A popula��o n�o vacinada contra COVID-19 registrou aumento no n�mero de mortes no Brasil. Estat�stica que n�o surpreende, j� que o pa�s enfrenta atraso na campanha de vacina��o e, com as flexibiliza��es do isolamento social, parte dos adultos voltou para o trabalho presencial e outros ainda insistem em desrespeitar as medidas de combate ao novo coronav�rus.
Um levantamento feito pelos cart�rios de Registro Civil do Brasil em abril mostra que o m�s foi o segundo pior desde o in�cio da pandemia no pa�s – ficando atr�s de mar�o no triste ranking de mortes.
Um levantamento feito pelos cart�rios de Registro Civil do Brasil em abril mostra que o m�s foi o segundo pior desde o in�cio da pandemia no pa�s – ficando atr�s de mar�o no triste ranking de mortes.
Os dados divulgados pela Associa��o Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) mostram que abril registrou aumento de mais de 50% no n�mero de �bitos de pessoas mais jovens, na faixa et�ria entre 30 e 59 anos, e um pouco menor na faixa dos 60 aos 69 anos. Os n�meros detalhados est�o no fim da reportagem.
O epidemiologista Geraldo Cury explica que, apesar da efetividade dos imunizantes, o Brasil tem uma situa��o particular em rela��o � campanha contra a COVID-19.
“O que a gente observa � que a vacina consegue reduzir mortes e casos graves da doen�a, isso sabemos com toda certeza. O grande problema do Brasil � que as vacinas n�o foram contratadas e n�o temos vacinas suficiente”, adverte, lembrando do assunto mais discutido na CPI da COVID.
“O que a gente observa � que a vacina consegue reduzir mortes e casos graves da doen�a, isso sabemos com toda certeza. O grande problema do Brasil � que as vacinas n�o foram contratadas e n�o temos vacinas suficiente”, adverte, lembrando do assunto mais discutido na CPI da COVID.
O especialista ressaltou que, como os idosos foram priorizados, � normal que a mortalidade entre eles pela COVID-19 seja mais baixa daqui pra frente.
Por outro lado, os mais jovens t�m como �nica solu��o, enquanto aguardam a vez na fila, continuar com o uso de m�scara, evitar aglomera��o, praticar o distanciamento e fazer a higiene das m�os.
“Se esse grupo n�o fizer isso, vai continuar morrendo e muito. Ao lado de n�o terem ainda tomado a vacina tem o comportamento social desastroso. A exposi��o excessiva, a aglomera��o e a falta de m�scara geram risco maior porque a pessoa pode pegar maior carga viral nessas situa��es”, alertou.
Por outro lado, os mais jovens t�m como �nica solu��o, enquanto aguardam a vez na fila, continuar com o uso de m�scara, evitar aglomera��o, praticar o distanciamento e fazer a higiene das m�os.
Dor que n�o passa
Quem perde uma pessoa jovem para a doen�a sabe a dor que � cada dia a menos sem vacina. A cantora Brisa Tauana Ribeiro de Almeida, de 31 anos, fazia dupla com o irm�o, Raphael Wauster Almeida, de 32, v�tima do novo coronav�rus.
“Era um menino brilhante, muito sonhador, muito alegre, muito querido, cheio de planos, tinha acabado de noivar. Eu perdi meu irm�o, parceiro de trabalho. A vacina � a sensa��o de que temos a chance de n�o perder mais ningu�m”, afirma.
Ela tamb�m perdeu uma tia, Marli Francisca, de 58, e ainda chora pelas mortes de vizinhos e outros amigos da vida. Com a esperan�a depositada na vacina��o, Tauana conta que hoje ser� dia de vacinar a m�e.
“A gente perdeu pessoas jovens, minha m�e tamb�m perdeu um sobrinho de 36 anos. A gente convive com o medo de perder mais algu�m. Quando a gente encara de frente a dor de enfrentar a COVID, tudo que a gente quer � a vacina”, conclui.
� frente deste ranking est� o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina (118%) e Sergipe (101%).
Minas Gerais s� aparece no ranking da faixa et�ria entre 30 e 39 anos, em oitavo lugar, com 67%.
Entre 50 e 59 anos, os maiores aumentos foram do Rio Grande do Norte (152%), no Par� (105%), no Rio Grande do Sul (80%) e no Acre (73%).
“A gente perdeu pessoas jovens, minha m�e tamb�m perdeu um sobrinho de 36 anos. A gente convive com o medo de perder mais algu�m. Quando a gente encara de frente a dor de enfrentar a COVID, tudo que a gente quer � a vacina”, conclui.
Dados completos
A faixa et�ria que registrou o maior percentual de aumento de mortes em rela��o � m�dia desde o in�cio da pandemia foi a da popula��o entre 40 e 49 anos: crescimento de 57% em abril na compara��o com o per�odo que vai de mar�o de 2020 a mar�o de 2021.
Na sequ�ncia, a faixa et�ria que vai dos 30 aos 39 anos viu o n�mero de �bitos crescer 56%.
Outra faixa et�ria que registrou eleva��o foi a de pessoas entre 50 e 59 anos, com mortes aumentando 54% em rela��o � m�dia desde o come�o da pandemia e passando de 12.070 em mar�o para 13.409 em abril.
Na sequ�ncia, a faixa et�ria que vai dos 30 aos 39 anos viu o n�mero de �bitos crescer 56%.
Outra faixa et�ria que registrou eleva��o foi a de pessoas entre 50 e 59 anos, com mortes aumentando 54% em rela��o � m�dia desde o come�o da pandemia e passando de 12.070 em mar�o para 13.409 em abril.
Ainda em crescimento, mas em patamares inferiores, a popula��o entre 60 e 69 anos registrou eleva��o de 22% em rela��o � m�dia no per�odo e um aumento de falecimentos menor em rela��o �s demais idades, passando de 18.755 em mar�o para 19.876 em abril.
Nas demais faixas et�rias j� vacinadas, o n�mero de �bitos caiu em rela��o � m�dia desde o in�cio da pandemia, reduzindo 8% nas pessoas entre 70 e 79 anos, 52% entre 80 e 89 anos, e 65% na popula��o entre 90 e 99 anos.
Nas demais faixas et�rias j� vacinadas, o n�mero de �bitos caiu em rela��o � m�dia desde o in�cio da pandemia, reduzindo 8% nas pessoas entre 70 e 79 anos, 52% entre 80 e 89 anos, e 65% na popula��o entre 90 e 99 anos.
Ranking estadual
Todos os estados brasileiros registraram aumento de mortes entre 40 e 49 anos na compara��o com a m�dia dessa idade desde o in�cio da pandemia.� frente deste ranking est� o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina (118%) e Sergipe (101%).
Minas Gerais s� aparece no ranking da faixa et�ria entre 30 e 39 anos, em oitavo lugar, com 67%.
Entre 50 e 59 anos, os maiores aumentos foram do Rio Grande do Norte (152%), no Par� (105%), no Rio Grande do Sul (80%) e no Acre (73%).
Aumento de mortes por m�dia por idade desde o in�cio da pandemia
Entre 30 e 39 anos
- Mato Grosso do Sul (103%)
- Goi�s (97%)
- Rio Grande do Norte (94%)
- Mato Grosso (92%)
- Distrito Federal (90%)
- Paran� (75%)
- S�o Paulo (73%)
- Minas Gerais (67%)
Entre 40 e 49 anos
- Rio Grande do Norte: 154%
- Santa Catarina: 118%
- Sergipe: 101%
- Mato Grosso do Sul: 94%
- Rio Grande do Sul: 94%
- S�o Paulo: 66%
- Rio de Janeiro: 66%
- Distrito Federal: 58%
Entre 50 e 59 anos
- Rio Grande do Norte (152%)
- Par� (105%)
- Rio Grande do Sul (80%)
- Acre (73%)
- Paran� (59%)
- Distrito Federal (58%)
- S�o Paulo (56%)
- Rio de Janeiro (54%)
Fonte: Associa��o Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil)
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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