
O an�ncio da retomada, na pr�xima segunda-feira, das aulas presenciais para crian�as de zero a cinco anos em Belo Horizote n�o pegou as institui��es particulares de surpresa. Escolas ouvidas pelo Estado de Minas garantem estar preparadas, ap�s ter adotado protocolos que come�aram a ser elaborados no ano passado. de acordo com autoridades de sa�de e experi�ncias de outros pa�ses nos quais houve controle da pandemia da COVID-19. No entanto, na rede municipal, j� foi criado impasse. Os professores decretaram uma esp�cie de “greve sanit�ria”, ou seja, n�o voltar�o �s escolas, continuando o trabalho remoto, decis�o aprovada, ontem, em assembleia virtual da categoria. Entre os pais, ainda h� muitas d�vidas e diferentes posicionamentos sobre a decis�o de mandar ou n�o os filhos para as salas de aula.
Proposta com regras sanit�rias para as escolas foi elaborada pela Prefeitura de BH e est� dispon�vel desde novembro de 2020, com atualiza��o feita em 17 de fevereiro. As depend�ncias do Coleguium Rede de Ensino est�o prontas, como assegura a diretora-geral da institui��o, Daniele Passagli. “Para receber as crian�as, nos nossos pr�dios, estamos nos preparando desde o ano passado.” As principais medidas s�o o distanciamento f�sico, a sanitiza��o, a higieniza��o e o monitoramento das crian�as. A escola optou por hor�rio diferenciado para a realiza��o das atividades pelas turmas, entre outras medidas, como uso de m�scaras.
A chegada das crian�as � um ponto de aten��o. No Coleguium, haver� aferi��o de monitoramento da temperatura e um monitoramento constante dos alunos para identificar os que possam ter poss�veis sintomas da doen�a respirat�ria, como febre. A aferi��o de temperatura tamb�m ser� realizada no Col�gio Sagrado Cora��o de Jesus. Em todas as depend�ncias da escola, o uso de m�scaras por professores e funcion�rios � obrigat�rio. Nas duas institui��es, crian�as menores que fazem uso de chupeta n�o precisar�o usar a m�scara.
O recreio tamb�m muda. O momento de lazer ser� garantido em locais e hor�rios diferentes para as turas e elas n�o ter�o acesso a brinquedos durante esse tempo. “A diretriz � vamos fazer as crian�as se integrarem e divertirem nesse momento, reaprender conv�vio escolar, mas buscando brincadeiras e atividades que prezam por distanciamento social e f�sico”, diz a diretora do Colleguium.
Outra orienta��o � limitar a circula��o das pessoas nos ambientes da escola. As regras valem tanto para funcion�rios quanto para pais de alunos. “Vamos pedir aos pais que n�o entrem dentro das unidades escolares para que a gente minimize a contamina��o dos ambientes e a circula��o. As salas foram reorganizadas com distanciamentos propostos”, observa Daniele Passagli.
A diretora do Coleguium pede que as fam�lias enviem os lanches seguindo as diretrizes alimentares da escola, embalados de forma pr�tica e segura para que a crian�a fa�a alimenta��o dentro da sala. No Sagrado Cora��o de Jesus, o lanche ser� tamb�m realizado dentro da sala de aula e com a comida levada pela a crian�a. Depois de lanchar, os alunos v�o trocar a m�scara com a supervis�o de um adulto. O col�gio informou ainda que far� a retomada gradual das turmas de educa��o infantil e trabalhar� de forma h�brida para atender a demanda de cada fam�lia.
Cuidado pedag�gico
Nas institui��es de ensino que se dedicam apenas ao ensino infantil os protocolos est�o prontos. Na Escola Infantil Vila da Crian�a, localizada no Bairro Sion, a diretora Cl�udia Felga pede que a fam�lia fa�a um check list: aferir a temperatura da crian�a, verificar se h� sintomas de gripe, como nariz escorrendo. A escola pediu aos pais para vacinarem os filhos contra a gripe, como forma de eliminar a confus�o com sintomas de COVID-19.
Foi definida escalonamento na entrada das turmas, com diferen�a de 10 minutos entre as chegadas. “O objetivo � que as turmas n�o se encontrem e n�o haja aglomera��o da escola”, diz Cl�udia Felga. A fam�lia ter� � disposi��o aplicativo para saber o momento de buscar os filhos na sa�da, medida tamb�m para evitar aglomera��o.
Na chegada � escola, ser� realizada outra medi��o de temperatura. �lcool e os tapetes sanitizantes estar�o dispon�veis. A orienta��o � de que a crian�a use chinelo at� a chegada � instituti��o e t�nis dentro da escola. Nas salas de aulas, a recomenda��o � de uso de meias antiderrapantes. O material ser� de uso individual.
Foram retirados brinquedos de papel�o, madeira e outros materiais que n�o podem ser higienizados. As crian�as ser�o organizadas em pequenos grupos, como se fossem bolhas. Aquelas da mesma fam�lia ficar�o juntas e os professores v�o evitar o contato com os outros grupos. Ser� reduzido o tr�nsito interno na escola, cujo pisto foi demarcadado para manutan��o do distanciamento de 2 metros entre as pessoas.
Al�m das preocupa��es sanit�rias, h� ainda cuidados pedag�gicos para recepcionar as crian�as e fazer a readapta��o ao ambiente escolar com novas regras. Um ponto de aten��o � o processo de acolhimento de crian�as e fam�lias. No Coleguium, haver� aten��o para controlar o desejo de intera��o entre as crian�as e preocupa��o com aquelas que sofreram perdas nas fam�lias em raz�o da COVID-19.
A diretora de Rela��es Institucionais das unidades do Col�gio Santo Agostinho, Aleluia Heringer, informou que o retorno das crian�as � uma decis�o de cada fam�lia. “O col�gio est� estruturado para continuar oferecendo a modalidade exclusivamente remota aos que comp�em o chamado grupo de risco e para as fam�lias que ainda n�o se sintam confort�veis para um retorno presencial”, disse.
Aleluia Heringer disse ainda que, nos munic�pios de Nova Lima e Contagem, a instiui��o est� em contato com os �rg�os competentes, mas, no momento, ainda n�o h� indica��o de retorno das aulas presenciais. As fam�lias ser�o orientadas t�o logo a institui��o tenha mais informa��es.
Protocolos
Orienta��es sobre medidas sanit�rias j� publicadas pela Secretaria Municipal de Educa��o de Belo Horizonte
» As salas devem ter entre cinco e seis alunos e o distanciamento deve ser de 2 metros
» Aferir temperatura antes da entrada na escola
» Uso de tapete higienizante
» Disponibilizar pias, bebedouros e dispenser de �lcool em gel e sab�o l�quido de acordo com protocolo
» Todas as salas devem ter kit dispon�vel com m�scara e �lcool em gel
» O lanche ser� servido dentro da sala pra n�o haver aglomera��es
» O tempo m�ximo de perman�ncia da crian�a na escola ser� de 4h30
» Implantar fluxos de deslocamento fracionado, para evitar aglomera��es e filas nos port�es
» Proibida a entrada de adultos acompanhando os alunos
» Adotar escalonamento das aulas por dia da semana
» Uso obrigat�rio de m�scaras de prote��o durante todo o tempo e orienta��o para que o equipamento seja colocado pelo aluno imediatamente ap�s vestir o uniforme da escola
» Troca da m�scara a cada quatro horas
» Refor�o da higieniza��o de todos os ambientes
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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