Comer am�ndoas todo dia aumenta recupera��o da mol�cula do exerc�cio

Para aqueles que se exercitam regularmente, comer am�ndoas todos os dias pode ser a resolu��o de um ano novo ideal. Um estudo randomizado controlado em Frontiers in Nutrition mostrou que participantes do sexo feminino e masculino que comeram 57g de am�ndoas diariamente por um m�s tiveram mais gordura ben�fica, o �cido 12,13-diidroxi-9Z-octadecen�ico (12,13-DiHOME), em seu sangue imediatamente ap�s uma sess�o de exerc�cio intenso do que os participantes do grupo controle. Esta mol�cula, chamada de oxilipina (gordura oxidada), � sintetizada a partir do �cido linol�ico pelo tecido adiposo marrom e tem um efeito ben�fico na sa�de metab�lica e na regula��o energ�tica.

 

Segundo Rubens de Fraga J�nior, professor de gerontologia da Faculdade Evang�lica Mackenzie do Paran� (FEMPAR) e m�dico especialista em geriatria e gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o ensaio cl�nico envolveu 38 homens e 26 mulheres com idades entre 30 e 65 anos, que n�o praticavam muscula��o regularmente. Aproximadamente metade foi randomizada para o grupo de dieta de am�ndoas e a outra metade para o grupo de controle, que comeu diariamente uma barra de cereal com calorias combinadas.

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Os pesquisadores coletaram amostras de sangue e urina antes e depois do per�odo de quatro semanas de suplementa��o diet�tica. As medidas de desempenho inclu�ram um teste anaer�bico de Wingate de 30 segundos, um teste de corrida de 50 metros e exerc�cios de salto vertical, supino e for�a nas costas. Amostras adicionais de sangue e urina foram coletadas imediatamente ap�s esta sess�o de 90 minutos de “exerc�cio exc�ntrico” e diariamente por quatro dias depois.

 

Conforme Rubens de Fraga J�nior, ap�s cada coleta de sangue, os participantes preencheram o question�rio “Perfil de estados de humor” (POMS) para quantificar seu estado mental e classificaram sua dor muscular de in�cio tardio, ou seja, dor e rigidez sentidas ap�s exerc�cios incomuns ou extenuantes - em 10 - escala de intervalo. 

 

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Como esperado, o exerc�cio de 90 minutos levou a um aumento na sensa��o autorrelatada de dano muscular e dor muscular, bem como a um aumento da pontua��o POMS, indicando diminui��o do vigor autorrelatado e aumento da fadiga, ansiedade e depress�o.

O exerc�cio tamb�m resultou em n�veis elevados transit�rios de citocinas pr�-inflamat�rias, como IL-6, IL-8, IL-10 e MCP-1 no sangue, consistente com danos musculares menores. No entanto, essas altera��es nas citocinas foram iguais nos grupos de am�ndoa e barra de cereal.

Rubens de Fraga J�nior diz que � importante ressaltar que, imediatamente ap�s o exerc�cio, a concentra��o do 12,13-DiHOME foi 69% maior no plasma sangu�neo dos participantes do grupo am�ndoa do que nos participantes do grupo controle. O 12,13-DiHOME � conhecido por aumentar o transporte de �cidos graxos e sua absor��o pelo m�sculo esquel�tico, com o efeito geral de estimular a recupera��o metab�lica ap�s o exerc�cio.

 

"O padr�o inverso foi encontrado para outra oxilipina, o levemente t�xico �cido 9,10-diidroxi-12-octadecen�ico (9,10-diHOME), que foi 40% maior imediatamente ap�s o exerc�cio no sangue do grupo controle do que no grupo am�ndoa. Ao contr�rio do 12,13-DiHOME, o 9,10-diHOME demonstrou ter efeitos negativos na sa�de geral e na recupera��o do corpo para o exerc�cio". 

Rubens de Fraga J�nior conta que Nieman e seus colegas conclu�ram que o consumo di�rio de am�ndoas leva a uma mudan�a no metabolismo, diminuindo a inflama��o e o estresse oxidativo do exerc�cio e permitindo que o corpo se recupere mais rapidamente.

 

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No estudo, os pesquisadores disseram que "conclu�mos que as am�ndoas fornecem uma mistura �nica e complexa de nutrientes e polifen�is que pode apoiar a recupera��o metab�lica de n�veis estressantes de exerc�cio. As am�ndoas t�m grandes quantidades de prote�nas, tipos saud�veis %u200B%u200Bde gorduras, vitamina E, minerais e fibras. E a pele marrom das am�ndoas cont�m polifen�is que v�o parar no intestino grosso e ajudam a controlar a inflama��o e o estresse oxidativo", constata Nieman.