Sufoca��o ou engasgo ocupa terceiro lugar por mortes de crian�as no Brasil

Recentemente, foi divulgado o caso de um beb� de um ano que morreu v�tima de engasgo com um peda�o de ma�� em uma creche, em Petr�polis, no Rio de Janeiro. Uma das principais causas de morte em beb�s rec�m-nascidos e ainda nos primeiros 12 meses de vida � a asfixia causada por sufoca��o ou engasgo. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de mortes de crian�as v�timas de acidentes por engasgo. Todos os dias cerca de 15 beb�s de at� um ano de idade morrem por esse motivo.

A principal causa de engasgo nos menores de um ano � o leite materno e nos maiores de um ano � o bal�o. “� preciso ter muito cuidado com as crian�as. A mamada inadequada, os bal�es e brinquedos fora da faixa et�ria, assim como alimentos como pipoca, amendoim e milho est�o os principais motivos de sufoca��o nos pequenos”, alerta a pediatra da Funda��o S�o Francisco Xavier, Fabiana Melato.

A pediatra refor�a que o conhecimento em t�cnicas de desengasgo para pessoas que lidam diretamente com crian�as pode salvar vidas. “A grande import�ncia de termos pessoas capacitadas em manobras de desengasgo e de reanima��o � a rapidez para iniciar o salvamento dessa crian�a. Muitas vezes, estamos lidando com muito pouco tempo at� que um suporte avan�ado de vida chegue, como o SAMU ou o corpo de bombeiros. Em alguns casos � a diferen�a entre vida, morte ou de sequelas”. 

A primeira medida a ser tomada sempre � chamar o suporte avan�ado de vida. Se tiver mais de um adulto presente frente a uma crian�a engasgada, enquanto um chama o Samu ou Corpo de Bombeiros, o outro inicia as manobras de desengasgo.

Existem duas principais manobras: uma para beb�s menores de um ano e outra para os beb�s acima dessa faixa et�ria. A manobra feita em beb�s de at� um ano � feita colocando o beb� de bru�os em cima do bra�o do adulto.

Fa�a cinco compress�es entre as esc�pulas, no meio das costas, naqueles ossos maiores que temos no meio das costas. A compress�o � feita com a regi�o hipot�nar (a parte gordinha da m�o). Com a m�o aberta, bata cinco vezes entre as esc�pulas do beb�. Ap�s, vire o beb� de barriga para cima, ainda apoiado no bra�o do adulto. Isso com a cabe�a do beb� inclinada para baixo. � apenas uma inclina��o. Fa�a cinco compress�es com dois dedos, o indicador e dedo m�dio, sobre o esterno da crian�a (o osso que tem no meio do t�rax, entre os mamilos).

Caso a crian�a em qualquer momento da manobra comece a chorar, tossir, vomitar, pare a manobra e observe se essa crian�a vai corar, voltar a respirar. Se isso acontecer, interrompa a manobra.

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Caso contr�rio, ela deve continuar, at� que o suporte avan�ado de vida chegue ou at� que o beb� desengasgue. Lembrando que toda manobra de desengasgue s� pode ser feita se o paciente estiver consciente.

Se a crian�a perder a consci�ncia, desmaiar, a manobra de desengasgue deve ser interrompida e deve ser iniciada a manobra de reanima��o, com a crian�a deitada numa superf�cie r�gida, reta e deve-se iniciar com a press�o tor�cica at� que o suporte avan�ado de vida chegue. N�o existe mais indica��o de fazer respira��o boca a boca nestes pacientes.

Para os beb�s maiores de 1 ano, � indicada a manobra de Heimlich, com o adulto se posicionando por tr�s da crian�a. Nela, o adulto pode inclusive, se ajoelhar, se for mais confort�vel para quem estiver tentando o desengasgue, o ideal � que fique t�rax com t�rax.

Nesta situa��o, o adulto vai abra�ar a crian�a por tr�s, fechar uma das m�os como se fosse dar um soco, com a outra m�o envolver essa m�o fechada e fa�a uma letra J imagin�ria. Ent�o, deve-se posicionar a m�o em cima da boca do est�mago da crian�a e fazer um “jota” para dentro e para cima, repetidamente sempre a mesma manobra at� que a crian�a coloque o objeto estranho para fora, chore, tussa ou vomite.

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Se a crian�a perder a consci�ncia a manobra de desengasgo deve ser interrompida imediatamente e iniciadas manobras de reanima��o enquanto aguarda o suporte avan�ado de vida.