
Com n�meros alarmantes de novos casos e mortes por COVID-19 no Brasil, a esperan�a se encontra na vacina. Por�m, ela ainda n�o est� dispon�vel para todos. E, mais de um ano depois do in�cio da pandemia no pa�s e com tempo h�bil para uma nova campanha de imuniza��o contra a gripe, diversas d�vidas surgem.
Afinal, � recomendado tomar as duas vacinas juntas? E quem tomou a vacina contra o novo coronav�rus, j� pode tomar a da gripe? Uma imuniza pela outra? S�o muitos os questionamentos.
Para a primeira d�vida, a resposta �: n�o. N�o � indicado que as vacinas, tanto contra a gripe quanto contra COVID-19, sejam tomadas ao mesmo tempo ou em intervalos curtos de tempo. “O intervalo entre elas dever� ser de, no m�nimo, 14 dias”, afirma Jos� Geraldo Ribeiro, epidemiologista e assessor de vacinas do Hermes Pardini.
Mas essa recomenda��o pode variar de vacina para vacina, conforme apontado pelo especialista. Se a vacina tomada contra a COVID-19 tiver sido a Coronavac, produzida pelo laborat�rio chin�s Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a melhor indica��o � mesmo aguardar os 14 dias ap�s o t�rmino do esquema de vacina��o. Ou seja, ap�s a aplica��o das duas doses.
No entanto, se a vacina tomada for a Astrazeneca, de Oxford, como o esquema vacinal segue a orienta��o de duas doses contra COVID-19 com intervalo de tr�s meses entre as doses, h� uma outra op��o. “Por se tratar de um intervalo maior entre as doses, o paciente poder� receber a vacina de gripe tetravalente ou trivalente num intervalo de 14 dias ap�s ter recebido a primeira dose e a aguardar o intervalo m�nimo de 14 dias para receber a segunda”, explica.
O “n�o” tamb�m vale para o questionamento acerca da imuniza��o de ambas as doen�as por apenas uma das vacinas. Isso n�o � verdade. Cada imunizante previne apenas uma infec��o e acometimento do organismo. Portanto, � preciso participar de ambas as campanhas de vacina��o.
Agora, se o paciente estiver infectado com o Sars-Cov-2, a vacina contra a gripe n�o pode ser aplicada e � preciso esperar, aponta Jos� Geraldo Ribeiro. “O indiv�duo dever� aguardar 30 dias ap�s o in�cio dos sintomas e no dia da aplica��o da vacina dever� estar assintom�tico”, reafirma.
A VACINA CONTRA A GRIPE
Enquanto que, na rede p�blica de sa�de, a campanha de vacina��o tem in�cio na pr�xima segunda-feira (12) e se estende at� julho de 2021 – as crian�as receber�o a dose da vacina primeiro este ano, j� que os adultos est�o sendo imunizados contra COVID-19. Por�m, menores de seis meses n�o devem ser vacinados –, a rede privada j� tem a imuniza��o dispon�vel h� cerca de duas semanas.
Segundo Jos� Geraldo Ribeiro, � preciso tom�-la todos os anos, em raz�o da queda no n�vel dos anticorpos estimulados pela vacina��o do ano anterior e da muta��o do v�rus influenza. Justamente por isso, a vacina��o tamb�m muda.
“Os v�rus influenza, que causam a gripe, sofrem muta��es com facilidade, e isso leva � necessidade de alterar a composi��o da vacina. Essa reformula��o � feita a partir das an�lises de uma rede internacional de vigil�ncia que realiza a coleta de v�rus ao redor do mundo para a identifica��o dessas variantes, de acordo com orienta��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS)”, justifica.
O epidemiologista do Hermes Pardini aponta, ainda, que as rea��es adversas s�o pouco comuns e, quando ocorrem, s�o leves e locais – eritema, endurecimento e dor no lugar da aplica��o – e desaparecem rapidamente. “Tamb�m pode ocorrer febre baixa, dor muscular e mal-estar, de 6 a 12 horas ap�s a aplica��o. Esses sintomas duram menos de dois dias.”
A imunidade � geralmente obtida entre duas e tr�s semanas ap�s a vacina��o. Por isso, � crucial que a vacina��o seja feita antes da “temporada de gripe”, que ocorre no inverno. A imuniza��o dura entre seis e 12 meses. Mas � importante destacar que a vacina n�o evita o resfriado, apenas a gripe, pois o resfriado � causado por outros tipos de v�rus, como o adenov�rus, o rinov�rus, o v�rus respirat�rio sincicial e o parainfluenza.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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