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Estado de Minas COLUNA

Forma desastrada de se relacionar

Meu lado sadio quer terminar o relacionamento e meu lado adoecido quer permanecer em um relacionamento que jamais me levar� � felicidade


23/01/2022 04:00 - atualizado 20/01/2022 09:04

imagem da silhueta de um homem e de uma mulher
H� relacionamentos que mais machucam do que somam para a vida do casal (foto: Ilustra��o)


“Amo meu marido, mas de vez em quando ele me trata muito mal, com indiferen�a e desprezo. Nesses momentos, tenho vontade de me separar. Brigamos muito, estou ficando com pregui�a da minha rela��o. Ajude-nos.”


Karina, de Belo Horizonte

Relacionamentos dolorosos em que um dos parceiros provoca sofrimento no outro, atrav�s de grosserias,  trai-  ��es, desprezos, indiferen�as s�o bem frequentes. E o que sofre a consequ�ncia disso n�o consegue se livrar do relacionamento, muito embora racionalmente veja a necessidade disso.

E se submete e sofre em nome do amor. Existem duas maneiras de estruturarmos nosso tempo e nossos relacionamentos: atrav�s de brincadeira ou atrav�s do “jogo”.
 
A diferen�a entre os dois � que, quando me relaciono por meio da brincadeira n�o h� quem ganha ou quem perde. Todos ganham em alegria, prazer e paz. E quando nos relacionamos atrav�s do “jogo”, sempre existe quem ganha e quem perde.

Como fomos treinados para a competi��o, a disputa, a posse, a domina��o e o controle do outro, jogamos constantemente nos nossos relacionamentos e isso produz, evidentemente, muita dor, ang�stia, tristeza.

Construir uma rela��o afetivo-sexual significativa, capaz de nos impulsionar para uma vida cada vez mais feliz, mais rica, mais abundante, � aumentar nossa consci�ncia dos jogos que fazemos nas nossas rela��es e inibir essa forma desastrosa de nos relacionarmos.

Existem in�meros jogos nas transa��es amorosas. O mais cruel e destrutivo deles � um jogo que tenho chamado de o jogo do abandono. O medo nuclear de cada um de n�s � o medo do desprezo, do abandono, da perda do amor do outro. Essa � a nossa ferida principal do ponto de vista psicol�gico.

Nesse jogo, aumenta-se no parceiro o medo de ser abandonado atrav�s de amea�as, indiferen�as, t�rminos, sil�ncios torturadores, trai��es, provocando intensa dor, inseguran�a e ci�me no parceiro. E para qu�? Para controlar. Para ter o outro sob dom�- nio. Para ter o outro nas m�os.

Existem pessoas que amam e h� pessoas incapazes de amar. Pessoas amorosas n�o querem o sofrimento das outras pessoas, n�o provocam a dor nos outros e s�o extremamente cuidadosos com as feridas emocionais do outro.

Pessoas incapazes de amar t�m em geral, na vida, uma hist�ria de abandonos infantis, de maus-tratos e abusos por parte dos adultos. S�o pessoas com acentuado grau de inferioridade, autoestima baixa e s�o insens�veis ao sofrimento alheio, sendo por isso capazes de provocar dor naqueles a quem dizem amar.

E o que nos confunde, neste caso, � que essas pessoas, apesar de lhes faltar amor no cora��o, gostam de estar com as outras pelo prazer que obt�m disso. A� achamos que elas nos amam, porque nos procuram, nos elogiam, mant�m relacionamento sexual, beijam, d�o presentes etc.

E por que nos submetemos a pessoas cru�is? Por que a dificuldade em nos separar de pessoas que adquirem seguran�a atrav�s da nossa inseguran�a? H� dois motivos psicol�gicos para querermos estar com algu�m. Primeiramente, o amor. � bom estar com pessoas que nos fazem sentir bem, com quem sentimos prazer, alegria, felicidade. Pessoas com as quais nos sentimos “folgados” interiormente e nutridos. � bom brincar com elas.

O outro motivo que nos faz apegar a algu�m � o MEDO: medo da solid�o, de n�o termos algu�m, medo de perder o amor dele, medo do abandono, medo de n�o nos casarmos. � quando n�o toleramos a ideia da separa��o. E a�, quanto mais nos atemorizam mais lutamos, mais nos submetemos e mais sofremos.

Dessa forma, com nossa submiss�o e subservi�ncia alimentamos o jogo do desprezo. Meu lado sadio quer terminar o relacionamento e meu lado adoecido quer permanecer em um relacionamento que jamais me levar� � felicidade.

Sofrer a perda para ressuscitar depois � melhor que sofrer, sem fim, a falta de amor do outro. �s vezes, a separa��o � a �nica forma de me amar e por consequ�ncia ser feliz. Namorar, casar, estar juntos, mas nunca a qualquer pre�o.

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