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Estado de Minas SOCORRO FINANCEIRO

As fam�lias que perderam a renda, mas n�o podem pedir o aux�lio emergencial

Em 2021, o benef�cio ser� destinado a 28 milh�es de pessoas a menos em rela��o ao ano passado; s� ter� direito ao aux�lio quem tamb�m recebeu em 2020


20/04/2021 05:23 - atualizado 20/04/2021 07:59

Todos os dias, o t�cnico em inform�tica Edson Pereira da Silva, de 35 anos, visitava gr�ficas e universidades para alugar e fazer a manuten��o de impressoras em S�o Paulo. Mas a pandemia fechou as universidades e reduziu drasticamente o trabalho nas gr�ficas. Em outubro de 2020, ele foi demitido.

Edson, que mora com a esposa e o filho de 3 anos no Itaim Paulista, no extremo leste de S�o Paulo, agora est� desempregado e a fam�lia sem sua principal fonte de renda. Mesmo assim, eles n�o ter�o o direito de receber o aux�lio emergencial.

"Estou tentando entrar no aplicativo (para solicitar o aux�lio) e n�o tenho chance. Se o governo liberasse esse valor, eu conseguiria ir ao mercado comprar pelo menos alguma coisa. A gente necessita muito de arroz e feij�o. S� o pacote de arroz est� R$ 22 reais", afirmou.

O Brasil encerrou o primeiro trimestre com 14,2% de desempregados, a maior taxa j� registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica IBGE na s�rie hist�rica, iniciada em 2002. S�o 14,3 milh�es de pessoas sem trabalho.

Com a nova regra do aux�lio emergencial deste ano, o governo diminuiu o n�mero de pessoas que ter�o direito ao benef�cio. Em 2020, 68 milh�es de pessoas receberam o socorro financeiro para amenizar os efeitos da crise econ�mica causada pela pandemia do coronav�rus.


Moradores da favela de Paraisópolis recebem cestas básicas doadas durante a pandemia(foto: Reuters)
Moradores da favela de Parais�polis recebem cestas b�sicas doadas durante a pandemia (foto: Reuters)

J� neste ano, a ajuda federal ser� destinada a cerca de 40 milh�es de fam�lias, 28 milh�es a menos. E, ao contr�rio de 2020, quando o aux�lio era de R$ 600 e depois de R$300, agora ele ser� limitado a um pagamento por n�cleo familiar e ter� valores entre R$ 150 e R$ 375.

De acordo com o economista e diretor da FGV Social, Marcelo Neri, n�o � poss�vel dizer quantas pessoas tinham renda em 2020, perderam o emprego e n�o ter�o direito ao benef�cio neste ano. Por�m, ele afirma que a aus�ncia do aux�lio pode causar um "efeito devastador" nessas fam�lias.

"S�o pessoas que est�o numa situa��o cr�tica por muito tempo, ent�o ela acaba ficando cr�nica. O seguro desemprego � pago no m�ximo durante seis meses. Ent�o, quem deu azar de ficar desempregado durante a pandemia ou ter o contrato suspenso, agora ficar� sem o aux�lio", afirmou.

Esse � o caso do t�cnico Edson Silva, que recebeu cinco parcelas do benef�cio. A �ltima foi em mar�o deste ano.

"Eu estou trabalhando como motorista de aplicativo para pagar a presta��o do carro. Est� bem apertado e eu estou bem preocupado. N�o sei o que vai ser daqui para frente. J� enviei muitos curr�culos pela internet porque a gente n�o pode abaixar a cabe�a. A empresa onde eu trabalhava disse que s� deve contratar novamente depois de dois um tr�s anos, quando se recuperar da crise", afirmou.

Efeito menor do aux�lio na redu��o da pobreza

Um estudo feito pela FGV Social, a partir de microdados extra�dos da PNADC e da PNADCovid, apontou que o impacto do aux�lio emergencial na redu��o da pobreza este ano ser� menor que em 2020.

De acordo com o estudo, em abril de 2021, com a volta do aux�lio, o n�mero de pobres caiu de 12,83% para 10,34%. Isso representa 5,3 milh�es de pessoas que sa�ram da pobreza (R$ 246 por pessoa ao m�s). Ainda assim, 22 milh�es de brasileiros devem continuar sobrevivendo com menos de R$ 8,20 por dia em abril.

De acordo com o economista Marcelo Neri, em agosto de 2020, a popula��o pobre no Brasil chegou ao seu menor n�mero desde o in�cio da s�rie hist�rica, iniciada em 1976, gra�as ao aux�lio emergencial. Na �poca, 9,5 milh�es de pessoas estavam vivendo com menos de R$ 246 por dia- 4,52% da popula��o.

Com a nova regra deste ano, as pessoas que vivem sozinhas receber�o quatro parcelas do aux�lio no valor de R$ 150 cada. As fam�lias com duas ou mais pessoas ter�o direito a R$ 250 durante o mesmo per�odo. No �ltimo ano, eram permitidas at� duas cotas por n�cleo familiar.

Na avalia��o do economista Marcelo Neri, o governo poderia ter estendido o benef�cio a mais pessoas.

"� melhor dar para quem n�o precisa do que faltar para quem precisa. N�o estamos falando apenas de pobreza, mas tamb�m de risco de vida. O governo talvez tenha sido muito generoso no come�o e pouco no meio e essa instabilidade � ruim, principalmente para os pobres", afirmou.


Levantamento aponta que doações despencaram ao longo da pandemia(foto: Reuters)
Levantamento aponta que doa��es despencaram ao longo da pandemia (foto: Reuters)

Doa��es � popula��o pobre tamb�m diminu�ram

A situa��o fica ainda pior com a falta de doa��es.

Segundo o monitor das doa��es de covid-19, balan�o feito pela Associa��o Brasileira de Captadores de Recursos, nos meses de abril, maio e junho de 2020, as empresas chegaram a doar em m�dia R$ 58 milh�es por dia.

Esse valor caiu para R$ 6 milh�es de julho a setembro e para R$ 2 milh�es de outubro a dezembro. A m�dia de janeiro a mar�o de 2021 � de cerca de R$ 800 mil.

Segundo o economista Marcelo Neri, isso ocorre porque estamos passando por um momento onde a maioria est� numa situa��o cr�tica, ent�o poucos podem ajudar.

"Todo mundo est� na parte baixa da montanha-russa. E quando est� todo mundo numa situa��o ruim, as pessoas n�o conseguem se ajudar. Nossa percep��o � a de que a pr�pria sociedade civil est� ajudando as comunidades mais carentes", afirmou.


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O que � um lockdown?

Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.


Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil

  • Oxford/Astrazeneca

Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

  • CoronaVac/Butantan

Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.

  • Janssen

A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.

  • Pfizer

A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.

Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades

Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?

Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.


Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.

 

 

Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas



 

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.


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