Ser feliz ou infeliz � uma quest�o emocional

Marina, de Belo Horizonte

As emo��es negativas e principalmente a tentativa de neg�-las provocam grandes descargas hormonais no nosso corpo. Essas descargas aumentam o desconforto f�sico, gerando cansa�o e irritabilidade, diminuindo a concentra��o, respostas inadequadas aos problemas e produzindo o chamado desequil�brio emocional.

Se esse estado persiste provoca o estresse. Quando somos submetidos a um forte estresse, nosso corpo � colocado em um ritmo de vida acelerado, o que vai comprometer o repouso, o lazer, a alimenta��o. 

A grande dificuldade em lidar com nosso mundo emocional est� na pouca �nfase que sempre foi dada a essa �rea pela sociedade.

Toda nossa educa��o formal e informal privilegiou o desenvolvimento intelectual, os desenvolvimentos f�sico, social, moral, religioso e esqueceu o desenvolvimento psicol�gico. At� h� pouco tempo, procurar um psic�logo ou psiquiatra era sin�nimo de “estar doido”.

Somente agora o mundo descobre que ser feliz ou infeliz � uma quest�o emocional. Temos sentimentos positivos e negativos. Os sentimentos prazerosos s�o os positivos: amor, alegria, paz, esperan�a; aqueles que nos fazem sofrer s�o os negativos: m�goa, culpa, ci�me, inveja, ansiedade etc. 

O c�rculo vicioso que se estabelece s� poder� se resolver a partir da compreens�o de alguns pontos essenciais da vida psicol�gica. Devemos em primeiro lugar partir do mais pr�ximo e mais concreto: o corpo. Todas as emo��es acontecem corporalmente. A tens�o, por exemplo, � uma prepara��o muscular para a luta. A raiva � uma concentra��o excessiva de energia, de noradrenalina e adrenalina no organismo.

Relaxar o corpo, atrav�s de exerc�cios f�sicos, ioga, medita��o, dan�a, muscula��o etc ou mesmo atrav�s de rem�dios, al�m de um al�vio quase imediato, predisp�e nosso organismo para uma “nova vida”.

O papel principal do estresse � nos alertar para uma mudan�a de vida. Submetidos a press�es internas e externas, entramos numa luta constante contra a vida, a realidade e perdemos a consci�ncia de que estamos na vida para sabore�-la, ou seja, viver.

N�o basta, por�m atacar os sintomas. � preciso mudar o nosso estado mental. In�meras pesquisas provam que o estado mental exerce uma influ�ncia direta na produ��o, manuten��o, ou resolu��o do estresse.

Nossos pensamentos, dependendo da sua qualidade, podem alimentar ou enfraquecer nossos sentimentos negativos. Atr�s de nossas ang�stias, h� um excesso de pensamentos angustiantes; atr�s do ci�me, pensamentos ciumentos; atr�s do medo, pensamentos que nos amea�am constantemente. E assim como o pensar pode ser nosso principal inimigo tamb�m pode ser nosso melhor aliado. 

A verdadeira fun��o da raz�o � organizar nossas emo��es, formular melhor a realidade e nos auxiliar na mudan�a de padr�es e cren�as. Ao mesmo tempo em que as pessoas hoje s�o submetidas a uma maior possibilidade de estresse, h�, por outro lado, uma maior compreens�o e disponibilidade de como trat�-lo.

Para uma vida equilibrada e, portanto, feliz, alguns pontos merecem aten��o. Esses pontos correspondem a uma mudan�a nos nossos estados mentais e emocionais.

Seja voc� mesmo seu melhor amigo. Valorize-se enquanto pessoa, n�o sendo muito exigente com voc�. Invista no seu autoconhecimento,em vez de se torturar com uma imagem perfeccionista de como voc� “deveria ser”.

Amar a si mesmo � descobrir suas verdadeiras necessidades na vida lembrando-se que n�o s�o apenas materiais. Relaxe diariamente. Atrav�s de in�meros exerc�cios de relaxamento podemos reorganizar as emo��es negativas, aquietar nossos pensamentos destrutivos e descansar o corpo. 

Procure uma ajuda profissional se n�o estiver conseguindo progressos na desacelera��o da sua vida e no saborear de exist�ncia. A dor psicol�gica � um sinal de onde nos paralisamos emocionalmente.

Retornar o ponto de crescimento, com urg�ncia, pode nos redirecionar do estresse para a felicidade. Felicidade � consci�ncia. De nossas mudan�as. Antes de tudo, por�m, � preciso querer.