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Estado de Minas COLUNA DO ANT�NIO ROBERTO

O que � ser m�e segundo a nossa cultura

Esta m�e transforma o mundo que a cerca, e nessa luta se transforma para melhor


28/11/2021 04:00 - atualizado 28/11/2021 11:35


Mãe
(foto: Ilustra��o)



“Amo ser m�e! Nasci pra isso... adoro estar 24 horas conectada a minha filha... Estou muito feliz. Fale sobre m�e, mainha, m�ezinha e mam�e...”


Cibele, de Ouro Preto


“Uma m�e entende mesmo o que um filho n�o diz.”
“Minha m�e me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma senten�a pra eu sempre pedir licen�a, mas nunca deixar de entrar..."
(Autor: Caetano Veloso)

Aos 12 anos, Cristo foi a Jerusal�m com os pais para as festividades de P�scoa. Em vez de regressar com a caravana para Nazar�, preferiu permanecer no templo, sem avisar Maria e Jos� – que demoraram tr�s dias para encontr�-lo, entre doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Ao ser censurado por Maria pela sua desobedi�ncia, Jesus � direto. “Para que me busc�veis? N�o sab�eis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai?”
 
A Igreja Cat�lica, hoje, considera o relacionamento entre Maria e Jesus um modelo para as rela��es m�e e filho. “Filhos s�o dons que as m�es recebem do alto, t�m seus pr�prios caminhos a percorrer. N�o pode haver um relacionamento de posse.

Segundo a psican�lise, “nossas rela��es afetivas, profissionais e sociais s�o meras repeti��es das rela��es com nossos pais”. Nosso desenvolvimento e crescimento emocional vai refletir sempre nos filhos, independentemente da idade. A rela��o m�e e filhos deveria ser a rela��o mais leve e acolhedora de todas que temos, portanto a import�ncia da maturidade.

No entanto, nossa cultura d� o significado de amor maternal como aquele amor que vigia e infantiliza o filho protegendo-o a ponto de n�o andar com as pr�prias pernas. “J� grande e ainda no ber�o.” A cr�tica chamada construtiva que as m�es justificam para fazer o caminho para os filhos s� os afasta, tornando a conviv�ncia desgastante. � na liberdade que se constr�i as rela��es �ntimas e duradoras, onde voc� tem folga de ser voc� mesmo. Ser amado apesar de...

A m�e que � livre dialoga com os filhos adolescentes. N�o se op�e ao marido na frente dos filhos e exige dele o mesmo respeito. Quer ordem e disciplina, mas n�o atrav�s de amea�as de castigo. � capaz de mostrar na pr�tica que algumas regras s�o b�sicas para uma vida organizada. Ponderada, nunca julga � primeira vista. Contesta e aceita ser contestada, respeitosamente.

N�o transmite aos filhos preconceitos e n�o discriminam as pessoas pelas apar�ncias, ideias ou sentimentos. Vibra com o sucesso dos filhos, porque � amiga e caminha com eles. Em suma, entende o que seja mutualidade. Por isso d� antes de exigir. N�o imp�e demais e nem faz chantagem.

Faz pelos outros e percebe que s� d� quem tem, e esse ato engrandece a quem doa. Esta m�e transforma o mundo que a cerca, e nessa luta se transforma para melhor. N�o vive das sombras do passado e nem das ilus�es do futuro. Tem os p�s no ch�o.

A crian�a que tem uma m�e adulta na escola ser� soci�vel, amistosa, alegre e produtiva. Exercer� algum tipo de lideran�a, sem d�vida, mas saber� respeitar a individualidade dos colegas. N�o agride ningu�m, mas sabe dar o troco se for agredida. Respons�vel, aceita seus erros, mas n�o fica a se lastimar. Olha para frente e assume seu novo papel.

Como a m�e adulta n�o � egoc�ntrica, vai ensinando a filha a ser aut�noma, n�o dependente, aut�ntica, soci�vel e objetiva. A psicologia n�o analisa os tra�os das pessoas como bons ou maus. Na psicologia n�o cabe moralismo, ela ajuda a pessoa avaliar-se para cada dia se tornar um pouco melhor. Parab�ns a todas as m�es, elas tentam fazer o melhor que podem e com certeza poder�o sempre mais.

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