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Estado de Minas

Como conviver com as indecis�es

Quando nossas decis�es se baseiam nas nossas prioridades, estamos mais pr�ximos da felicidade, que � o objetivo fundamental de qualquer decis�o'


postado em 22/12/2019 04:00


 
 
“Gostaria de uma ajuda sua porque sou totalmente indecisa. Sofro muito com minhas indecis�es, mesmo sendo algo simples. Por que isso acontece?”

Fernanda, de Sabar�
 
Para certas pessoas, at� as pequenas decis�es consomem um grau excessivo de energia. “Levo ou n�o levo esta roupa na viagem? Ligo ou n�o ligo para aquela pessoa?” Essas pequenas d�vidas, no dia a dia, embora embara�osas n�o t�m muita gravidade. Ocorre que durante a vida somos chamados a grandes decis�es que, inclusive, afetam a vida de outras pessoas. Continuar casado ou ficar com a amante? Casar agora ou continuar mais tempo na vida de solteira? Continuar no emprego ou embarcar em um novo? Sair ou n�o sair de casa? Permanecer em curso da faculdade sobre o qual tenho d�vidas ou n�o?
 
A capacidade de decis�o � aprendida. E a maioria n�o foi treinada para essa habilidade t�o necess�ria � nossa independ�ncia e felicidade. Pelo contr�rio, na nossa inf�ncia, os pais decidiam sempre o que era melhor para n�s e alguns continuam a decidir a vida de seus filhos, mesmo adultos. De um lado, � bastante c�modo que algu�m resolva nossos impasses. Por outro, gera a incapacidade de desejar, provocando sofrimento e conflito exacerbado em cada momento cr�tico da vida.
 
A indecis�o � uma paralisia. Compreender essa paralisa��o � o primeiro caminho para super�-la. Indecis�o � o medo de errar. Quanto maior o grau de perfeccionismo, maior o tremor diante do impasse. H� uma ideia err�nea de que a compet�ncia � incompat�vel com o fato de cometer erros. Na pr�tica, � exatamente o contr�rio. Pessoas bem-sucedidas, tanto na vida pessoal quanto profissional, apresentam um tra�o comum: capacidade de cometer erros e aprender com eles. S� n�o erra quem n�o arrisca.
 
O racioc�nio da busca de perfei��o � que se tivermos fraqueza nunca alcan�aremos o sucesso. Essa postura, al�m da dor que provoca diante das m�ltiplas escolhas que a vida nos obriga a ter, � destrutiva em todos os sentidos: por n�o atingirmos a perfei��o nos consideramos imprest�veis.
 
A cada decis�o temos de assumir a possibilidade do erro. O crescimento humano n�o ocorre sem errar. A cr�tica excessiva na inf�ncia, a depend�ncia criada pela superprote��o dos pais transformam qualquer pessoa em um po�o de cautela e indecis�o. Pessoas, cujos pais, ao contr�rio sempre as encorajam a confiar em si pr�prias, a enfrentar riscos, mesmo “errando”, s�o mais decididas e por consequ�ncia, mais autoconfiantes e aut�nomas. Essa ideia de perfei��o nos atinge basicamente de duas formas de bloqueio: o medo de nos arrependermos e o medo de desagradar.
 
Qualquer decis�o tem o seu pre�o. Quando decidimos, estamos renunciando a alguma coisa e nos abrindo a outras. O medo do arrependimento significa o medo de sofrer com a culpa de, eventualmente, ter tomado uma decis�o errada. Aprender a se perdoar pelas imperfei��es � um �timo exerc�cio para se tornar algu�m mais decidido. E nas decis�es que envolvem outras pessoas, sobretudo aquelas ligadas �s separa��es, sempre h� possibilidade de desagradar.
 
Muitas vezes, os nossos interesses colidem com o desejo e interesse dos outros. N�o acho bom querer magoar diretamente algu�m. Mas, se ao escolher o meu caminho algu�m se magoa, embora n�o quisesse isso, paci�ncia! N�o � � toa que nos ensinaram a agradar sempre todas as pessoas. � uma forma de nos impedir de sermos livres e caminhar com nossos pr�prios p�s.
 
Para aprendermos a decidir, primeiramente, temos de aprender a priorizar. O que � mais importante para n�s naquele momento? O relacionamento afetivo ou a carreira profissional? O dinheiro ou a conviv�ncia familiar? Seguran�a ou oportunidade?
Quando nossas decis�es se baseiam nas nossas prioridades, estamos mais pr�ximos da felicidade, que � o objetivo fundamental de qualquer decis�o. Outro aspecto importante � aceitar o fato de que � dif�cil e �rduo o processo de decidir. Qualquer passo em dire��o ao desconhecido provoca muito temor. Se formos primeiramente acabar com o medo para tomar nossas decis�es, isso nunca vai ocorrer. O contr�rio � verdade.
 
Ao assumirmos nossos desejos, ainda que temerosos pouco a pouco, o medo vai desaparecendo. O segredo � transformar a dor e a dificuldade em energia decis�ria. Afinal de contas, voc� est� na vida para viver e n�o se deixe paralisar pelo temor do fracasso. 

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