Menino na cama antes de dormir

Menino na cama antes de dormir

Freepik

F�rias, crian�as em casa e sono desregulado. Afinal, como n�o se render �quele pedido de ficar at� tarde vendo filme ou acordar depois do hor�rio? No entanto, neste per�odo, muitas m�es j� est�o preocupadas em como fazer a rotina de sono voltar ao normal com o retorno das aulas.

Para a pediatra do Grupo Prontobaby Marina Noia a higiene do sono compreende a uma s�rie de h�bitos ou atividades que t�m como objetivo dormir melhor.

"Isso se aplica tanto em adultos, quanto em crian�as e at� em beb�s. � importante criar um ambiente silencioso e com pouca luz, trocar a roupa pelo pijama, alimentar-se, ler um livro, cantar can��es de ninar ou colocar uma m�sica calma antes de dormir, determinar uma rotina de cochilos durante o dia e evitar os mais longos no fim da tarde, e evitar barulhos, agita��o e telas, pelo menos uma hora antes de dormir, principalmente devido � luz dos smartphones e tablets", orienta a pediatra.

Para quem questiona se existe uma quantidade de horas de repouso consideradas normais para beb�s e crian�as, a Sleep Foundation recomenda de 14 a 17 horas para beb�s de at� tr�s meses, de 12 a 15 horas dos quatro aos 11 meses de vida, de 11 a 14 horas para os que t�m de um a dois anos, de 10 a 13 horas para as idades de tr�s a cinco anos, e de 9 a 11 horas, dos seis aos 13 anos. Vale destacar que esse tempo inclui os cochilos tirados durante o dia.

J� as m�es que sofrem com filhos que acordam v�rias vezes durante a noite, Marina Noia sinaliza que o primeiro passo � entender que o sono das crian�as, principalmente dos beb�s, n�o � igual ao de um adulto.

"De modo geral, esse comportamento est� associado aos marcos de desenvolvimento infantil, em que a crian�a adquire novas habilidades, o que pode interferir na qualidade do sono. No mais, existe a possibilidade de serem pesadelos, dist�rbios que podem ser comuns na inf�ncia. S�o sonhos assustadores em que a crian�a pode ou n�o despertar completamente e se lembrar de todos os detalhes. Ocorrem em virtude de situa��es estressantes passadas por elas ou ap�s assistirem a conte�dos agressivos. Quando acontecem, imediatamente os filhos procuram seguran�a na cama dos pais para terminar a noite", comenta.

Leia: Epilepsia e dist�rbio do sono: tratamento por estimula��o nervosa; entenda

Diferente dos pesadelos, as parassonias s�o comportamentos, movimentos ou eventos psicol�gicos anormais que ocorrem no in�cio, no decorrer ou no despertar do sono. Causam interrup��es no repouso e geram sonol�ncia, cansa�o e queda de desempenho cognitivo e f�sico durante o dia.

"Destaque para o despertar confusional, soniloquio, sonambulismo, terror noturno, enurese noturna, bruxismo, paralisia do sono, todos identificados nos �ltimos estudos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O pesadelo tamb�m � um tipo de parassonia, mas, ao contr�rio do terror noturno, ele costuma ocorrer na segunda metade da noite, e raramente inclui fala, gritos e sonambulismo", comenta.

Al�m disso, se a crian�a chora demais para dormir ou � muito agitada durante a noite � importante lembrar que as causas s�o diversas. Uma das mais comuns � a presen�a de est�mulos em excesso, o que pode fazer com que o c�rebro demore a relaxar, assim como o corpo.

"No entanto, raz�es f�sicas tamb�m podem fazer parte desse processo. Uma delas � a apneia do sono, que pode ocorrer devido � inflama��o nas adenoides ou desvios de septo. A s�ndrome das pernas inquietas, dist�rbio que afeta a sensibilidade motora, tamb�m � um motivo. Por isso, � fundamental investigar o que gera o sintoma", explica a pediatra.

O sono � um elemento fundamental para o desenvolvimento humano, porque � nesse per�odo que o c�rebro experimenta diferentes atividades e consolida bases importantes para o aprendizado e crescimento, al�m da libera��o de diferentes horm�nios.

"Tudo isso interfere em comportamentos, emo��es e at� mesmo no fortalecimento do sistema imunol�gico. Por outro lado, noites mal dormidas ou sono de m� qualidade na inf�ncia podem causar problemas no desempenho cognitivo, nas habilidades sociais e na obesidade infantil, al�m de comprometerem a qualidade de vida da crian�a como um todo", aponta a especialista.