Cirurgia retira do c�rebro de uma mulher cisto cheio de cabelo e gordura

Uma mulher indiana de 52 anos precisou remover um cisto de 15 cent�metros de comprimento, cheio de cabelo e esferas de gordura semelhantes a um "saco de bolinhas de gude". O procedimento cir�rgico foi realizado na Inglaterra, onde a mulher informou que o cisto foi crescendo lentamente desde que era crian�a e que nunca havia tentado remover.

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Especialistas respons�veis pelo caso explicaram que os tecidos encontrados dentro do cisto eram de "tamanhos variados" e se assemelhavam a um "saco de bolinhas de gude". Eles realizaram exames de resson�ncia magn�tica que mostraram massa m�dia de 15cm de comprimento, 10cm de largura e 12cm de altura.

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O caso veio a p�blico nesta semana, mas aconteceu h� um ano. Ap�s procedimento de remo��o, os m�dicos descobriram que o cisto continha gl�bulos de gordura, cabelo e pequenas esferas de queratina, uma prote�na que ajuda a formar cabelos, unhas e a camada externa da pele.

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Cisto dermatoide

Um exame microsc�pico do tecido confirmou posteriormente que se tratava de um cisto dermoide, tamb�m conhecido clinicamente como um teratoma c�stico maduro. “Cistos dermoides s�o les�es raras que representam apenas 0,5% das les�es intracranianas e um pouco mais comum no sexo feminino. Tipicamente acomete as primeiras tr�s d�cadas de vida”, explica Bernardo Alves Barbosa, neurocirurgi�o do Hospital DF Star da Rede D’Or. Ainda de acordo com o m�dico, eles ocorrem por anomalia no desenvolvimento embrion�rio no qual o ectoderma fica preso no tubo neural em fechamento entre a quinta e sexta semana de gesta��o.

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“Os cistos derm�ides, como os cistos epidermoides, s�o revestidos por epit�lio escamoso estratificado. Ao contr�rio dos cistos epidermoides, no entanto, eles tamb�m cont�m ap�ndices epid�rmicos, como fol�culos pilosos, gl�ndulas sudor�paras e gl�ndulas seb�ceas. Estes �ltimos secretam o sebo que d� a apar�ncia caracter�stica dessas les�es nos estudos de imagem”, complementa o m�dico.

Segundo ele, geralmente os cistos s�o assintom�ticos e encontrados de forma incidental. Podem gerar sintomas pelo efeito de massa por compress�o das estruturas cerebrais ou quando ocorre rotura do cisto, causando inflama��o do tecido cerebral. “O cisto torna-se grave quando causa compress�o de estruturas nobres, como o aparato �ptico, ou outras estruturas cerebrais eloquentes, ou quando causa aumento da press�o intracraniana. O tratamento geralmente � cir�rgico, com a remo��o do cisto para aliviar o efeito de massa da les�o c�stica”, explica o neurocirurgi�o.