
A Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) aprovou, nesta quarta-feira (30), a autoriza��o em car�ter emergencial do Paxlovid, rem�dio para tratar covid-19 da farmac�utica Pfizer.
A indica��o do medicamento � para pessoas que testaram positivo e apresentam risco de evolu��o para casos graves - o que deve ser avaliado por m�dicos - s�o maiores de 18 anos e n�o precisam fazer uso artificial de oxig�nio atrav�s de m�quinas.
Sua a��o principal � evitar a piora nas condi��es de sa�de das pessoas infectadas.
Al�m do Brasil, a droga j� possui aprova��o para uso emergencial nos Estados Unidos, nos pa�ses da Uni�o Europeia, no Canad�, na China, na Austr�lia, no Jap�o, no Reino Unido e no M�xico.
- P�lula contra covid: como funciona medicamento aprovado no Reino Unido
- Ivermectina: como falsa ci�ncia criou cren�a de rem�dio milagroso contra covid
Como age o Paxlovid
O medicamento da Pfizer, conhecido como inibidor de protease, � desenvolvido para bloquear uma enzima de que o v�rus precisa para se multiplicar. Quando tomado junto com uma dose baixa de outro comprimido antiviral chamado ritonavir, permanece no corpo por mais tempo.Tr�s comprimidos devem ser tomados duas vezes ao dia durante cinco dias.
A venda � feita somente sob prescri��o m�dica e o uso n�o deve ser feito sem acompanhamento m�dico.
Entre as contraindica��es est�o os casos que requerem hospitaliza��o por manifesta��es graves da covid-19, assim como profilaxia (n�o funciona para se proteger do v�rus antes do contato).
O CEO da farmac�utica, Albert Bourla, disse que a p�lula tem "o potencial de salvar a vida dos pacientes, reduzir a gravidade das infec��es por covid-19 e eliminar at� nove em cada 10 hospitaliza��es".
Resultados do ensaio cl�nico
As vacinas contra covid-19 s�o vistas como a melhor forma de controlar a pandemia, mas tamb�m h� uma demanda por tratamentos que podem ser feitos em casa, especialmente para pessoas vulner�veis infectadas.
Dados provis�rios do ensaio cl�nico do tratamento com 1.219 pacientes de alto risco infectados recentemente com covid-19 mostraram que 0,8% dos que tomaram Paxlovid foram hospitalizados, em compara��o com 7% dos pacientes que receberam placebo.
Eles foram tratados dentro de tr�s dias ap�s o in�cio dos sintomas da doen�a.
Foram registradas sete mortes entre aqueles que receberam o placebo — e nenhuma no grupo que tomou a p�lula.
Quando o tratamento come�ou dentro de cinco dias ap�s o aparecimento dos sintomas, 1% do grupo que tomou Paxlovid acabou internado, mas nenhum �bito foi registrado. J� no grupo placebo, 6,7% dos pacientes foram hospitalizados e 10 mortes contabilizadas.
Os pacientes que participaram do estudo, que ainda n�o foi publicado ou revisado, eram idosos ou apresentavam um problema de sa�de subjacente que os colocava em maior risco de desenvolver a forma grave da covid-19.
Todos eles apresentavam sintomas leves a moderados da doen�a.
"O sucesso desses antivirais marca potencialmente uma nova era em nossa capacidade de prevenir as consequ�ncias graves da infec��o por SARS-CoV2 [v�rus causador da covid-19], e tamb�m � um elemento vital para o tratamento de pessoas clinicamente vulner�veis que podem ser incapazes de receber ou responder �s vacinas", afirmou Stephen Griffin, professor associado da Escola de Medicina da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
A Pfizer tamb�m est� estudando o impacto do tratamento em pessoas com baixo risco de contrair a doen�a e naquelas que j� foram expostas ao v�rus por algu�m de sua resid�ncia.
J� assistiu aos nossos novos v�deos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Leia mais sobre a COVID-19
- Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil e suas diferen�as
- Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
- Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
- Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
- Os protocolos para a volta �s aulas em BH
- Pandemia, endemia, epidemia ou surto: entenda a diferen�a
- Quais os sintomas do coronav�rus?