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Estado de Minas COMPORTAMENTO

O casal e os filhos

"Todo casal deve cuidar da sua rela��o e mant�-la acesa, desde o in�cio, apesar dos filhos, como preven��o para os momentos cr�ticos"


02/01/2022 04:00 - atualizado 02/01/2022 07:11

ilustração de mulher e homem se olhando com um coração acima deles
(foto: Lelis)


“Sou casada h� 30 anos e tivemos tr�s filhos. Agora que o mais novo se casou, h� um ano, eu e o meu marido, estamos sentindo um grande vazio. A casa n�o � a mesma e parece que n�s tamb�m n�o somos os mesmos.”
  • Maria Alice, de Nova Lima


O desejo de ter filhos permeia a maioria dos encontros amorosos. J� no namoro, o casal fala em filhos, atestando o amor de um para com outro e garantindo a perman�ncia futura da rela��o. Querer ter um filho com algu�m � visto como prova de amor e desejo de uni�o. Depois que se casam e vem a gravidez e gesta��o, mesmo que ardorosamente desejada, h� um impacto na rela��o do casal.

A maioria n�o tem consci�ncia da mudan�a que ocorrer� no relacionamento. Voltados quase que exclusivamente um para o outro, agora ter�o de acolher um terceiro. E um terceiro que vai exigir muita aten��o e cuidado principalmente por parte da mulher. J� na gravidez a mulher passa por in�meras transforma��es n�o s� do ponto de vista f�sico, mas sobretudo, emocionais.

A natural depend�ncia do beb� com a m�e vai exigir dela total dedica��o. Nesse momento, a rela��o do casal pode estremecer. O marido entra em um profundo ci�me, sente-se relegado a segundo plano, percebe o distanciamento da mulher, inclusive na sexualidade, e � tentado a dar o troco, tornando-se indiferente e pouco cooperativo no trato do beb�. Esse quadro se agrava pelo fato de que poucos maridos t�m consci�ncia de que est�o com ci�me e n�o expressam nem dialogam com a mulher sobre isso.

E a mulher, de seu lado, embevecida pela import�ncia adquirida com a maternidade, se descuida do equil�brio entre ser m�e e continuar sendo esposa. Esse momento exige do casal muita compreens�o e consci�ncia. Do marido espera-se o entendimento que a crian�a exige muito tempo e envolvimento emocional da m�e e que isso n�o significa desprezo nem algo pessoal com a rela��o a ele. Da esposa � importante haver um esfor�o no sentido de administrar o seu tempo, procurar ajuda de outras pessoas, para que possa se dedicar � rela��o com o marido.

Embora a fun��o materna seja priorit�ria neste momento, ela n�o � exclusiva. A fun��o paterna � importante e o marido dever� se incluir e ser inclu�do no cuidado com o beb�. Partilhar tarefas e cuidados com o beb� pode ser uma das formas de o casal estar junto. Outro momento de mudan�a na rela��o conjugal � quando, uma vez criados, os filhos saem de casa. Outra vez a estrutura familiar � alterada. Os pais que, durante anos, conseguiram se adaptar � presen�a dos filhos, em suas v�rias etapas de crescimento, agora se encontram S�S e n�o sabem o que fazer. V�rios sentimentos aparecem nesse contexto. De um lado, a alegria de terem criado os filhos e de dever cumprido e de outro lado, uma sensa��o de vazio.

O casal que, durante a vida, n�o foi exclusivamente pais, mas manteve tempo e dedica��o ao relacionamento conjugal, ter� mais facilidade de se adaptar � nova situa��o. Voltar� a se dedicar a desejos e objetivos que foram adiados por causa da miss�o paterna e materna. Encontrar� alegria em viajar, namorar, inventar novas atividades em conjunto.

A mulher, em geral, � mais atingida pela aus�ncia dos filhos. Como para muitas eles representavam o n�cleo central da sua vida, a sua aus�ncia pode desencadear uma sensa��o depressiva de inutilidade. E quanto mais protetora e ciumenta for a m�e mais sofrimento ter� ao se sentir dispens�vel. Al�m de uma sensa��o de perda do filho para uma outra pessoa, a nora.

A �nfase jocosa da cultura sobre a figura da sogra, tem um certo sentido a partir de tudo isso. � a m�e tentando lutar contra uma nova realidade, a qual ela n�o se adaptou. Continua tratando o filho como se lhe pertencesse e disputando-o com a figura que o “roubou”.

Todo casal deve cuidar da sua rela��o e mant�-la acesa, desde o in�cio, apesar dos filhos, como preven��o para os momentos cr�ticos, quando os filhos chegam e quando se v�o.

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