
A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) informou que recebeu em 1º de abril o pedido para uso emergencial do coquetel Regen-Cov, testado contra a COVID-19, e dar� parecer em at� 30 dias. Para fazer a avalia��o, o �rg�o federal usar� o relat�rio t�cnico emitido pela autoridade americana Food and Drug Administration (FDA), que autorizou o uso emergencial do produto em 2020, al�m dos dados apresentados no processo.
Os resultados da fase 3 de pesquisa desse coquetel foram divulgados nesta segunda-feira (12/4), pela empresa americana Regeneron Pharmaceuticals. O medicamento est� sendo elaborado em parceria com a farmac�utica su��a Roche com a inten��o de reduzir as possibilidade de contrair a COVID-19.
O estudo utiliza a combina��o dos medicamentos (chamados anticorpos monoclonais) casirivimab e imdevimab para evitar casos sintom�ticos entre contactantes que moram na mesma resid�ncia que pessoas diagnosticadas com o novo coronav�rus.
Segundo o laborat�rio, uma dose da combina��o (chamada Regen-Cov) administrada por inje��o subcut�nea pode reduzir em 81% o risco de a pessoa desenvolver um caso sintom�tico da covid. Os demais participantes do estudo tiveram sintomas leves e com perman�ncia menor, por at� cerca de uma semana (ante as cerca de tr�s semanas de sintomas identificadas em quem recebeu o placebo).
O coquetel est� liberado para uso em car�ter emergencial nos Estados Unidos desde novembro passado para pacientes com ao menos 12 anos e 40 quilos, tendo sido utilizado no tratamento do ent�o presidente Donald Trump. No Brasil, a Roche deu entrada com pedido para uso emergencial em 1º de abril, �s 21h03.
Por meio de nota, a Roche informou est� conversando com representantes da Anvisa e do Minist�rio da Sa�de para conseguir a libera��o. Tamb�m esclareceu que o medicamento � avaliado como uma op��o terap�utica para infectados pelo Sars-CoV-2 que n�o est�o hospitalizados e t�m fatores de risco para progress�o para a covid-19 grave. Mas que existem estudos em andamento que est�o avaliando o potencial do tratamento para prevenir a infec��o em pessoas expostas ao v�rus, bem como para tratar pessoas hospitalizadas.
A diretora adjunta do Instituto de Microbiologia da UFRJ, Luciana Costa, disse que o medicamento "� mais um refor�o para a vacina". E alertou que, por ser produzido com base em um anticorpo monoclonal, pode gerar tamb�m efeitos colaterais no organismo. "N�o chega a ser como uma quimioterapia, mas pode dar alergia, que pode se tornar um quadro grave. Vai ser preciso analisar o benef�cio para os indiv�duos."
Ela considera que o medicamento "ser� mais um soldado na batalha", mas n�o resolver� o problema da pandemia. "Acredito que ser� usado por aqueles pacientes em maior risco de ter complica��es. Talvez seja o caso. � um refor�o para esse tipo de indiv�duo", diz Luciana.
A farmac�utica bioqu�mica e pesquisadora da USP Laura de Freitas disse que � necess�rio aguardar o resultado consolidado do estudo para tirar conclus�es. Mas a expectativa dela � que o medicamento seja invi�vel financeiramente para controle de uma pandemia. "� um medicamento de anticorpos monoclonais. Ele � feito com o clone de c�lulas, sempre em laborat�rio. Geralmente s�o medicamentos caros. As informa��es que encontrei � que custaria cerca de 2 mil euros (R$ 13,6 mil)."
Na opini�o dela, se confirmada a efic�cia, poder� ser utilizado em contextos espec�ficos. "Por exemplo, h� um caso de uma pessoa contaminada em uma empresa. A empresa tem dinheiro e paga o medicamento para quem est� exposto." O coquetel tamb�m s� foi testado no controle p�s-contato. "N�o d� para afirmar que a pessoa vai tomar e poder sair na rua. N�o tem poder de substituir a vacina. Ele � eliminado do corpo, n�o fica como prote��o duradoura. Ele poder� ser usado em alguns contextos."
Esse n�o � o �nico coquetel que est� em fase de an�lise pela Anvisa. A ag�ncia analisa desde o �ltimo dia 30 o pedido de uso emergencial de medicamento para tratar covid da empresa Eli Lilly do Brasil Ltda. O coquetel tem fun��o semelhante e � uma combina��o dos medicamentos biol�gicos banlanivimabe e etesevimabe.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
- Veja onde est�o concentrados os casos em BH
Coronav�rus: o que fazer com roupas, acess�rios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estima��o no ambiente dom�stico precisam de aten��o especial
Coronav�rus x gripe espanhola em BH: erros (e solu��es) s�o os mesmos de 100 anos atr�s