A hist�ria do abre e fecha do com�rcio em Belo Horizonte pode ganhar um novo cap�tulo nesta quarta-feira (14/04). O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se reunir� com o comit� de enfrentamento � COVID-19 para decidir sobre uma poss�vel reabertura, visto que os indicadores da doen�a apresentaram melhora.
Diante disso, o setor da constru��o civil - que antes era considerado essencial - mant�m boas expectativas para o retorno das atividades que est�o paralisadas h� mais de um m�s, devido ao quarto fechamento da capital ocorrido no dia 6 de mar�o. Por�m, algumas lojas insistem em operar clandestinamente. A reportagem do Estado de Minas flagrou algumas.
Segundo J�lio Gomes Ferreira, presidente do Sindicato do Com�rcio Varejista e Atacadista de Material de Constru��o, Tintas, Ferragens e Maquinismos de Belo Horizonte e Regi�o (Sindimaco), o setor enfrentou problemas mesmo diante da permiss�o de funcionamento nos outros decretos impostos pela prefeitura de BH e que com o fechamento atual as dificuldades aumentaram.
“Nos decretos anteriores, onde ficamos abertos e �ramos considerados essenciais, houve um problema onde os fabricantes subiram os pre�os e em decorr�ncia disso teve desabastecimento, incapacidade de transferir isso (material) para o cliente. Preju�zos, sempre existem. Agora com esse fechamento os preju�zos s�o maiores, porque estamos praticamente impedidos de trabalhar”, disse.
Para ele, o setor tem de voltar a ativa. “N�s estamos com uma expectativa muito forte de que possa abrir novamente a partir da semana que vem. Quando teve o decreto tentamos recorrer, mas houve a alega��o que o momento era cr�tico. N�o teve jeito. Esperamos por uma reabertura”.
Comerciantes aguardam reabertura
Fabr�cio Loyola trabalha em uma loja de materiais de constru��o no Bairro Santo Ant�nio, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele conta que aguarda a reabertura para o com�rcio avan�ar novamente.
“Muita dificuldade com o fechamento. Com a reabertura a gente tem uma perspectiva de uma melhora maior, melhorar mais ainda. Est� dif�cil trabalhar desse jeito. Estamos somente com drive-thru e entregas a domic�lio”, explica.
Com as portas abertas durante boa parte da pandemia, Fabr�cio disse ainda que o retorno foi positivo. “Foi muito bom. Teve um grande aumento em termos financeiros, avan�o do setor mesmo. Tem que abrir de novo para melhorar de novo para n�s”.
Por outro lado, Geraldo Ribeiro Chaves, empres�rio e um dos donos de uma rede de lojas de constru��o na capital mineira, afirma que “o fechamento � muito desgastante depois de um longo tempo trabalhando”.
“Em um primeiro impacto a gente entendeu a situa��o, porque tem que mostrar para as pessoas que todo mundo tem que se cuidar. Mas eu acho que essa situa��o que a gente vive hoje � mais problem�tica do que a abertura”, pontua Geraldo.
O empres�rio cr� que a reabertura e a flexibiliza��o trazem melhores consequ�ncias do que o fechamento de todo o com�rcio. “Se tivesse abrindo e a gente resguardando e fazendo tudo conforme os protocolos, como a gente fazia anteriormente, n�o deixar entrar mais de cinco pessoas na loja, dist�ncia de 2 metros entre elas, era muito menos arriscado do que hoje”.
“Hoje voc� leva (o produto) na porta e as pessoas podem aglomerar, chega querendo ser atendido, fazem filas enormes. � um desgaste muito grande. As lojas precisam reabrir com todos os cuidados”, completa.
“Trabalhar s� com entrega � complicado”
Dono de uma loja de el�trica e materiais de constru��o, Ricardo Almeida Faria enxerga um cen�rio ca�tico com as portas fechadas. “Foi um m�s de muita peleja. Depois de tanto tempo aberto, trabalhar s� com entrega � complicado”.
Ele espera uma decis�o pensada no trabalhador. “Temos que voltar. Tomara que amanh� o prefeito pense nas pessoas que est�o sem trabalhar e reabra o com�rcio de novo. Est� dif�cil”.
Nesse �ltimo m�s, Ricardo est� dependendo do delivery para manter a loja funcionando. Para ele, o trabalho ficou muito mais �rduo. “Estamos em um momento dif�cil, eu sei. Mas ficou pior. N�o � muito comum loja de constru��o fazer delivery de tudo igual restaurante. Tivemos que nos adaptar e ficou pesado. Por isso eu acho que a reabertura � essencial”.
Melhora em 2020
De acordo com o Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o ano passado trouxe bons resultados para o ramo, ao contr�rio de outros setores, como aumento das vendas, pelo fato das obras n�o terem sido paralisadas.
Al�m disso, houve um crescimento nas reformas e na compra de im�veis. De janeiro a dezembro de 2020, foram vendidos 4.212 im�veis em Belo Horizonte e Nova Lima, na Regi�o Metropolitana. Isso representa um aumento de 22,7% em compara��o com o mesmo per�odo de 2019.
S� em janeiro de 2021, foram realizadas 421 vendas. Dados do Sinduscon-MG tamb�m mostram a eleva��o das vendas de materiais, fazendo com que o estoque dispon�vel para comercializa��o alcance n�veis baixos. O setor fechou 2020 com uma alta de 0,89%.
Ademais, o setor ainda tem proporcionado postos de trabalho para a popula��o. Em Belo Horizonte, foram 105.154 vagas com carteira assinada s� em janeiro. J� em Minas Gerais, foram cerca de 25 mil novas vagas no per�odo de janeiro a dezembro de 2020.
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
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