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Estado de Minas CORONAV�RUS

COVID-19: doentes cr�nicos buscam vez entre priorit�rios na vacina��o

Grupo de pessoas com comorbidades enfrenta o julgamento nem sempre claro para definir os p�blicos priorit�rios da vacina��o, e pode ficar mais vulner�vel


19/04/2021 04:00 - atualizado 19/04/2021 22:38

População em Minas Gerais que tem doenças pré-existentes e, muitas vezes, não aparentes, como a hipertensão, soma mais de 1,7 milhão (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 29/3/21)
Popula��o em Minas Gerais que tem doen�as pr�-existentes e, muitas vezes, n�o aparentes, como a hipertens�o, soma mais de 1,7 milh�o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 29/3/21)

Na corrida por vacina contra a COVID-19, um grupo extenso de pessoas busca seu lugar, que n�o depende da profiss�o exercida, da idade, e nem mesmo da incapacidade de manter o distanciamento social recomendado para fugir aos riscos da contamina��o pelo coronav�rus. Esse pelot�o � aquele que tem problemas de sa�de, dist�rbios muitas vezes desapercebidos porque n�o s�o aparentes, mas podem se tornar agravantes em caso de infec��o, sobretudo com a chegada das novas cepas. Em Minas Gerais, as pessoas com 18 a 59 anos acometidas por comorbidades ultrapassam 1,7 milh�o.

O Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) estabelece como pr�-exist�ncia de comorbidades, al�m da idade superior a 60 anos, adultos com enfermidades a exemplo de doen�as renais cr�nicas, cardiovasculares e cerebrovasculares; diabetes, hipertens�o arterial grave, pneumopatias cr�nicas graves, anemia falciforme, c�ncer, obesidade m�rbida e s�ndrome de down. Est�o tamb�m nesse grupo, os imunossuprimidos, que t�m reduzida a a��o de seu sistema imunol�gico, por a��o de algum rem�dio.
A estimativa populacional dos p�blicos priorit�rios para a Campanha Nacional de Vacina��o contra a COVID-19 em Minas aponta que esse grupo representa 1.784.058 pessoas, segundo a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG). Especialistas defendem que os estados e munic�pios respeitem o PNI. No entanto, admitem que o plano deve ser revisto regularmente, j� que as informa��es sobre os indicadores da pandemia s�o atualizados todo dia e os crit�rios para imuniza��o podem ser alterados.

A m�dica infectologista Luana Araujo explica que, ao definir a popula��o priorit�ria para a vacina��o, � preciso levar em considera��o fatores que podem ser conflitantes: as caracter�sticas do v�rus, as vulnerabilidades das popula��es e as do sistema de sa�de. “No caso da COVID, a transmissibilidade � muito alta e o sistema de sa�de tem dificuldade em lidar com esses pacientes com comorbidades, principalmente os idosos. Depois, temos os profissionais que est�o mais expostos a uma carga viral mais alta”, explica.
''Todo dia é uma vitória, mas o medo é algo que me acompanha'' - Tatiana Auxiliadora de Jesus, administradora hospitalar (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
''Todo dia � uma vit�ria, mas o medo � algo que me acompanha'' - Tatiana Auxiliadora de Jesus, administradora hospitalar (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Essa defini��o � clara na teoria, mas pode causar confus�es na pr�tica. � o que ocorre na hora de responder quem deve ter prioridade entre uma pessoa mais jovem com comorbidade ou uma categoria profissional que est� mais exposta ao v�rus. “Isso � muito dif�cil, depende tamb�m do comportamento da popula��o. Se essa pessoa mais nova com comorbidades se protege mais em casa, se ela tem mais condi��o de estar protegida, talvez a prioridade fosse o profissional que n�o tem como escapar disso e tem mais contato com pacientes possivelmente positivos. Ou ent�o, se essa pessoa mais nova com comorbidade n�o consegue se proteger, e aquela categoria profissional que est� reivindicando n�o tenha tanto contato assim. Talvez a pessoa mais nova com comorbidade estivesse com prioridade.”

A dificuldade de julgar quem merece mais r�pido a imuniza��o do que outro, pode ser amenizada com a intensifica��o na produ��o de vacinas. “Quando junta as coisas na pr�tica, elas n�o s�o t�o claras. � por isso que precisamos aumentar as doses para que a gente n�o fique entre a cruz e a espada e consiga levar a vacina para todo mundo que precisa mais r�pido.”

� o que espera Tatiana Auxiliadora de Jesus, de 43 anos, hipertensa e enfrentando os problemas decorrentes do sobrepeso. Al�m dos problemas de sa�de, ela trabalha em unidade m�dica, lidando com movimento maior de pessoas. “� desesperador”, diz a administradora hospitalar que coordena uma cl�nica de angiologia no Bairro Santa Efig�nia, em Belo Horizonte.

Na fam�lia, o irm�o de Tatiana teve COVID-19 e sobreviveu. Entre conhecidos, viu duas pessoas perderem a vida para o coronav�rus. “Um deles era jovem, mais novo do que eu”, lembra, preocupada. Ela n�o esconde a ansiedade pela chegada da vacina. “Todo dia � uma vit�ria, mas o medo � algo que me acompanha desde abril do ano passado, que foi quando a gente voltou a trabalhar presencialmente”, conta.

“Emendas” 

O virologista Fl�vio Guimar�es da Fonseca, presidente da Associa��o Brasileira de Virologia, pesquisador do Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) e membro integrante da Rede V�rus, n�cleo criado pelo governo federal para o combate � COVID-19, tamb�m acha necess�rio fazer ajustes nos grupos priorit�rios para vacina��o.

“O PNI elaborou uma lista que est� muito clara na fila. As pessoas com comorbidades est�o discriminadas entre os grupos que devem receber prioritariamente. A ordem foi criada num momento, como em tudo na COVID, com rapidez, �s pressas. N�o � perfeito, mas serve como arcabou�o. � como ter uma constitui��o, que depois se faz emendas porque fica desatualizada, � natural do processo”, explica.

Para o pesquisador, o plano nacional est� cheio de falhas, tendo deixando de lado v�rios grupos priorit�rios, principalmente do ponto de vista do impacto para retorno de atividades essenciais, como � o caso de professores e motoristas de �nibus, que em outros pa�ses est�o elencados. “A gente trabalha com ci�ncia, desenvolvimento de testes, mas n�s pesquisadores n�o estamos elencados. Mas, isso nem � uma reclama��o, � s� uma constata��o que tem lacunas que precisam ser revistas”, acrescenta Fl�vio Fonseca.

O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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