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Estado de Minas ANT�NIO ROBERTO

Como lidar com a inveja

Ao nos aceitar tal qual somos, com serenidade, podemos admirar aqueles que s�o melhores que n�s e aprender com eles


14/02/2021 04:00 - atualizado 11/02/2021 15:18


“Gostaria que voc� falasse sobre a INVEJA, esse sentimento negativo que tem um efeito devastador em nossas rela��es. Como trabalhar a inveja, seja a nossa ou a dos outros?”

Fabiana, de Betim

A inveja � fruto da compara��o, e � nesse ponto que devemos centrar nossa aten��o. Um exerc�cio pr�tico � o desenvolvimento sistem�tico da autocompara��o, a compara��o conosco mesmos. Sabemos sempre muito bem quanto ganham os nossos vizinhos, os nossos amigos, os nossos parentes, mas jamais fizemos uma an�lise do �ndice do nosso crescimento nos �ltimos anos. Estamos hoje piores ou melhores do que �ramos ontem? Em termos sociais, psicol�gicos, financeiros, espirituais, estamos melhores ou piores do que est�vamos h� algum tempo?
 
H� uma grande diferen�a entre a compara��o com os outros e a compara��o conosco mesmos. Na autocompara��o, fortalecemos o nosso eu, o nosso centro, o nosso ponto de equil�brio. Passamos a nos dirigir de dentro, em fun��o do que realmente somos e n�o em fun��o do que os outros esperam de n�s. N�o se resolve a inveja, o ressentimento, torcendo pela queda do outro, porque negar as pr�prias limita��es com as limita��es dos outros n�o d� vida a ningu�m.
 
A autocompara��o nos leva a um fortalecimento interior. Fortalecemos a nossa identidade, reencontramos a n�s mesmos, passamos a ser o nosso pr�prio ponto de apoio. Cada pessoa tem o seu ritmo, o seu jeito, o seu caminho, o seu pr�prio n�vel. N�o estamos no mundo para ser mais do que algu�m, mas apenas para realizar o nosso pr�prio potencial, para ser cada vez mais, cada vez melhores. No fundo de cada sentimento de inveja existe o sentimento de admira��o, mas esse s� pode desabrochar quando estamos muito centrados no nosso pr�prio tamanho.
 
O invejoso, quando v� algu�m a quem deveria admirar, tende a diminuir essa pessoa. Essa � a diferen�a entre as estrelas e os planetas. Cada estrela � de uma grandeza, de um tamanho, como n�s, mas tem sua luz pr�pria, brilha com sua pr�pria luz. O planeta n�o tem luz pr�pria e s� consegue brilhar roubando a luz das estrelas. S� quando formos padr�o de n�s mesmos reencontraremos a alegria de ser o que somos, de ter o que temos, de viver como vivemos. Somente o exerc�cio da autocompara��o nos levar� � autoaceita��o, � realiza��o do nosso pr�prio potencial.
 
A partir da autoaceita��o incondicional, n�s nos valorizamos e estruturamos uma autoestima salutar, base de uma vida psicol�gica saud�vel. O invejoso, ao julgar e denegrir o outro, esconde, na verdade, uma autoavers�o, fruto de um rigor excessivo consigo mesmo. Autoestima baixa e inveja andam de m�os dadas. Todo movimento em dire��o ao autoamor � um ant�doto � inveja. O contr�rio da inveja � a admira��o, o amor. Se amamos algu�m, queremos o seu bem e ficamos felizes com o seu �xito, com sua felicidade. A inveja impede a realiza��o do amor na rela��o pais e filhos, entre irm�os, no namoro ou na amizade. Amar � ficar alegre com a alegria do outro. Invejar � n�o suportar a felicidade do outro.
 
No relacionamento amoroso, em vez do confronto, da hostilidade, da competi��o, o caminho � de identifica��o e proximidade com o outro. A inveja destr�i os relacionamentos mais pr�ximos. Todos n�s tendemos a nos colocar acima dos outros para ser amados e admirados. Com a inveja, no entanto, obtemos o resultado inverso: as pessoas se afastam de quem � uma amea�a para elas.
 
Ao nos aceitar tal qual somos, com serenidade podemos admirar aqueles que s�o melhores que n�s e aprender com eles. A cr�tica, instrumento por excel�ncia da inveja, desqualifica o outro. A admira��o, instrumento por excel�ncia do amor e do aprendizado, enaltece o outro no que ele tem de melhor e nos une a todas as outras pessoas. Afinal, todos n�s fazemos parte da grande fam�lia do mundo e � a diversidade entre as pessoas, nas suas qualidades e compet�ncias, que nos faz companheiros de viagem e de crescimento.
 
“N�s n�o estamos no mundo para ser melhores do que os outros, mas para ser, cada vez mais, um pouco melhores.”

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