Casos graves e novas cepas imp�em revis�o dos crit�rios de prioridade
Infectologista Luana Ara�jo defende adapta��es na defini��o pelo Minist�rio da Sa�de dos grupos priorit�rios para imuniza��o, devido � din�mica da infec��o
''Sei como � dif�cil decidir quem tem e quem n�o tem prioridade. H� categorias que est�o na frente, combatendo a COVID-19'' - Windson Alves de S�, administrador
(foto: Rodney Costa)
O ritmo lento da campanha de imuniza��o contra a COVID-19 faz crescer o temor di�rio do administrador Windson Alves de S�, de 49, diab�tico e hipertenso. “Ano passado eu testei positivo, fiquei 21 dias muito mal, cheguei a desmaiar por falta de ar. Percebi que � uma doen�a perigosa e n�o gostaria que ningu�m a tivesse. J� tive dengue e foi bem pior do que dengue”, desabafa.
Windson S� reclama da demora na vacina��o. “Agora, com essas novas variantes, pe�o a Deus que eu n�o venha contrair essa doen�a de novo pra eu n�o passar o que eu passei em novembro do ano passado”, diz. Ele entende que h� dificuldades na defini��o sobre a ordem dos priorit�rios.
Ele acredita que os diab�ticos deveriam ser imunizados mais rapidamente, porque o dist�rbio deixa as pessoas mais vulner�veis a uma agressividade maior com as muta��es do v�rus. “Sei como � dif�cil decidir quem tem e quem n�o tem prioridade. H� categorias que est�o na frente, combatendo a COVID-19 e que ainda n�o foram vacinados”, lembra.
A exposi��o das pessoas mais jovens �s variantes recentes t�m levado a quadros graves de COVID-19 mesmo nos casos de pacientes sem comorbidade, como alerta a infectologista Luana Araujo. “O que a gente v� � que os pacientes idosos que se vacinaram est�o mais protegidos pela vacina��o e tamb�m porque perceberam que eles eram alvo importante das variantes iniciais, ent�o eles aprenderam a se proteger.
(foto: Arte: Soraia Piva/EM/D.A Press)
Os jovens que acharam que n�o precisavam mais se proteger porque neles era uma doen�a sem grandes problemas, acabaram se expondo mais”, diz. A infectologia destaca que os jovens se tornaram mais vulner�veis diante da maior agressividade das cepas atuais. “Eles acabam sendo as maiores presas do momento, mesmo sem nenhuma comorbidade”, adverte.
Tendo esse cen�rio como pressuposto, Luana Ara�jo pondera se n�o haveria motivo, agora, para inclus�o dos jovens como uma nova categoria priorit�ria para a vacina��o. “Porque s�o eles que est�o adoecendo mais gravemente. S�o eles que est�o ocupando o sistema de sa�de? Ent�o veja que essa situa��o � muito din�mica, precisa de adapta��es, mas, mais do que qualquer coisa, o que a gente precisa � de doses. Nosso sistema de vacina��o � extremamente competente, a gente tem um know-how que pouca gente no mundo tem. Conseguindo doses a gente agiliza esse calend�rio e vacina todas as pessoas.”
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
