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Estado de Minas MUTA��ES

Variantes do coronav�rus mais perigosas v�o continuar surgindo?

Novas vers�es do pat�geno que causa a covid-19 s�o mais transmiss�veis, o que torna dif�cil controlar a pandemia, e esse processo de evolu��o � imprevis�vel, dizem os cientistas.


14/06/2021 15:54 - atualizado 15/06/2021 12:42


Cilindros de oxigênio na Índia, onde a variante Delta mais transmissível foi vista pela primeira vez(foto: Getty Images)
Cilindros de oxig�nio na �ndia, onde a variante Delta mais transmiss�vel foi vista pela primeira vez (foto: Getty Images)

J� ficou claro que agora o mundo est� lidando com uma nova vers�o do coronav�rus que se espalha com muito mais facilidade — provavelmente com o dobro da facilidade — do que a vers�o que surgiu em Wuhan no final de 2019.

A variante Alpha, identificada pela primeira vez em Kent, no Reino Unido, j� havia demonstrado que muta��es podem ter uma capacidade bem maior de cont�gio. Agora a Delta, vista primeiro na �ndia, mostrou isso em uma escala ainda maior.

Isso � a evolu��o na pr�tica.

Ent�o, estamos condenados a um desfile intermin�vel de variantes novas e aprimoradas cada vez mais dif�ceis de conter? Ou existe um limite para o qu�o pior o coronav�rus pode se tornar?

Vale a pena relembrar a jornada desse v�rus. Ele passou de uma esp�cie completamente diferente — seus parentes mais pr�ximos s�o os coronav�rus encontrados em morcegos, embora n�o se saiba ainda qual animal seria seu hospedeiro original — para outra — n�s, os humanos.

Fazendo uma analogia, o v�rus � como se fosse voc� come�ando um novo emprego: voc� � competente, mas n�o � ainda um profissional completo. A primeira variante foi boa o suficiente para iniciar uma pandemia devastadora, mas ela agora est� melhorando conforme ganha experi�ncia.

Quando os v�rus chegam aos humanos, � "muito raro que sejam perfeitos", diz a professora Wendy Barclay, virologista do Imperial College London, no Reino Unido.

Existem exemplos de v�rus de pandemias de gripe a surtos de ebola que saltaram para humanos e, depois, suas muta��es aceleraram.

Ent�o, at� onde isso pode chegar?

A melhor maneira de comparar o poder de propaga��o puro dos v�rus � observar seu R0 (pronuncia-se R-zero). � o n�mero m�dio de pessoas para as quais cada pessoa infectada passa um v�rus se ningu�m estiver imune e tomar precau��es.

Esse n�mero estava em torno de 2,5 quando a pandemia come�ou em Wuhan e pode chegar a 8,0 para a variante Delta, de acordo com o Imperial College.

"Este v�rus nos surpreendeu muito. Est� al�m de qualquer coisa que tem�amos", disse Aris Katzourakis, que estuda a evolu��o viral na Universidade de Oxford. "O fato de ter acontecido duas vezes em 18 meses, duas linhagens (Alpha e Delta) cada uma 50% mais transmiss�vel, � uma quantidade fenomenal de mudan�a."

� "tolice", ele pensa, tentar especular sobre o qu�o longe isso pode chegar, mas Katzourakis acredita que poder� facilmente haver mais saltos na capacidade de transmiss�o nos pr�ximos dois anos. Outros v�rus t�m um R0 muito mais alto. O recordista deles, o do sarampo, pode provocar surtos explosivos.

"Ainda h� espa�o para aumentar", diz Barclay. "O [R0 do] sarampo est� entre 14 e 30, dependendo de para quem voc� pergunta. Eu n�o sei o que vai acontecer."

Mas como as variantes fazem isso?


Mutações deixaram o coronavírus mais transmissível(foto: Getty Images)
Muta��es deixaram o coronav�rus mais transmiss�vel (foto: Getty Images)

Existem muitos truques que o v�rus pode usar para melhorar sua dissemina��o, tais como:

  • melhorando a forma como abre a porta para as c�lulas do nosso corpo;
  • sobrevivendo mais tempo no ar;
  • aumentando a carga viral para que os pacientes respirem mais v�rus;
  • mudando quando, no curso de uma infec��o, se espalha para outra pessoa.

Uma das maneiras pelas quais a variante Alfa se tornou mais transmiss�vel foi melhorando sua capacidade de passar pelo alarme de intrus�o do corpo — chamado de resposta do interferon — dentro das c�lulas do nosso corpo.

Mas isso n�o significa que, quando avan�armos no alfabeto grego que d� nome �s variantes e chegarmos � �mega (a �ltima letra grega), teremos um v�rus monstruoso e impar�vel.

"Em �ltima an�lise, h� limites e n�o existe um v�rus final que tenha todas as combina��es nocivas de muta��es", diz Katzourakis.

H� tamb�m o conceito de compensa��es evolutivas — para se tornar melhor em uma coisa, geralmente se piora em outra. O programa de vacina��o mais r�pido da hist�ria criou um obst�culo diferente ao v�rus, que poder� acabar tendo que seguir uma outra dire��o evolutiva.

"� bem poss�vel que mudan�as no v�rus que o tornam melhor em evitar vacinas possam acabar prejudicando sua capacidade de transmiss�o", diz Katzourakis.

Ele acha que a variante Beta (conhecida como sul-africana) — que tem uma muta��o ajuda a evitar o sistema imunol�gico, mas n�o conseguiu decolar — � um exemplo disso. No entanto, a Delta tem muta��es que a ajudam a se espalhar e a evitar parcialmente a imunidade.


Cientistas dizem que há limites nesse processo(foto: Reuters)
Cientistas dizem que h� limites nesse processo (foto: Reuters)

Ainda � dif�cil de prever qual ser� a estrat�gia ideal para o coronav�rus, porque cada v�rus usa t�cnicas diferentes para continuar infectando.

O sarampo � explosivo, mas deixa para tr�s imunidade vital�cia, ent�o, � preciso sempre encontrar algu�m novo para infectar. A gripe tem um R0 muito mais baixo, pouco acima de 1, mas sofre muta��o constante, evitando a imunidade.

"Estamos em uma fase realmente interessante, intermedi�ria e um tanto imprevis�vel", diz Barclay.

Em pa�ses ricos com boas campanhas de vacina��o, espera-se que as pr�ximas variantes n�o sejam capazes de representar um grande problema devido � imunidade generalizada.

Mas essas variantes progressivamente mais transmiss�veis s�o um pesadelo para o resto do mundo, e est� ficando cada vez mais dif�cil manter a covid-19 sob controle.

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