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Estado de Minas ALERTA

Um a cada sete adultos desenvolve nova doen�a ap�s fase aguda da COVID-19

N�meros forma mostrados por estudo americano. Insufici�ncia respirat�ria cr�nica, diabetes e fadiga est�o entre as complica��es


20/05/2021 09:32

(foto: Ernesto Benavides/AFP)
(foto: Ernesto Benavides/AFP)
Estudo americano mostra que um em cada sete adultos infectados pelo novo coronav�rus pode desenvolver ao menos uma nova condi��o m�dica que exige cuidados ap�s a fase aguda — que dura tr�s semanas — da infec��o. Os pesquisadores chegaram a esses dados ap�s avaliar registros m�dicos de mais de 200 mil pacientes. As conclus�es foram apresentadas na �ltima edi��o da revista British Medical Journal (BMJ) e, segundo os especialistas, servem como um alerta para a necessidade de fornecer assist�ncia refor�ada aos recuperados da doen�a desencadeada pelo Sars-CoV-2 durante um longo per�odo.

Pequenos estudos anteriores sugerem que alguns sobreviventes da COVID-19 desenvolvem condi��es cl�nicas de curto e longo prazos (sequelas), mas poucas pesquisas examinaram esse risco al�m do per�odo de recupera��o inicial. “Para preencher essa lacuna, decidimos avaliar os riscos de ocorr�ncia de problemas de sa�de ap�s a fase aguda da infec��o por coronav�rus, cerca de 21 dias ap�s a identifica��o da enfermidade”, ressaltaram os autores do artigo, liderados por Sarah E. Daugherty, do grupo de pesquisa OptumLabs, nos Estados Unidos.

Usando registros de seguros de sa�de, os cientistas identificaram 266.586 adultos com 18 a 65 anos e diagn�stico de infec��o por COVID-19 entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2020. A equipe examinou se os pacientes tamb�m tinham, ao menos, um problema de sa�de de uma lista de 50 doen�as. “As condi��es avaliadas englobam v�rios �rg�os e sistemas, incluindo cora��o, rins, pulm�es e f�gado, bem como complica��es de sa�de mental”, detalham no artigo.

Os infectados pelo Sars-CoV-2 foram comparados com outros dois grupos: pessoas que n�o tiveram COVID-19 e um grupo com diagn�stico de outras infec��es respirat�rias virais. A an�lise dos dados revela que 14% dos infectados pelo novo coronav�rus tinham pelo menos uma nova condi��o que exigia aten��o m�dica ap�s a fase aguda da doen�a. O n�mero � 5% maior do que o registrado entre os sem COVID e 1,65% maior do que o dos indiv�duos com outro males virais respirat�rios.

Problemas de ritmo card�aco, amn�sia, diabetes, insufici�ncia respirat�ria cr�nica, ansiedade e fadiga est�o entre as complica��es detectadas. Os pesquisadores tamb�m observaram que grande parte das enfermidades permaneceu por at� seis meses ap�s a infec��o. Al�m disso, algumas caracter�sticas do perfil dos pacientes com COVID-19 aumentaram o risco de ocorr�ncia de condi��es que exigem cuidados m�dicos, como idade avan�ada e ter enfermidades anteriores. “Embora o risco de desenvolver novas condi��es durante a fase p�s-aguda da doen�a tenha aumentado com a presen�a dessas caracter�sticas (…), adultos mais jovens, como 50 anos ou menos, aqueles sem doen�as preexistentes e os que se recuperaram em casa tamb�m estavam em risco”, alertam.

Fardo

Os autores enfatizam que o estudo � observacional — por isso, n�o estabelece uma rela��o de causa e efeito. Tamb�m destacam que novas an�lises precisam ser conduzidas, j� que se trata de um grande desafio a ser enfrentado. “� muito cedo para prever por quanto tempo as sequelas cl�nicas persistir�o ap�s a COVID-19, mas esses sintomas claramente criam um grande fardo pessoal (…) Como tratar agora essas consequ�ncias de longo prazo � uma prioridade de pesquisa urgente”, afirma, em comunicado, Elaine Maxwell, pesquisadora do National Institute for Health Research, nos EUA, ao comentar o estudo em um editorial tamb�m divulgado pelo BMJ.

Luciano Louren�o, cl�nico geral e chefe da Emerg�ncia do Hospital Santa L�cia, de Bras�lia, avalia que os dados da pesquisa refletem um cen�rio cada vez mais comum nos hospitais. “Grande parte dos pacientes com COVID-19 que acompanhamos ap�s a recupera��o da doen�a tem demonstrado sofrer com alguma enfermidade que existia previamente, como diabetes e uma s�rie de problemas pulmonares. Isso � algo que acontece, provavelmente, pela inflama��o provocada pela doen�a no organismo. Ela pode desencadear altera��es que geram consequ�ncias mesmo depois da cura”, explica.

Segundo o m�dico, o estudo alerta para a necessidade de cria��o de um sistema que ajude a cuidar das sequelas dos recuperados. “Temos o caso da anosmia, que � a falta de cheiro. Ela j� permanece por seis meses em muitos pacientes. Isso precisar� ser bem avaliado e acompanhado. Tamb�m estamos vendo pessoas com sintomas que n�o indicam uma doen�a j� conhecida, como diarreias constantes, algo que ainda n�o compreendemos bem e precisar� ser bem avaliado”, ilustra. “Por isso, � importante pensar nesse p�s-COVID. Devemos criar centros e ambulat�rios com o objetivo de compreender melhor esses efeitos e como trat�-los.”

Teste de dose extra

O governo do Reino Unido anunciou que milhares de volunt�rios receber�o uma dose de refor�o de vacinas contra a COVID-19 em um novo ensaio cl�nico, cujo objetivo principal � avaliar se medida pode combater o avan�o da variante do Sars-CoV-2 identificada, pela primeira vez, na �ndia e que tem se espalhado rapidamente.

O pa�s registrou ontem 2.967 casos da nova variante B1.617.2, segundo Matt Hancock, ministro da Sa�de. O n�mero representa um aumento de um ter�o em rela��o � �ltima segunda-feira. Hancock tamb�m pediu que as pessoas se vacinem, “j� que a nova cepa parece ser mais transmiss�vel” do que a variante detectada, em dezembro, no sul da Inglaterra e que provocou um surto de casos no pa�s e quatro meses de confinamento.

Hancock avalia que, como 70% dos adultos receberam a primeira dose de uma vacina e 40%, as duas esse impacto n�o deve se repetir. “Estamos convencidos de que as vacinas s�o eficazes contra a variante indiana”, frisou. “Isso significa que nossa estrat�gia � a certa: substituir com cuidado as restri��es �s nossas liberdades pela prote��o oferecida pelos imunizantes.”

De acordo com o governo ingl�s 2.886 volunt�rios receber�o uma terceira dose de refor�o em 16 centros da Inglaterra e ser�o testados aos 28, 84, 308 e 365 dias ap�s a aplica��o. Os primeiros resultados sobre as respostas imunol�gicas s�o esperados para setembro.,


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

 

Os chamados passaportes de vacina��o contra a COVID-19 est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses.

O sistema de controle tem como objetivo garantir o tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar o turismo e a economia.  


Especialistas dizem que os passaportes de vacin��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas

[VIDEO4]

 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:



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