(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas COLUNA

Por que somos t�o desconfiados?

A confian�a � entregar a vida a ela pr�pria, � entregar a Deus a gest�o do mundo e, com humildade, aprendermos a viver o momento presente'


27/02/2022 04:00 - atualizado 27/02/2022 08:00

“Sou muito desconfiado. Sempre vejo nas pessoas um poss�vel inimigo que pode me fazer mal. Isso me faz sofrer e viver em inseguran�a”
Oswaldo, de Divin�polis
 
A desconfian�a � um estado de medo, A desconfian�a � um estado de medo, de inseguran�a e, portanto, de defesa. � o medo de ser magoado, desprezado e ser destru�do pelas outras pessoas. Quando se fala que a confian�a � fundamental em um relacionamento, � verdade. Sem ela a rela��o se deteriora e resvala para o sofrimento.
 
E isso por um motivo simples. Quando estamos no mundo da desconfian�a, n�s nos armamos com uma s�rie de comportamentos para nos defendermos das amea�as que os outros representam para n�s. Tornamo-nos possessivos, controladores e agressivos e tratamos a pessoas de quem desconfiamos como inimigo, ainda que essa pessoa seja a esposa, o marido, o filho, os pais ou amigos.
 
O ci�me � a manifesta��o mais comum da desconfian�a. Essa � a raz�o pela qual o ci�me destr�i os relacionamentos ditos amorosos. O ciumento se defende do medo, atacando com gestos ou com palavras, a pessoa que ele diz amar. No grau m�ximo, o ciumento pode at� matar fisicamente a pessoa que representa a possibilidade de sua dor psicol�gica: o abandono.
 
Antigamente, falava-se absurdamente, que algu�m matou uma pessoa “por amor”. Essa express�o s� se tornou poss�vel pela confus�o que at� hoje fazemos entre ci�me e amor. Na verdade, s�o opostos. A desconfian�a � o contr�rio do amor. � medo. E quando estamos com medo, nosso cora��o se fecha para a intimidade, a ternura, a aproxima��o do outro. Mas por que somos t�o desconfiados?
 
Primeiramente porque a sociedade nos treinou para a desconfian�a. Fomos criados, em geral, atrav�s do medo, da amea�a, dos castigos. As crian�as confiam nas outras crian�as, mas temem os adultos que, em nome da educa��o, provocam nelas muito sofrimento desnecess�rio.

A literatura sobre educa��o de filhos insiste na necessidade de se criar para as crian�as pequenas um clima de afeto, confian�a e seguran�a. A confian�a nas outras pessoas s� � poss�vel se voc� confiar em si pr�prio. Se voc� confia em voc� mesmo poder� confiar nos outros.
 
Uma crian�a constantemente criticada, menosprezada e desqualificada aprende a n�o confiar em si pr�pria e mais tarde sofrer� do mesmo problema que o leitor acima. Dois caminhos s�o necess�rios para que possamos sair da desconfian�a cr�nica.

A autoaceita��o e o autoamor. Quando a gente se aceita, incondicionalmente, incluindo todas as nossas fraquezas humanas, a gente aceita as outras pessoas e a vida. Quando n�s nos rejeitamos atrav�s da culpa e da cont�nua autocensura, rejeitamos a vida e as outras pessoas.
 
O autoamor ou a autoestima s�o decorr�ncia da autoaceita��o. Um outro obst�culo � confian�a � o pr�prio conceito que temos desse sentimento. A maioria de n�s imagina que confiar em algu�m � ter certeza de que essa pessoa n�o vai nos prejudicar. Dentro desse conceito, � imposs�vel confiar em algu�m. Jamais podemos ter certeza do comportamento futuro de uma pessoa que, por defini��o � livre, � imprevis�vel.
 
Essa confian�a controladora do amanh� do outro � a confian�a dos desconfiados. Se a desconfian�a � medo, � tens�o, � defensividade, a confian�a � um estado de relaxamento, � soltura, � serenidade no momento presente, apesar de todas as possibilidades catastr�ficas do amanh�.

� n�o se preocupar com o que pode acontecer e viver intensamente o que est� acontecendo no momento presente. A confian�a n�o depende da outra pessoa e sim da abertura do nosso cora��o � vida, aos acontecimentos sejam eles quais forem.
 
A pessoa desconfiada est� dividida entre o momento presente e a viv�ncia do amanh�. Desconfian�a, ansiedade, preocupa��o s�o sin�nimos. A cada dia o seu cuidado, dizia o s�bio rei Salom�o. A desconfian�a � o medo do que pode nos acontecer amanh� e a tentativa de controlar o futuro das outras pessoas.

A confian�a � entregar a vida a ela pr�pria, � entregar a Deus a gest�o do mundo e, com humildade, aprendermos a viver o momento presente, o nosso e das pessoas que nos rodeiam. Deixemos para sofrer quando o ruim acontecer. A desconfian�a � sofrer por antecipa��o. 
 
 

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)