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Estado de Minas ANT�NIO ROBERTO

Casamento e suas peculiaridades

O casamento � um encontro de duas pessoas e, portanto, de dois mundos diferentes e cada um com suas peculiaridades


07/02/2021 04:00 - atualizado 04/02/2021 13:05

 
“Meu casamento est� p�ssimo! Sou casada h� sete anos e temos dois filhos. Infelizmente, sinto uma enorme dificuldade em conversar com meu marido, e v�rias vezes me passa pela cabe�a a ideia de separa��o. Meu marido tamb�m n�o est� feliz. Gostaria que voc� escrevesse um artigo sobre os pontos importantes para um casamento.”
Marilene, de Lagoa Santa

Em geral, quando as pessoas se casam elas t�m em mente uma rela��o prazerosa, est�vel e duradoura. Infelizmente, na maioria das vezes, isso n�o ocorre. Pelos c�lculos do IBGE, todo ano no Brasil, um em cada sete casamentos termina em div�rcio. E por qu�?

As dificuldades come�am pela pr�pria vis�o que cada um dos parceiros tem do casamento. Buscando atender aos pr�prios interesses, cada um vai para o casamento com expectativas diferentes. Poucos s�o os casais que, ainda no namoro, discutem as cren�as e convic��es de cada um a respeito do que esperam da uni�o conjugal. Enquanto a maioria dos homens acredita no casamento como a forma��o de uma fam�lia, as mulheres pensam prioritariamente no amor. Essas e outras vis�es diferenciadas se transformar�o futuramente em queixas, cobran�as e frustra��es.

H� tamb�m muita idealiza��o da rela��o amorosa, come�ando com a ideia rom�ntica de que se “um foi feito para o outro” a rela��o ser� automaticamente feliz. � a vis�o do casamento pronto, acabado. Todo encontro humano � uma constru��o. O casamento � um encontro de duas pessoas e, portanto, de dois mundos diferentes e cada um com suas peculiaridades. Integrar esses dois mundos, nivelar conceitos, fixar objetivos comuns, negociar e combinar nossa maneira de viver em comum, apesar das diferen�as, � a base dessa constru��o.

Da� a import�ncia do di�logo. S� h� um jeito para a constru��o comum dos diferentes: a rela��o dial�gica. �s vezes, os casais pensam que se conhecem t�o bem que n�o precisam revelar suas ideias. A comunica��o verbal, clara e objetiva � fundamental.

A comunh�o corporal e emocional � imprescind�vel, mas a comunica��o aclara as ambiguidades, os mal-entendidos ou os subentendidos. Pedir claramente aquilo que se deseja e explicitar os agrados e desagrados evita que o outro seja obrigado a adivinhar as suas necessidades. Expressar os sentimentos, sem rodeios, faz parte da intimidade.

A intimidade existe quando as pessoas s�o capazes de se comunicar honestamente, dividindo carinhos, ang�stias, alegrias, tristezas, inseguran�as e esperan�as. � n�o ter receio de se mostrar o que se �, at� mesmo nos defeitos e nos sentimentos ditos negativos. Um outro ponto � a necessidade de dedica��o e prote��o ao pr�prio casamento.

H� um espa�o conjugal que deve ser preservado. Muitos desajustes v�m da depend�ncia excessiva do casal �s suas fam�lias. N�o deixar que as sogras ou outras pessoas interfiram na rela��o � t�o importante quanto se dar bem com elas. Esse espa�o amoroso do casal n�o deve anular a individualidade dos parceiros. Cada um tem de ser o complemento, e n�o a extens�o do outro. Outro aspecto importante, embora n�o seja o mais importante do casamento, � a sexualidade. Enquanto brincadeira, a satisfa��o sexual � enriquecedora do relacionamento adulto. Us�-la como arma de hostilidade, de recompensa ou castigo, de imposi��o e cobran�a, tira dela a ludicidade e o seu prazer.

A tend�ncia competitiva da nossa sociedade, se levada para a rela��o a dois, pode tamb�m causar enormes danos ao casamento. Casais que disputam a intelig�ncia, compet�ncia, habilidades e raz�o o tempo todo transformam o casamento em um cen�rio de brigas constantes, criando feridas e m�goas que levar�o a rela��o ao esfriamento. Fazer de tudo para manter a admira��o � fundamental. Reafirmar, de vez em quando, o amor que um sente pelo outro � uma forma de admira��o, al�m de se ajudarem mutuamente a manter a autoestima.

Para os casais que t�m filhos � necess�rio alargar a rela��o para que eles sejam inclu�dos. Mas a rela��o conjugal n�o pode ser dominada por eles. O casal tem de ter vida pr�pria, independente dos filhos. E, finalmente, a rela��o conjugal deve se centrar na alegria e na felicidade. Afinal, o casamento existe, em �ltima an�lise, apenas para gerenciar a alegria do casal.

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