
A empresa norte-americana Regeneron Pharmaceuticals divulgou nesta segunda-feira, 12, os resultados da fase 3 de um coquetel para reduzir as possibilidade de contrair a COVID-19, desenvolvido em parceria com a su��a Roche.
O estudo utiliza a combina��o dos medicamentos (chamados anticorpos monoclonais) Casirivimab e Imdevimab para evitar casos sintom�ticos entre contactantes que moram na mesma resid�ncia que pessoas diagnosticadas com o novo coronav�rus.
Segundo o laborat�rio, uma dose da combina��o (chamada Regen-Cov) administrada por inje��o subcut�nea pode reduzir em 81% o risco de a pessoa desenvolver um caso sintom�tico da COVID-19. Os demais participantes do estudo tiveram sintomas leves e com perman�ncia menor, por at� cerca de uma semana (ante as cerca de tr�s semanas de sintomas identificadas em quem recebeu o placebo).
"Esses dados sugerem que o Regen-Cov pode complementar estrat�gias de vacina��o, particularmente para aqueles com alto risco de infec��o. � importante ressaltar que, at� o momento, Regen-Cov demonstrou in vitro reter sua pot�ncia contra variantes emergentes de preocupa��o (as "variants of concern", como as identificadas inicialmente em Manaus e no Reino Unido, por exemplo)", disse o m�dico Myron Cohen, que lidera o estudo e � diretor do Instituto de Sa�de Global e Doen�as Infecciosas da Universidade da Carolina da Norte, em comunicado divulgado pela Regeneron.
"Se autorizada, a administra��o subcut�nea conveniente de Regen-Cov pode ajudar a controlar surtos em ambientes de alto risco, nos quais os indiv�duos ainda n�o foram vacinados, incluindo fam�lias e ambientes de vida em grupo", completou.
O estudo foi feito com uma amostra de 1.505 pessoas n�o infectadas pelo novo coronav�rus, que n�o tinham anticorpos para a doen�a e viviam na mesma resid�ncia que algu�m que teve COVID-19 nos quatro dias anteriores. Realizado em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doen�as Infecciosas (NIAID na sigla em ingl�s), foi duplo-cego, com administra��o de placebo para parte dos envolvidos.
Do total dos participantes, 31% tinham ao menos um fator de risco para a doen�a. Al�m disso, 33% eram obesos e 38% estavam com 50 anos ou mais. A m�dia de idade foi de 44 anos, embora o estudo tenha reunido desde pr�-adolescentes com 12 anos a idosos com 92 anos.
"Esses anticorpos podem ser particularmente �teis em indiv�duos que ainda n�o s�o vacinados, e tamb�m podem ter potencial para aqueles que s�o imunossuprimidos e podem n�o responder bem �s vacinas", destacou o m�dico Dan H. Barouch, codiretor investigador do ensaio e professor na escola de Medicina da Universidade de Harvard, tamb�m no comunicado divulgado pela empresa.
Ainda de acordo com o laborat�rio, 20% das pessoas que tomaram o coquetel tiveram eventos adversos, ante 29% das que receberam placebo. Os eventos considerados graves ocorreram em 1% do grupo que recebeu o Regen-Cov, mesmo porcentual do placebo. Somente os participantes que n�o tomaram o tratamento precisaram ser hospitalizados ou ir a um pronto-socorro por causa da COVID-19 durante os 29 dias de avalia��o da efic�cia.
Al�m disso, rea��es no local de inje��o ocorreram em 4% das pessoas que receberam o coquetel, enquanto foram registradas em 2% do outro grupo. Segundo a empresa, as duas mortes de participantes que receberam o tratamento n�o tiveram rela��o com os medicamentos ou a COVID-19.
O coquetel est� liberado para uso em car�ter emergencial nos Estados Unidos desde novembro passado para pacientes com ao menos 12 anos e 40 quilos, tendo sido utilizado no tratamento do ent�o presidente Donald Trump. Segundo a fabricante, ensaios cl�nicos em diferentes ambientes continuar�o, incluindo um voltado a pacientes hospitalizados, feito no Reino Unido.
Ainda de acordo com o laborat�rio, parte dos estudos foi financiada por fundos federais norte-americanos fornecidos pela Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Avan�ado Biom�dico (Barda, na sigla em ingl�s), que integra o Departamento de Sa�de e Servi�os Humanos dos Estados Unidos.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.
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