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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: fam�lias de infectados relatam 'fardo secund�rio enorme'

Estudo mostra como a doen�a prolongada afeta pessoas pr�ximas aos infectados; preocupa��o excessiva, tristeza e mudan�a na vida sexual est�o entre as queixas


26/05/2021 09:17 - atualizado 26/05/2021 09:23

(foto: Michael Dantas/AFP - 28/1/21)
(foto: Michael Dantas/AFP - 28/1/21)
Deixar de sentir os sintomas caracter�sticos de um quadro de COVID-19 leve e at� mesmo ter alta ap�s um tratamento mais robusto contra a doen�a nem sempre s�o sinais de que a batalha contra o Sars-CoV-2 est� vencida. Crescem os casos de pessoas enfrentando a chamada COVIDde longa dura��o, quando as complica��es causadas pela infec��o pelo Sars-CoV-2 duram meses.

Fadiga, dor de cabe�a e falta de ar s�o alguns dos problemas enfrentados por esses indiv�duos. Mas n�o para por a�. Um estudo da Cardiff University, no Reino Unido, mostra o impacto dessas sequelas em quem vive de perto com os pacientes. Familiares relatam um “fardo secund�rio enorme” depois da chegada do novo coronav�rus �s suas casas, marcado por preocupa��o excessiva, dificuldade para dormir e mudan�as na vida sexual, entre outras queixas.

Para tra�ar esse cen�rio, a equipe de Cardiff, em parceria com cientistas da University of Hertfordshire, tamb�m no Reino Unido, entrevistou mais de 700 sobreviventes da COVID-19, al�m dos(as) parceiros(as) e parentes pr�ximos. Os resultados, publicados na edi��o de hoje da revista m�dica BMJ Open, sugerem que a qualidade de vida da fam�lia de quem tem covid prolongada � “severamente afetada”, o que demanda um grande sistema de apoio para todos os envolvidos.

“Todos n�s vimos o impacto devastador que a COVID prolongada pode ter sobre os sobreviventes, mas ouvimos muito pouco sobre como isso pode afetar a vida de seus entes queridos. Nosso estudo revela um efeito domin� desde os pr�prios pacientes at� todos aqueles mais pr�ximos. Esse efeito vai afetando tudo, desde o qu�o preocupados e frustrados eles se sentem at� a sua capacidade de desfrutar das atividades familiares”, enfatiza, em comunicado, Rubina Shah, estudante de doutorado na Escola de Medicina da Universidade de Cardiff e autora principal do estudo.

Shah e a equipe analisaram dados de um question�rio on-line respondido por 1.470 pessoas. Dessas, 735 eram sobreviventes da COVID-19 e apresentavam complica��es cerca de 12 semanas ap�s o diagn�stico da doen�a, 571 eram parceiros(as) dos(as) infectados e 164 membros da fam�lia. O maior impacto sobre o grupo foi “sentir-se preocupado” — 94% relataram o problema. Em seguida, v�m queixas sobre mudan�as nas atividades familiares (83%), sentimentos de frustra��o (82%), tristeza (78%), comprometimento do sono (69%) e da vida sexual (68%). Houve tamb�m reclama��es ligadas � vida financeira — mais da metade dos entrevistados, 56%, relatou um aumento nas despesas familiares.

A equipe de cientistas tamb�m percebeu diferen�as da percep��o dos impactos da COVID-19 prolongada conforme o g�nero de quem respondeu ao question�rio. As mulheres, por exemplo, relataram se sentir mais tristes, al�m de perceberem maior comprometimento nos deslocamentos di�rios e no sono. O impacto na vida sexual foi experimentado mais significativamente pelos homens.

Suporte


Para os pesquisadores, as descobertas sugerem que os formuladores de pol�ticas devem considerar o treinamento e a contrata��o de uma variedade de servi�os de apoio p�s-covid, incluindo o aconselhamento de sa�de mental. “O impacto dessa doen�a pode ser profundo e duradouro. Para ajudar a aliviar esse fardo, � preciso haver um sistema de suporte hol�stico, que seja sens�vel �s necessidades dos sobreviventes e de suas fam�lias”, afirma Rubina Shah. A cientista lembra ainda que a demanda por esses servi�os tende a aumentar. O �rg�o de estat�sticas brit�nico, o Office for National Statistics, estima que 20% dos infectados apresentam sintomas de covid prolongada cinco semanas ap�s a infec��o inicial. O problema acomete uma a cada sete depois de 12 semanas.

Billie-Jo Redman, 27 anos, � uma delas. Ap�s a infec��o por covid, a moradora de Essex, um condado da Inglaterra, sofre fadiga e n�voa cerebral diariamente. Como, �s vezes, a frequ�ncia card�aca aumenta muito, ela precisa usar um monitor card�aco 24 horas por dia. “Parece que minha vida acabou. Eu costumava sair em aventuras com meu filho. Agora, h� dias em que n�o consigo nem lev�-lo para a escola. Isso teve um efeito tr�gico em nossa vida di�ria”, lamenta, em comunicado divulgado pela universidade brit�nica.

A jovem conta que n�o tinha problemas de sa�de. Testou positivo para o Sars-CoV-2 em 9 de janeiro e apresentou os sintomas habituais da COVID-19. Depois de 10 dias, estava bem, mas, no fim de fevereiro, sentia como se estivesse “morrendo de p�”. “O hospital simplesmente n�o sabe o que fazer comigo. Eles podem ver que minha frequ�ncia card�aca est� muito alta, mas n�o sabem o porqu�”, reclama.

Rubina Shah reconhece essa limita��o entre as equipes de sa�de. “Nossa pesquisa � a primeira a examinar o impacto dessa doen�a devastadora nos parceiros e nas fam�lias dos sobreviventes. � muito importante que entendamos as necessidades das pessoas mais pr�ximas dos sobreviventes para garantir o bem-estar geral das fam�lias”, afirma. Os cientistas acreditam que novos estudos s�o necess�rios para avaliar a persist�ncia do impacto sobre os membros da fam�lia e descobrir se h� diferen�as na percep��o do fardo secund�rio conforme o grupo �tnico de pacientes e familiares.

Monitoramento brasileiro


Resultados preliminares de uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Medicina de Ribeir�o Preto (FMRP) da Universidade de S�o Paulo (USP) mostram que 64% dos pacientes recuperados da COVID-19 t�m algum sintoma persistente seis meses depois do in�cio dos sintomas. As complica��es mais comuns s�o fadiga, falta de ar, dor de cabe�a, perda de for�a muscular, dificuldade para enxergar ou inc�modo nos olhos. Os participantes s�o acompanhados e assistidos no projeto chamado Recovida, cujos dados come�aram a ser coletados em maio do ano passado.

Press�o sobre a OMS


No segundo dia da 74ª Assembleia Mundial da Sa�de, pa�ses pediram � OMS que continue a investiga��o sobre a origem da COVID-19. A principal hip�tese � de que o Sars-CoV-2 � transmitido por um animal, mas, para o representante dos EUA, Jeremy Konyndyk, � necess�ria uma “investiga��o s�lida, completa e dirigida”. Outros pa�ses, incluindo Austr�lia, Jap�o e Portugal, expressaram posi��es similares. A primeira fase do estudo se deu no in�cio do ano, em Wuhan, na China, considerada o ber�o da pandemia, com uma equipe de especialistas internacionais e cientistas chineses, em um contexto de suspeita de falta de independ�ncia a respeito de Pequim.

Em mar�o, o grupo concluiu que a transmiss�o por um animal intermedi�rio � uma hip�tese “muito prov�vel” e afirmou que um incidente de laborat�rio, tese defendida pelo ex-presidente Donald Trump, era “extremamente improv�vel”. Ontem, Konyndyk defende que seja preparada a segunda fase da investiga��o.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

 

Os chamados passaportes de vacina��o contra a COVID-19 est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses.

O sistema de controle tem como objetivo garantir o tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.  


Especialistas dizem que os passaportes de vacin��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:


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