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Estado de Minas ECONOMIA

Interven��o de Bolsonaro derruba Bolsa e faz estatais perderem R$ 113,2 bilh�es

S� na Petrobras a queda foi de R$ 99,6 bilh�es. No Banco do Brasil, valor de mercado recuou R$ 12,6 bilh�es e, na Eletrobr�s, quase R$ 900 milh�es


23/02/2021 07:00 - atualizado 23/02/2021 09:32

(foto: QuoteInspector.com)
(foto: QuoteInspector.com)


A interven��o do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras, com a exig�ncia de troca no comando da petroleira e reclama��es sobre a alta no pre�o dos combust�veis, provocou forte turbul�ncia no mercado financeiro e acabou respingando nas demais estatais.

O risco de um intervencionismo maior e ado��o de medidas populistas fizeram as a��es das tr�s principais estatais do Pa�s (Petrobr�s, Banco do Brasil e Eletrobr�s) perderem R$ 113,2 bilh�es em dois dias - o que equivale a quase o valor de um BTG Pactual, segundo dados da consultoria Econom�tica.

S� na Petrobras a queda foi de R$ 99,6 bilh�es. As a��es da empresa, que j� tinham ca�do quase 8% na sexta-feira, despencaram 20,48% (ON) ontem e podem manter o desempenho negativo nos pr�ximos dias. Pelo menos seis casas rebaixaram a recomenda��o para as a��es e reduziram o pre�o-alvo da companhia para os pr�ximos 12 meses. No Banco do Brasil, o valor de mercado recuou R$ 12,6 bilh�es em dois dias e, na Eletrobr�s, quase R$ 900 milh�es.

Nesse cen�rio, com as principais a��es do Ibovespa em queda, a B3 recuou 4,87% no preg�o de ontem, a maior queda para um �nico dia desde 24 de abril do ano passado, quando o ex-ministro S�rgio Moro deixou o governo em meio a den�ncias de tentativa de interven��o do presidente na Pol�cia Federal. A Bolsa paulista perdeu quase 6 mil pontos e fechou em 112.667 pontos - o menor patamar desde 3 de dezembro.

d�lar tamb�m sofreu com o mau humor dos investidores e subiu 1,27%, para R$ 5,45. Na m�xima do dia, chegou a bater R$ 5,53, o que exigiu atua��o do Banco Central (BC) para acalmar os �nimos. No total, vendeu US$ 3,6 bilh�es e ajudou a dar certo al�vio � moeda. Outro efeito das incertezas com a indica��o do general Joaquim Silva e Luna para o comando da Petrobr�s foi o avan�o do contrato de credit default swap (CDS), que mede o risco do Pa�s. O CDS subiu 11% em rela��o ao fechamento de sexta-feira, para 163,25 pontos.

Na opini�o de especialistas, o discurso de Bolsonaro nos �ltimos dias fez lembrar as medidas de interven��o adotadas pela ex-presidente Dilma Rousseff no setor el�trico em 2013 e que provocaram preju�zos bilion�rios para as empresas e toda a sociedade. Pior: jogou por terra mais uma promessa feita durante a campanha eleitoral.

"Para o mercado, a decis�o do presidente � uma decep��o. A agenda de privatiza��o n�o foi adiante, e a anticorrup��o tamb�m n�o", diz o presidente da RB Investimentos, Adalbero Cavalcanti. Do ponto de vista econ�mico, diz ele, a alta do d�lar por causa da turbul�ncia financeira pode ter um reflexo inflacion�rio t�o danoso quanto a alta dos combust�veis.

Na avalia��o do economista da Tend�ncias Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto, todos esses ru�dos geram um ambiente de imprevisibilidade e afetam as decis�es de investimentos. Para ele, as preocupa��es surgidas nos �ltimos dias s� devem se dissipar um pouco se houver algum avan�o nas decis�es sobre o novo aux�lio emergencial.


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