos saud�veis, tais como a pr�tica de exerc�cios f�sicos, assim como uma alimenta��o equilibrada e diminui��o dos n�veis de estresse que v�o determinar como envelhecemos. Segundo M�rcia Pagano, geriatra da empresa Sa�de no Lar, especializada em home care, existem muitas doen�as que podem ser evitadas com um estilo de vida saud�vel. 

 

O envelhecimento natural pode aumentar o risco de artrites, levar � perda �ssea e de massa muscular, que aumentam o risco de quedas e fraturas. “Quando nos exercitamos, ajudamos a manter tanto a for�a muscular quanto a integridade �ssea. Outro ponto que merece destaque � que, com a atividade f�sica, conseguimos reduzir o risco de doen�as cr�nicas que se tornam mais comuns com o avan�ar da idade, principalmente a partir dos 50 anos”, explica. 

 

A geriatra se refere a problemas card�acos, diabetes tipo 2, press�o alta e obesidade, al�m de conseguir melhorar a fun��o cognitiva e diminuir o risco de aparecimento da depress�o e de alguns tipos de c�ncer. “Exerc�cios tamb�m ajudam a reduzir a dor e a rigidez nas articula��es, a diminuir a press�o arterial, a controlar o colesterol e melhorar a sa�de geral do cora��o.”

 

Mas quem nunca praticou nenhum tipo de atividade e come�a nessa faixa et�ria, mesmo assim consegue obter ganhos. “Nunca � tarde para come�ar a cuidar da sa�de. Eu sempre insisto nisso com meus pacientes, mas quanto mais cedo come�amos, maiores s�o os benef�cios, tanto f�sicos como mentais. Entre eles, cito a preven��o de doen�as cr�nicas; o fortalecimento de m�sculos e ossos, que ajudam a prevenir quedas e fraturas; a melhora da flexibilidade, mobilidade e amplitude de movimento; a redu��o de risco de alguns tipos de c�ncer; al�m da melhora na qualidade do sono.” 

 

Com rela��o � sa�de mental, ela reduz os n�veis de estresse, melhora o humor e a autoestima, aumenta a capacidade de aprendizagem e mem�ria, melhora a fun��o cognitiva e a sensa��o de bem-estar.

 

OBJETIVOS M�rcia destaca que o ser humano funciona muito bem quando tem objetivos. “No caso da pr�tica de atividades f�sicas, quando se tem algum prop�sito, seja o ganho de massa magra, o de perda de peso, o da melhora do equil�brio ou de exames, eles se tornam fortes “contribuintes” para o aumento da autoestima do praticante. 

 

“Um outro papel importante que deve ser colocado em quest�o � o fato de a conviv�ncia com outras pessoas, independentemente da idade, fazer com que tenhamos a sensa��o de pertencimento a um grupo, traz in�meros benef�cios para o ser humano.”