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Estado de Minas SA�DE

Fiocruz alerta que patamar de casos de COVID-19 segue elevado

Levantamento mostra que patamar de incid�ncia continua elevado e que uma explos�o de infec��es pioraria o que j� est� ruim


14/05/2021 08:05

(foto: AFP / Miguel SCHINCARIOL)
(foto: AFP / Miguel SCHINCARIOL)
Apesar de ter atingido nesta semana uma m�dia m�vel de mortes pela COVID-19 abaixo do patamar de 2 mil �bitos, no qual permaneceu por 53 dias, a situa��o do Brasil preocupa pesquisadores e especialistas. A apreens�o foi exposta na �ltima edi��o do Boletim do Observat�rio COVID-19, da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), que mostrou que o pa�s se mant�m em um patamar alto de incid�ncia de casos da doen�a.

Por isso, a institui��o alerta que uma nova explos�o de casos de infec��o pelo novo coronav�rus, a partir do patamar epid�mico atual, seria catastr�fico. Ontem, com mais 2.383 mortes, o Brasil ultrapassou a marca de 430 mil �bitos. Al�m disso, j� confirmou mais de 15,4 milh�es de infec��es.

Segundo os pesquisadores da Fiocruz, o conjunto de indicadores investigados mostra que ainda existe uma intensa circula��o do v�rus no pa�s, o que traz a amea�a de que os n�veis cr�ticos da pandemia permane�am ao longo das pr�ximas semanas. “A observada manuten��o de um alto patamar, apesar da ligeira redu��o nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda t�o elevadas, pode representar uma crise sanit�ria ainda mais grave”, alerta o documento.

Isso porque grande parte dos leitos de unidades de terapia intensivas destinadas a pacientes adultos com COVID-19 continua ocupada. Sete estados t�m taxas de ocupa��o iguais ou superiores a 90% e outros seis, mais o Distrito Federal, t�m ocupa��o entre 80% e 89% — situa��o considerada cr�tica. Apenas Acre, Amazonas, Roraima e Para�ba possuem �ndices razo�veis e est�o fora da zona de alerta, ou seja, t�m menos de 60% dos leitos ocupados.

Sequelas

A Fiocruz ainda chama a aten��o de que n�o se sabe a extens�o das sequelas deixadas pela COVID-19 em pacientes graves e moderados, que podem impor demandas ao sistema de sa�de a m�dio e longo prazo. “Nunca � demais lembrar das repercuss�es da sobrecarga colocada pela COVID-19 sobre o sistema de sa�de, que terminam por afetar atendimentos de necessidades por outras condi��es de sa�de”, ressaltou.

Para enfrentar a pandemia, o caminho � o mesmo que os especialistas refor�am sempre. “Mant�m-se a necessidade de acelera��o da vacina��o, do distanciamento f�sico entre pessoas fora da conviv�ncia domiciliar, da higiene frequente das m�os e do uso de m�scaras de forma adequada”, salientam. Por�m, o Brasil pode come�ar a viver uma crise na fabrica��o de vacinas devido � mat�ria-prima para a fabrica��o.

Diante da situa��o, a taxa de transmiss�o (Rt) da doen�a no pa�s oscila e voltou a subir nesta semana. Segundo o �ltimo levantamento do Imperial College de Londres, o �ndice passou de 0,93 para 0,96. O n�mero ainda aponta para uma situa��o considerada controlada, j� que est� abaixo de 1, �ndice considerado de descontrole. No entanto, para se manter baixo e apontar a melhora da pandemia da COVID-19, precisa estar alinhado com outros elementos, como n�meros de novos casos e �bitos, taxa de ocupa��o de leitos e dados de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (Srag)

CoronaVac: produ��o parada

(foto: Nelson Almeida / AFP)
(foto: Nelson Almeida / AFP)

Sem contar com uma defini��o de data para a chegada do novo lote de insumos necess�rios para produ��o da CoronaVac no Brasil, o Instituto Butantan suspende a produ��o do imunizante depois de entregar, hoje, a �ltima remessa da vacina contra a COVID-19 ao governo federal produzida com o ingrediente farmac�utico ativo (IFA) recebido em 19 de abril. Sem sequer uma previs�o do envio dos insumos da China, o Butantan se preocupa com o cronograma de entregas ao Programa Nacional de Imuniza��es (PNI), do Minist�rio da Sa�de.

Hoje, mais 1,1 milh�o de doses foram liberadas para a pasta, remessa que faz parte do segundo contrato firmado, de 54 milh�es de unidades da CoronaVac. Apesar de uma agenda de reuni�es com autoridades chinesas realizadas na �ltima semana, a �ltima not�cia � de que n�o havia novidades, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas.

“N�o temos data, nesse momento, prevista para essa autoriza��o. Isso pode acontecer a qualquer momento, mas n�o h� essa previs�o”, admitiu Covas. O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, classificou a situa��o como “extremamente grave” e atribuiu novamente o atraso do envio do IFA a entraves diplom�ticos e “declara��es desastrosas” do governo brasileiro em rela��o � China. Ontem, voltou a criticar os ataques do presidente Jair Bolsonaro.

“� triste e lament�vel que n�s tenhamos que ouvir, assistir e ler declara��es desairosas do presidente. Evidentemente que isso cria um enorme desconforto nas rela��es diplom�ticas entre o Brasil e a China”, disse. Apesar disso, Doria disse que v� no novo ministro das Rela��es Exteriores, Carlos Alberto Fran�a, esfor�o para resgatar as boas rela��es com Pequim. “Ele � um diplomata de carreira e, at� onde sei, n�o tem nada com ideologia e nem com partidarismo”, comentou.

Segundo Doria, 10 mil litros do IFA est�o prontos para serem enviados ao Brasil, mas a China ainda n�o autorizou o embarque do lote. “Esses 10 mil litros representam cerca de 18 milh�es de doses da vacina. Est�o prontos, embalados, colocados em cont�ineres refrigerados, aguardando apenas a autoriza��o do governo da China para serem embarcados para o Brasil. Mas isso exige o esfor�o da diplomacia para que essa libera��o seja autorizada”, explicou.

Nova vacina poder� ser testada

A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) aprovou, ontem, o estudo cl�nico da vacina contra COVID-19 Covaxin, fabricada pelo laborat�rio indiano Bharat Biothec e j� comprada pelo governo federal — mas sem aprova��o do �rg�o regulador para ser aplicada no Brasil. Agora, o imunizante poder� ser testado em 4,5 mil brasileiros com mais de 18 anos, em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Mato Grosso.

Os testes ser�o feitos com a aplica��o de duas doses com 28 dias de intervalo entre elas. O estudo cl�nico aprovado pela Anvisa � de fase 3 — quando a vacina � administrada em uma grande quantidade de indiv�duos para que seja demonstrada a efic�cia e seguran�a.

A ag�ncia aprovou, tamb�m, um coquetel de anticorpos (banlanivimabe e etesevimabe) para o tratamento de casos leves e moderados da COVID-19, a fim de evitar hospitaliza��es. O uso do medicamento, da farmac�utica americana Eli Lilly, s� � indicado para pacientes que apresentam alto risco de progress�o da doen�a para a forma grave ou que possa levar � necessidade de interna��o. As duas subst�ncias s�o produzidas em laborat�rio e, quando injetadas no organismo, atuam como anticorpos presentes no corpo humano. O medicamento n�o poder� ser adquirido em farm�cias.

J� a Universidade Estadual do Cear� (Uece) pediu aprova��o da Anvisa para come�ar os testes em humanos da vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela institui��o. A pesquisa teve in�cio 2020 e, caso seja aprovada, passar� para a segunda fase.

A vacina cearense se chama HH-120-Defenser. A pesquisa est� sendo desenvolvida no Laborat�rio de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM) e � liderada pela professora de imunologia Izabel Florindo Guedes. (MEC com Alexia Oliveira, estagi�ria sob a supervis�o de Fabio Grecchi)

O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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